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“OS INTOCÁVEIS”

A nossa mídia sempre conta os fatos pela metade, principalmente quando se deixa envolver pelo sensacionalismo. Aí, então, não explica o outro lado da história. O tema proposto “os intocáveis” lembra título de filme, mas quero aqui me referir às nossas instituições que até há pouco tempo e ainda hoje fazem cara feia para a liberdade de expressão e exercem o patrulhamento ideológico, muitas vezes com mortes.

É claro que a conotação e a dimensão dos atos de terror praticados por fundamentalistas islâmicos radicais contra o jornal francês Charlie Hebdo são bem diferentes, mas me atrevo a fazer uma reflexão sobre a nossa sociedade ocidental, sem jamais tentar justificar as atrocidades de ambos os lados.

Queria indagar quem primeiro criou e espalhou todo este ódio tentando calar, dominar e oprimir as nações que nunca aceitaram nem aceitam a teoria do seu consenso? Desde o início do século XX, mais acentuadamente após o término da I Guerra Mundial, os Estados Unidos têm imposto seu Terror de Estado, inclusive sacrificando inocentes em nome de sua ideologia política e religiosa, tida como a verdadeira.

Foi o presidente George Bush, no limiar do século XXI, quem chamou os países do Oriente Médio (Irã, Iraque), a Coréia do Norte e até o mundo mulçumano de eixo do mal. O Ocidente, que sempre se achou o único civilizado, tratou o povo árabe e sua religião de atrasados e bárbaros.

Longe de mim instigar o ódio, mas é bom que se mostre o outro lado perverso. Quem criou os ditadores nas Américas Central e do Sul? Quem antes financiou Osama Bin Laden (Al-Qaeda), os talibãs, rebeldes na Síria, no Iraque e colocou suas tropas sanguinárias no Vietnã, sem falar em outras inúmeras cruéis invasões?

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ITAMAR INDICA E COMENTA ORLANDO SENNA

Blog Refletor  TAL-Televisión América Latina.

ROSA ENVENENADA

Uma das consequências colaterais do reatamento de relações entre Cuba e EUA é a agitação dos ânimos políticos em Porto Rico e entre políticos e analistas latino-americanos que se debruçam sobre a situação do pequeno país caribenho. Rubén Berríos, presidente do Partido Independentista Porto-riquenho, PIP, acredita que a nova situação entre Washington e Havana favorece o fim do controle dos EUA sobre seu país. Em atitude surpreendente, rechaçada pelo governo estadunidense, o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, propôs a troca do líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, preso em fevereiro do ano passado, pelo independentista porto-riquenho Oscar López Rivera, preso nos EUA em 1981, condenado a 70 anos de cadeia. Ambos países negam que esses ativistas são presos políticos.

São completamente distintas as relações dos dois países caribenhos com os EUA no decorrer dos últimos 120 anos: o domínio dos EUA sobre Cuba foi intermitente e cessou com a Revolução Cubana de 1959, sobre Porto Rico jamais cessou. Cuba e Porto Rico abrigavam, antes da conquista espanhola, as mesmas tribos indígenas, principalmente taínos e siboneis. Os porto-riquenhos se dizem a eles mesmos “borícuas”, que é como se autodenominavam os taínos. Em ambos os países é muito mencionado um poema do século XIX, de Lola Rodríguez de Tió: “Cuba y Puerto Rico son de un pájaro las dos alas, reciben flores o balas sobre un mismo corazón”. Consideram-se irmãos gêmeos separados pelas circunstâncias históricas.

Porto Rico foi conquistado pela Espanha em 1493 e cedido aos EUA em 1898. Sua definição política-administrativa é a de Estado Livre Associado aos EUA, eufemismo para encobrir o regime colonial que dura 117 anos. Várias rebeliões contra essa situação marcam a história do país, principalmente a partir de 1950, quando aconteceu a revolta conhecida como Grito de Jayuya, dissolvida por forte ação militar dos EUA. A partir de então outras e várias ações independentistas foram tentadas e esmagadas, tanto no campo político-parlamentar como no enfrentamento armado. A organização guerrilheira Exército Popular Borícua, mais conhecida como Macheteros, trava um combate sem tréguas, há mais de meio século, contra o FBI, a polícia federal dos EUA.

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CURTAS NA “AESTRADA”

O MENINO MAICON

Há mais de dois anos uma ação desastrada da polícia militar tirou a vida do garoto Maicon que brincava próximo à sua casa num bairro da periferia de Vitória da Conquista e até hoje seu corpo não foi encontrado para que seus familiares o enterrassem. Na época veio um agente de Salvador para esclarecer o caso que continua sem ser desvendado. Não houve punição para os culpados que não tiveram, pelo menos, a coragem de entregar o corpo aos pais do menino e confessar o erro. Esse pessoal é desprovido de consciência. O fato lembra a época da ditadura civil-militar (1964-1985) quando os torturadores desapareciam com os corpos dos presos políticos mortos pelas torturas. Como tantas outras brutalidades cometidas em Conquista, o caso do menino Maicon é mais um que caiu no esquecimento. Cadê a Justiça? O gato comeu.

PRAÇAS PÚBLICAS

FEIRA E SARAU 002

Com a exceção da Praça Tancredo Neves, que já foi das Borboletas e da República (não dá para entender a mudança de nome), as outras praças públicas de Vitória da Conquista, como a do “Gil” (Orlando Leite), Cajado, Murilo Mármore, Gerson Salles, Sá Nunes, do Forum e as demais da cidade necessitam de urgentes reformas e limpeza. Com lixos por toda parte, o aspecto é de abandono, sem contar que muitas delas servem de abrigo para moradores de rua. É lastimável a situação. Além de ter a função de lazer e de encontros entre moradores e visitantes, a praça, tanto cantada por artistas e declamada por poetas, deve ser a cara e o cartão postal de qualquer cidade. As praças precisam ser preservadas como locais de socialização e humanização das pessoas.

“HOSPITAL DO TORMENTO”

Se já era dor e sofrimento, nos últimos dias piorou o quadro de guerra arrasada do Hospital Regional de Vitória da Conquista com doentes que ficam nas macas das ambulâncias das cidades da região à espera de um acesso à unidade de saúde. É bom que se diga que, quando se fala em acesso, não é a um quarto do hospital, mas a um canto apertado nos corredores infectados e sujos. O Hospital de Conquista está mais para “Hospital do Tormento e dos Horrores”. Como já dizia o escritor João Ubaldo Ribeiro, o povo brasileiro está mais para ovino porque não reage a tanta humilhação. Morre berrando. Não existe saúde, mas sacrifício humano cometido pelos governantes irresponsáveis. Os enfermeiros e técnicos do Regional até que têm boa vontade para atender, mas não tem espaço para tanta gente, e a situação só faz piorar a cada dia que passa.

“SABER FAZER POLÍTICA”

Enquanto a saúde e a educação caem aos pedações e gente morre diariamente por falta de atendimento, lá no alto escalão dos governos os partidos, ou agrupamentos, brigam por cargos e “ensinam” que “isso é saber fazer política”. Em Salvador, por exemplo, o PDT e o PRB se aliam aos dois governos estadual e municipal ao mesmo tempo no loteamento dos cargos. Eles querem comer dos dois lados e o povo que se lasque. O PRB que apoiou Paulo Souto (DEM) ao governo, agora se acha no direito de receber cargos nas secretarias do PT de Rui Costa. Quem disse que “isso é saber fazer política” foi a deputada federal (PRB) Eron Vasconcelos. É muita cara de pau e cinismo juntos!

E A NOSSA ECONOMIA, HEM!

Na economia, estamos num buraco bem fundo e vai ser difícil sair dele. Mais uma vez as classes assalariadas vão ser as mais sacrificadas com os aumentos nas contas de energia elétrica, cortes em benefícios previdenciários, seguro-desemprego e outras conquistas. Lembra quando em campanha eleitoral dona Dilma disse que “nem que a vaca tussa” iria bulir nos direitos trabalhistas? Pois é, agora ela está fazendo o que disse que seu adversário faria se fosse eleito. Depois do rombo vem o arrocho. O crescimento do PIB vai ficar praticamente no zero; a inflação quase em 7%; a balança comercial (exportações x importações) com um déficit de 4 bilhões de dólares, sem falar do déficit da conta externa em 84 bilhões de dólares, tudo isso em 2014. A geração de empregos que há poucos anos chegou a 1,3 milhão caiu para 300 mil no ano passado, e a coisa está ficando mais feia ainda. Vem desgraceira por aí.

ITAMAR INDICA ORLANDO SENNA

Do blog Refletor Tal-Televisión Latina  http://refletor.tal.tv/ponto-de-vista/orlando-senna-o-fator-mariel

O FATOR MARIEL

O acontecimento mais importante de 2014, no âmbito latino-americano, foi o reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e EUA depois de 53 anos de ruptura e de um bloqueio econômico avassalador contra a ilha caribenha imposto pela superpotência. Um fato importante também no âmbito global, pelos novos cenários geopolíticos e geoeconômicos que isso vai suscitar. Entre os dois países significa, também, a superação da Crise dos Mísseis de 1962. A instalação de mísseis nucleares soviéticos em Cuba, apontados para os EUA, fez a humanidade tremer, foi o ápice da Guerra Fria. Na verdade, a tensão entre os dois existe desde 1898, quando os EUA ocuparam Cuba por primeira vez, após derrotar a Espanha na disputa pela ilha.

Os cubanos receberam a notícia, no dia 17 de dezembro, durante sua maior festa religiosa, a de São Lázaro, padroeiro deles. Na cultura afro-cristã da ilha coexistem a santería, com referência central na religião iorubá e uma variedade de cultos afro-cubanos, e as religiões cristãs (como no Brasil). Nessa coexistência, São Lázaro é sincretizado com Babalu, ou Omolu, o orixá mais venerado por lá (é o deus da “doença e da cura”, a ponte entre os mundos material e imaterial, mortal e imortal). Foi durante essa festa de todos, com hinos nas igrejas e orikis nos terreiros, que os cubanos souberam que o fim de uma era estava começando a acontecer. A primeira mensagem que recebi a respeito, de uma amiga cubana, dizia o que muita gente estava gritando nessas celebrações religiosas: “es un regalo de Babalu” (é um presente de Omolu).

Obama vinha negociando a aproximação com Raúl Castro desde 2012 e enfrentava duas fortes pressões: a da poderosa comunidade cubana anticastrista de Miami, que há meio século exige a derrubada dos Castro e, a favor da aproximação, a dos empresários estadunidenses interessados nos bons negócios que a ilha proporciona, principalmente pela situação geográfica, e que estão sendo feitos por empresas europeias e brasileiras. A pressão empresarial se fez valer, somando forças com os muitos países que defendem a convivência pacífica entre Washington e Havana. Enquanto essas discussões esquentavam, Cuba fazia sua parte: a implantação de uma Zona Franca de grande porte, com saídas para Golfo do México e Atlântico Norte por um lado, Atlântico Sul pelo outro e a 7 mil milhas náuticas do Canal do Panamá, ou seja, do Pacífico.

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OH TRISTE EDUCAÇÃO!

Sai 2014, entra o 2015 e o povo brasileiro só levando ferro. Ó tempora, ó mores! como desabafou o cônsul romano Marco Túlio Cícero há dois mil anos contra o ímpeto destruidor de  Lúcio Sérgio Catilina (As Catilinárias). Até quando, ó Catilina, abusarás de nossa paciência? No Brasil de hoje, temos corrupção demais e educação de menos. Oh triste educação! Até quando teremos que suportar tantas mazelas juntas?

De acordo com o Movimento Todos pela Educação, em nosso país mais de 90% dos estudantes concluíram o ensino médio em 2013 (2014 deve ter sido ainda pior) sem o aprendizado adequado em matemática. Apenas 9,3% aprenderam o conteúdo. Este índice é menor que o de 2011. Em português também não foi diferente. O percentual de alunos com aprendizado adequado na matéria passou de 29,2% para 27,2%.

Pelas apurações, chegou-se à constatação que a meta prevista do Brasil alcançar o ensino de qualidade no bicentenário da independência, em 2022, não vai ser possível. Os números mostram que no ensino fundamental só o quinto ano apresentou alguma melhora. A triste realidade, segundo o Movimento, é que o país não cumpriu nenhuma das metas intermediárias.

Embora tenha havido uma melhora nos anos iniciais do ensino fundamental, nas outras etapas, inclusive no nível médio, registrou-se queda no aprendizado. É como nadar e morrer na praia, conforme observação de um especialista em educação.

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PROIBIÇÃO AO BIQUÍNI!

Carlos González – jornalista

Ninguém deve tomar como surpresa se um dos primeiros atos do novo ministro do Esporte, George Hilton Santos Cecílio, alegando razões de ordem moral, ponha em discussão os diminutos biquínis usados pelas nossas jogadoras de vôlei de praia. O titular da pasta, no segundo mandato do governo Dilma Rousseff, é baiano de Alagoinhas, mas ocupa desde 2007 uma cadeira na Câmara Federal pelo desconhecido PRB de Minas Gerais, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

Sem nunca ter praticado esporte na juventude, sem distinguir entre uma bola de tênis e outra de basebol, Cecílio reúne em seu currículo atividades como as de radialista, animador de auditório, teólogo e pastor da IURD. Seu critério de escolha não foi político, como o da maioria dos seus 38 colegas de Ministério. O novo gestor do esporte nacional pertence à cota que o governo deve ter prometido à Universal, cujos adeptos, por imposição, votaram pela reeleição da petista.

Membro do baixo clero na Câmara, embora lidere seu nanico partido, Cecílio raramente aparece no noticiário político nacional. Antes de obter uma cadeira no Legislativo, graças ao apoio da IURD, figurou, em 2005, nas páginas policiais dos jornais, ao seu flagrado pela Polícia Federal, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, transportando 600 mil dólares, não declarados, em avião fretado, crime que resultou na sua expulsão do extinto PFL. Além do mais, é acusado de sonegar impostos no valor de quase R$ 30 milhões, e de responder a 14 processos na Justiça mineira.

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