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:: 20/out/2017 . 23:02

A REVOLUÇÃO QUE SACUDIU O MUNDO (II)

ÀS PORTAS DA REVOLUÇÃO 

Com trapalhadas e tudo, vandalismos e vexames, sob o comando de Lênin, Stalin e Trotski, na madrugada de 26 de outubro de 1917, os revolucionários bolcheviques deram o golpe final e fatal no reinado do tzar Nicolau II, iniciando outra feroz ditadura.

A sucessão de erros do antigo regime na guerra e o agravamento da crise facilitou a ação intensa dos movimentos sociais, no período de 23 a 27 de fevereiro de 1917, em Petrogrado, derrubando uma autocracia de trezentos anos. Segundo os historiadores, foi uma revolução anunciada, mas inesperada. “Uma revolução anônima, sem líderes ou partidos dirigentes,” assim classificou o professor e pesquisador Daniel Reis Filho.

Como descreve Simon Sebag Montefiore, em seu livro “O Jovem Stálin”, o tiroteio, os tumultos e a alegria da “Revolução de Fevereiro” mudaram completamente o clima da capital. Carros blindados percorreram as ruas tocando buzinas, cheios de trabalhadores; garotas com pouca roupa e soldados acenavam suas bandeiras empunhando armas. Gráficas produziram jornais que representavam todas as opiniões políticas. Panfletos descreveram a ninfomania lésbica e lúbrica da imperatriz derrubada e suas orgias com Rasputin.

O tzar abdicou em dois de março, dando início ao fim dos Romanov. Criou-se um vácuo no poder, preenchido pela “Duma” com um governo provisório, encabeçado pelo príncipe Lvov. Formou-se, então, uma frente moderada-liberal (Kerenski) com cores capitalistas.

Foi decretada anistia geral aos presos e exilados, reconhecendo-se a liberdade de expressão e organização. Porém, a questão primordial para Lênin era salvar a revolução. O governo provisório continuava insensível, intransigente e agarrado ao conservadorismo político. Pouco se avançou. A agonia persistia com os conflitos. Esperava-se o fim da guerra.

Da Suíça, Lênin atacava o governo provisório e exigia paz com a Alemanha. Em Petrogrado, Stálin e Kamenev se aproximavam da direita e tentavam uma conciliação, para atrair os mencheviques radicais. Do exílio, Lênin começou a escrever cartas para corrigir os erros dos camaradas.

Incomodado com a situação, Lênin descobriu uma maneira de retornar. Com sua mulher Krúpskaia e seu companheiro Zinoviev, o líder embarcou num trem, se fingindo de surdo-mudo sueco. Através de suas armações, dominou o trem; aprovou a proibição de fumar; ditou as regras; e, em três de abril, parou com seu camarada e a mulher na estação Beloostrov, na fronteira russo-filandesa. Ainda no vagão da terceira classe, deu uma bronca em Kamenev: “Que diabo você anda escrevendo”? Stálin procurou disfarçar e recebeu o camarada, que naquela época tinha 46 anos e estava irado e violento, como assinala o escritor Simon Sebag.

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UMA LICENÇA PARA O TRABALHO ESCRAVO

O Brasil está conseguindo um feito inédito no cenário internacional que é retroceder aos tempos arcaicos do patriarcalismo das capitanias hereditárias e dos senhores de engenhos com a figura dos coronéis da “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre, onde o senhor todo poderoso era o dono de tudo, além da terra e dos escravos, e a ele todos deviam obediência absoluta. Outro país do mundo não consegue tal proeza!

Assim caminha o nosso maltratado Brasil de hoje, recuando ao tempo passado remoto, diferente das outras nações que procuram cada vez mais aplicar medidas evolutivas no trato do ser humano, através da melhoria da educação, da saúde, da ciência e da tecnologia. O nosso país prefere andar na contramão do progresso social, de volta aos tempos primitivos e coloniais.

Como se não bastassem a terceirização em todas as atividades, as reformas trabalhistas e previdenciárias de dominação do capital e aniquilação dos cidadãos, privatizações e entreguismo do patrimônio público, as retiradas de proteção ao meio ambiente e até das mulheres vítimas da violência dos seus maridos, agora o mordomo de Drácula manda o Ministério do Trabalho baixar uma portaria que concede licença à pratica do trabalho escravo nas arcaicas lavouras ruralistas brasileiras.

Como forma de pagar os votos dos ruralistas da Câmara dos Deputados, os quais irão dizer sim ao relatório fajuto que o inocenta das acusações de crimes de corrupção, o mordomo presidente, antecipadamente, recompensa os oportunistas, premiando-os com a Portaria 1.129 que reduz o conceito de trabalho escravo, dificultando a sua caracterização e consequente fiscalização.

A mesma Portaria determina que a inclusão de empresas na lista suja do trabalho escravo passa a depender de ato do ministro, tirando a autonomia da área técnica, tornando mais difícil a comprovação do crime. No resumo da ópera, a Portaria equivale a uma permissão do rei para o uso do trabalho escravo, não só no campo como na construção civil e em outros setores industriais.

Logo mais deve vir aí decretos para o retorno de concessões de patentes nacionais de coronéis aos latifundiários da terra, títulos de barões, condes, duques, condessas e duquesas. A tropa de enrustidos, seguidora do mordomo, já está defendendo que, como pagamento ao trabalhador rural, basta o patrão dar a comida e a dormida. Eles devem estar maquinando outros retrocessos contra as liberdades de expressão, o avanço e as conquistas das mulheres, dos negros, dos gays e de todas as minorias.

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