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:: 25/abr/2017 . 22:56

UMA HISTÓRIA HILÁRIA DO FREI CISCO E OUTRAS (Parte II)

“O DERRAME DAS PATACAS”

Pela sua idade avançada, o velho Griot já estava cansado de falar de Bacu e deu uma pausa para contar o período mais tumultuado quando seus próprios aliados e opositores tomaram o reinado de “Gula” que havia delegado por um tempo seu trono para a companheira Vilma, mas esta fracassou. Então, o reino se dividiu em “Babacas” e “Panacas”, espalhando ódio, terror e intolerância.

Em meio a um caos terrível de cegueira ideológica entre pros querendo a volta do rei e os contras, a grande construtora “Odeflechet” ( A Grande Montanha), dona da moeda imperial “Patacas”, fez revelações estarrecedoras sobre os comparsas do “Gula”, demais usurpadores do reino, Templários e Dráculas – como narrou o Griot.

Conta que a “Odeflechet” contratou o ex-rei “Gula” como palestrante internacional ao peso de mais de duzentos mil dólares por apresentação, como forma de arranjar obras no exterior. Afinal, “Gula” era o cara dos programas sociais e tudo começou com ele, inclusive a história de Bacu.

Coisas do “arco do véio”, meninos! Coisas sujas mesmo e muita hilárias, a começar pelos apelidos esquisitos de cada um da lista da “Grande Montanha Odeflechet”, os quais receberam propinas em bilhões de dinheiro, no mais conhecido “Derrame das Patacas!”.

Foi dinheiro saindo pelo ladrão em malas, ceroulas, broacas, alforjes, selas, pacotes, contas em bancos, presentes de caixas de vinhos, relógios, triplex e até sítios, todos exigindo o seu quinhão, numa ganância devastadora de eu quero mais.

Para colocar ordem na bagunça, os operadores colocaram regras com dias de pagamentos nas terças, quartas e quintas, menos na segunda e sexta, o primeiro por causa da ressaca da cachaça (não era recomendado lidar com dinheiro embriagado) e o último dia útil da semana porque era também início da cachaçada.

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O ROMANTISMO CONDOREIRO INDIGNADO

(Em homenagem ao Dia do Livro, em 23 de abril, num país que pouco se lê)

Diferente de Álvaro de Azevedo e Cassimiro de Abreu, mais adocicados e piegas, sua poesia alçou voos mais altos em direção às causas sociais, como a defesa da abolição da escravatura. Seu romantismo condoreiro da última fase era vigoroso, retumbante, indignado e expressava o épico social, com a função de denúncia, como em “O Século”. Em vida só publicou um livro.

Na análise critica de Marisa Lajolo e Samira Campedelli, em Literatura Comentada, da “Abril Educação”, seu lírico-amoroso é incisivo, passional, emotivo e sentimental, sem queixas e lamentações, como nos poemas “O Adeus de Teresa” e “Onde Estás”. Sua musa era Eugênia Câmara que lhe deu partida para a sensualidade.

Álvaro de Azevedo falou da morte, Goncalves Dias do índio e ele dos escravos, mas também sofreu influência do Byronismo quando aos dezessete anos escreveu “Mocidade e Morte”, ao sentir uma dor no peito. Valeu-se também da hipérbole, o exagero das imagens, em “Tragédia no Mar” e em “Navio Negreiro”.

Seus altos voos de condor grandiloquente (“Ode ao Dos de Julho”) estão inseridos na poesia do negro quando fez “A Canção do Africano” e “Vozes d´África”. Do grotesco ao sublime da sua poesia dramática, foi considerado o Victor Hugo Brasileiro. Sua obra condoreira foi voltada para a vida e para a liberdade. “Os Escravos” e “Hinos do Equador” fora suas maiores obras póstumas.

Contemporâneo de José de Alencar, Tobias Barreto e Machado de Assis, fundou com Rui Barbosa a Sociedade Abolicionista do Recife. Foi aluno de Ernesto Carneiro Ribeiro, na Bahia, e de José Bonifácio, em São Paulo. Em vida, publicou seu único livro “Espumas Flutuantes”, grande parte da obra escrita quando retornava de navio do Rio de Janeiro para a Bahia.

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