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:: 15/abr/2017 . 0:27

VAMOS REVITALIZAR O PARQUE

Carlos Albán González – jornalista 

Como sempre ocorre nos finais de semana prolongados a cidade está adormecida, um estado de espírito que vai se repetir na próxima sexta-feira, véspera do dia dedicado a Tiradentes, e em outros feriadões, que o inimigo do trabalho espera com ansiedade, começando pelo poder público, que, num decreto de duas linhas, oficializa o ponto facultativo (!), ou prefere, como os vereadores, permanecer na ociosidade pelos 365 anos do ano.

Numa cidade como Vitória da Conquista, que peca por falta de lazer, verifica-se uma fuga de uma parte considerável de sua população. A prioridade é viajar para fazendas, chácaras e pequenos lotes de terra no interior do município. Quem se arrisca a colocar seu carro nas estradas ou participar de excursões em transporte clandestino vai matar a saudade do mar, viajando para Ilhéus e Porto Seguro.

E o quê fazem aqueles que ficam na cidade porque já riscaram o lazer do seu orçamento, diante da crise econômica provocada pelos “amigos” de Odebrecht? Bem, podem assistir a um show de música da pior qualidade, lamentando não poder ir ao Lomantão, por falta de dinheiro, ver e ouvir Roberto Carlos cantar “Emoções”. Se optar por um cinema, a programação é de má qualidade, priorizando monstros de outras galáxias,  seres extraterrestres e pré-históricos, vampiros e bruxas. Podem ir assistir, talvez pela última vez em 2017, ao time do Vitória da Conquista que, no domingo, enfrenta o Vitória, pelas semifinais do Campeonato Baiano. 

Como última opção para aqueles que realmente querem sair de casa, o destino é a Praça Tancredo Neves, onde, com muito esforço, podem visualizar algum peixe tentando respirar nas águas imundas dos tanques. Aproveitem logo, enquanto os patos que vivem na praça ainda não foram para as panelas dos humanos predadores , como aconteceu com a fauna de uma lagoa que divide as ruas Maranhão e Piauí, na Pituba, em Salvador.

Aqueles que são forçados a ficar em casa porque não têm dinheiro nem para o ônibus o jeito é convidar os amigos – os autênticos, não os da Odebrecht – para um joguinho de dominó ou de dama, regado a uma cachacinha, porque a cerveja, que já foi bebida de pobre, adquiriu ares aristocráticos, rebatizada com nomes estrangeiros dados pelos fabricantes artesanais, com preços que rivalizam com os uísques escoceses ou os vinhos espanhóis e portugueses. :: LEIA MAIS »





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