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MOSTRA DE CINEMA CONQUISTA

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Para quem gosta e aprecia a 7ª Arte uma boa pedida nesta semana é a “Mostra de Cinema Conquista”, com entrada franca, que teve início no dia 4(domingo) e prossegue até sexta-feira, dia 9, na Concha Acústica do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, no Teatro Glauber Rocha, na Uesb e nas escolas municipais.

É uma delícia de viagem pela tela conectando ficção com a realidade entre curtas, médias e longas metragens, sem contar as oficinas, palestras, debates, homenagens, exposições e conferências. O evento está completando onze anos e, nesta edição, em parceria com o Centro de Cultura Fedele Sarno e a Prefeitura de Poções, será realizada, sexta-feira, dia 9, uma exibição do projeto “A Linguagem do Cinema”, do cineasta Geraldo Sarno, que mostrará o trabalho do cineasta Eryk Rocha.

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Nesta terça-feira, às 20 horas, será apresentado no Centro de Cultura um documentário curta-metragem sobre o fotógrafo José Carlos D´Almeida – “Uma Foto-Síntese”, de Rogério Luiz, e logo após o longa “O Gorila”, de José Eduardo Belmonte. Mas, antes, no final da tarde, tem também o longa “Sinfonia da Necrópole”, de Juliana Rojas.

As exibições começam sempre às 15 horas e nesta quarta está programado o longa “Brasil S/A”, de Marcelo Pedroso. No final da tarde, o longa- metragem “Quase Samba”, de Ricardo Targino e depois das 20 horas outro longa “Permanência”, de Leonardo Lacca.

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Na quinta-feira, mais curtas e os longas “Branco Sai, Preto Fica”, de Adirley Queiroz, na parte da tarde,  e “Retratos de Identificação”, de Anita Leandro, às 18 horas,  sobre o período da ditadura militar. Cinema não é só lazer e entretenimento, mas acima de tudo conhecimento.

Para encerrar a programação na sexta-feira, a partir das 15 horas, você pode conhecer a vida do famoso fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado através do filme “Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, numa viagem pelo mundo da fotografia. Ás 20 horas tem mais o longa-metragem “Sangue Azul”, de Lírio Ferreira.

MOSTRA DE CINEMA 010

ESPAÇO ATUAR

Quem está frequentando e participando da Mostra de Cinema Conquista, no Centro de Cultura Jesus Lima, pode dar uma olhada na exposição de armas e chapéus antigos e outras peças que lembram a vida sertaneja do interior, montada pela Escola Livre de Artes Cênicas. Vale a pena dar uma parada e refletir sobre os temas ali expostos.

EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Arnaldo Niskier

Quando se pensa em reformar a estrutura da educação brasileira, a questão mais delicada certamente envolve o seu confuso ensino médio. Os fundamentos da Lei 9394/96, nesse aspecto, estão inteiramente superados. Previu-se na LDB uma Base Nacional Comum para o currículo. Quase 20 anos depois, somente agora o assunto ganhou a prioridade do MEC, com a valorização dos conceitos de interdisciplinaridade e regionalização, especialmente em Português, Geografia, História e Biologia.

Está em curso o Plano Nacional de Educação, com as 20 metas previstas. Mas já se tem a certeza de que muitas delas ficarão pelo caminho, em virtude da absoluta falta de recursos financeiros, dada a crise econômica. Logo após ser nomeado para o MEC, o filósofo Renato Janine Ribeiro foi “homenageado” com o corte de R$ 9,4 bilhões do seu orçamento. Está em palpos de aranha.

Enquanto isso o setor, como se fosse uma torre de babel, assiste estarrecido a uma série de propostas alternativas lançadas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, como se tivéssemos tempo para esse exercício de redundância criminosa.

O atual ensino médio não agrada aos estudantes, nem serve ao povo, para repetirmos o que dizia o educador Lourenço Filho há muitos anos. Temos um esquema rígido, que provoca o afastamento dos jovens de 15 a 18 anos (cerca de metade deles encontra-se fora das escolas). As matérias do currículo, numerosas e estanques, não conversam entre si, o que levou o especialista Roberto Boclin a defender a tese de que se deveria adotar o ensino técnico como mecanismo inclusivo. É a melhor maneira de tirar os jovens da rua, do tráfico, e facilitar o seu encontro com as possibilidades do emprego.

O ensino médio deve oferecer habilidades e competências aos alunos segundo suas escolhas pessoais — e de acordo com as variações do mercado. É o que faz com sucesso o Sistema S desde a década de 50, com a boa tradição dos seus cursos profissionalizantes. O mesmo pode ser dito em relação aos Cefets. Não se entende por que esses modelos não foram generalizados, como aconteceu com sucesso em países como a Coreia do Sul, o Japão e a Alemanha. Aqui ainda existe uma resistência incompreensível.

Temos 507 mil docentes no ensino médio. Sabe-se que 40% desse total poderão se aposentar nos próximos seis anos, agravando o tamanho da crise. Faltam professores de Matemática, Física, Química e Biologia. Não há mestres formados em Física para ensinar Robótica. A Resolução 2/2015, do Conselho Nacional de Educação, procura corrigir as deficiências das licenciaturas, mas não prevê a formação de professores para o ensino técnico, como se ele não existisse (ou não devesse existir). Isso faz sentido?

Faltam investimentos na qualificação de professores. Faltam também laboratórios e bibliotecas. Diante disso, como oferecer aos nossos educandos a possibilidade de uma educação de qualidade? Como afirma a professora Terezinha Saraiva, “o ensino médio é uma preocupação nacional.”

O Globo, 25/09/2015

 

MUDANÇA NO COMANDO DA TAL

Fundadora da TAL, a produtora Malu Viana Batista assume a Presidência da associação. Ela, que já atuava como diretora executiva da entidade, substitui no cargo o cineasta Orlando Senna, que passa a integrar o Conselho Consultivo da TAL como presidente honorário.

Durante sete anos, Orlando comandou com entusiasmo e sabedoria o trabalho na TAL, em busca da aproximação dos povos latino-americanos por meio do audiovisual. Na nova função, continuará contribuindo para estabelecer pontes no nosso continente, fortalecer as TVs de interesse público e estimular a produção audiovisual de qualidade.

A renovação na Presidência acontece em um momento em que o trabalho da TAL está consolidado. A rede articula hoje mais de 300 associados em todos os países da região e pelo mundo afora, colaborando de forma significativa para estimular, reconhecer e divulgar o audiovisual da América Latina.

Confira abaixo a nota elaborada por Orlando:

Um novo ciclo

Com a agradável sensação de dever cumprido e um doce travo de saudade, deixo de exercer a honrosa função de diretor presidente da TAL-Televisão América Latina. Durante sete anos trabalhei com uma equipe de excelentes profissionais, todos entregues de corpo e alma, com paixão, pelo que fazem, pela missão de manter e ampliar a Rede de Televisões Culturais da América Latina, hoje com mais de 300 associados.

Deixo de exercer a função de diretor presidente por considerar encerrada a etapa de crescimento com a qual havia me comprometido e consciente de que a instituição entra em um novo ciclo, voltado para a otimização de seus processos cooperativos e de seu paradigma de integração latino-americana.

Agradeço o apoio que recebi dos diretores, técnicos e gestores da TAL e dos dirigentes e programadores das emissoras que compõem nossa rede em expansão. Agradeço à instituição pela carinhosa homenagem de nomear-me como presidente honorário do seu Conselho Consultivo. Abraço a todos que conformam o grande contingente da TAL, um abraço continental.

Orlando Senna

FRANCISCO E A REVOLUÇÃO DE TERNURA

Blog Refletor   TAL-Televisión América Latina.

Itamar indica artigo de Orlando Senna:

Durante sua viagem a Cuba e Estados Unidos, o papa Francisco tratou de definir a situação caótica da atualidade planetária. Socialmente, politicamente e economicamente caótica. Mencionou a possibilidade ou a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial, com todas as letras, e explicitou o papel que lhe cabe como líder religioso: “romper muros, semear a reconciliação, estender pontes” (a palavra Pontífice tem a ver, exatamente, com construção de pontes). Exemplificou o “momento crítico da História” com alguns de seus aspectos dramáticos: exclusão social, migrações gigantescas, ideologias, conflitos religiosos, banalização da vida humana, indústria e comércio de armas, destruição do meio ambiente acelerando fenômenos climáticos de grande dimensão.

Pregou uma redefinição da política longe do campo de confrontos de interesses partidários e pessoais, a política como “expressão da necessidade de viver como um e construir o bem comum”. Pregou a superação de todos os preconceitos e “olhar mais além das aparências e do politicamente correto”, criticou o capitalismo (como faz desde o início de seu papado) e a “resistência à mudança” por parte dos regimes socialistas. Que nome poderia ser dado às mudanças de comportamento e visão de mundo defendidas por Francisco? Em uma de suas homilias em Cuba, juntou dois conceitos marcantes na cultura cubana para expressar uma síntese de sua nova evangelização: “revolução de ternura”. A revolução como necessidade de mudança imediata e o sentimento que seu compatriota Che Guevara adicionou a essa mudança (“sin perder la ternura”).

Nova Desordem Mundial

Francisco tenta enfrentar a crise civilizatória com a potencialização da espiritualidade. Uma crise que está sendo entendida, e é inteligente que assim seja, como uma reta final em direção à anomia, no sentido da ausência de princípios e regras, de uma sociedade global sem padrões de conduta ou submergida em conflitos e contradições entre as normas estabelecidas no passado. Ou seja, desorientação, alienação, perda de identidade, falta de objetivos claros de superação ou reconstrução. Dias atrás, referindo-se ao Brasil mas ampliando o diagnóstico à situação planetária, o deputado Chico Alencar, do PSOL, citou o conceito “interregno” utilizado por Antonio Gramsci: “o velho está morrendo e o novo não pode nascer; nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem”.

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A MÍDIA E SUA CRISE DE IDENTIDADE

Hoje no país só se fala de crise econômica, política e moral e se esquece de outros segmentos, instituições e até expressões artísticas da nossa sociedade que vivem no limite da decadência. A educação e a cultura não conseguem retomar o seu fio condutor de conteúdo e de qualidade que deram bons frutos no passado.

Vive-se em tempo de banalização da estética do inútil e do fútil. Trocou-se a ética pela inversão de valores, e o que era anormal virou normal. As famílias se desestruturaram e a disciplina foi banida do cardápio. O corpo aquece nas academias para se afinar, enquanto a mente se atrofia na ausência do pensar e refletir. A lógica racional cede espaço para a desvalorização do ser humano.

Bem, são temas que rendem boas discussões. No entanto, minha matéria-prima específica aqui é sobre a crise de identidade que sofre a nossa mídia, seja a escrita, falada, televisada e a “internetada” nas redes virtuais. Se me permitem fazer algumas classificações adjetivadas, a imprensa atual está desbotada, desfigurada, amassada e perdeu o fio da meada.

Ela também está atravessando momentos de crise ao se acomodar em ser mera repetidora de notícias, a maioria extraída do factual dos boletins oficiais de ocorrências. Sem entrar na questão do monopólio da informação por alguns poucos grupos, não estou me referindo apenas da mídia de papel que se baratinou com o surgimento da internet. Esta também anda desandada e ainda atordoada.

No âmbito da grande mídia, sem apontar os pequenos e alternativos veículos que lutam para sobreviver com parcos recursos humanos e financeiros, de uns tempos para cá foi-se esvaziando a principal função de caçadora, apuradora e investigadora dos fatos para se acomodar como simples repassadora de notícias oficiais.

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GOLPE BAIXO

Agora escancarou mesmo! A presidente Dilma não entregou só os anéis, mas os dedos, a cabeça e o resto na negociação de ministérios com o fisiológico PMDB. Mas, quem deu esse golpe abaixo da cintura não foi ela, mas o Lula que acha que ainda está por cima da carne seca.

Não é nenhuma surpresa se Lula sair candidato a presidente da República nas próximas eleições de 2018 com o PMDB na cabeça! Neste país tudo pode acontecer e tudo é possível. Quem na década de 80 diria que o PT se alinharia a Maluf, Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros e companhia?

Com o troca-troca de cargos sob barganha de votos, agora Dilma e o PT passaram de protagonistas para coadjuvantes do poder. Precisa saber se esse golpe vai nocautear mesmo a crise moral, econômica e política. Em toda minha vida nunca vi uma situação tão crítica e vexatória.

Depois dessa, quem está mesmo governando é Lula e o PMDB com Dilma sendo apenas uma porta-voz, ou secretária. Nesse tudo ou nada, um ou o outro pode se afundar de vez.  Diante de tamanha tempestade, o serviço meteorológico perdeu a previsibilidade do tempo, se vai esfriar, nevar, chover ou fazer muito sol.

Pena desse tão rico e grandioso país, mais uma vez envolto nesse tsunami, sem contar com um presidente da Câmara Nacional atolado de denúncias de corrupção por todos os lados! Ah, ia me esquecendo do presidente do Senado que também está sendo acusado de roubo. Só resta rezar bastante e apelar para o Papa!

PARA-CHOQUE DE CAMINHÃO

Só para relaxar, veja algumas frases do livro de crônicas “O Mar na Rua Chile”, do poeta e escritor itabunense Cyro de Mattos, publicado em 1999 pela Editus, a editora da Universidade Estadual de Santa Cruz. Para-Choques de caminhões carregam pelas estradas do Brasil frases populares filosóficas, irônicas, engraçadas e temperadas com a sabedoria secular de gerações.

Leia o que o poeta da terra anotou em sua obra para nos deleitarmos:

– Fé em Deus, pé na tábua e nenhuma mágoa.

– Por favor, não me acompanhe que eu não sou novela.

– Livre-me Deus dos amigos, que dos inimigos eu me defendo sozinho.

– Dinheiro é que dá conforto neste mundo torto.

– Sabida é a ovelha que já nasceu de suéter.

– Ontem pavão, hoje espanador, tá ouvindo?

– Que bom se a corrupção desse AIDS.

– Vitamina de chofer é mulher.

– Mulher feia e magra é como escova, só tem osso e cabelo.

– Mulher gorda e parafuso, eu aperto.

– Mulher é como relógio, depois do primeiro defeito, nunca mais anda direito.

– Feliz era Adão e Eva que não tinham sogra nem caminhão.

– Duas coisas matam a gente: Vento pelas costas e sogra pela frente.

– Virgindade é doença? Vacine-se aqui.

– Mulher bonita é como estrada, quanto mais boa, mais perigosa.

– Eu sou fã das escurinhas porque Deus “criou-las”.

– Saudade no jardim é flor, no coração é dor.

– Saudade é aquilo que fica daquilo que não ficou.

– Não sou rico, mas me divirto.





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