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:: 13/jan/2015 . 23:47

“OS INTOCÁVEIS”

A nossa mídia sempre conta os fatos pela metade, principalmente quando se deixa envolver pelo sensacionalismo. Aí, então, não explica o outro lado da história. O tema proposto “os intocáveis” lembra título de filme, mas quero aqui me referir às nossas instituições que até há pouco tempo e ainda hoje fazem cara feia para a liberdade de expressão e exercem o patrulhamento ideológico, muitas vezes com mortes.

É claro que a conotação e a dimensão dos atos de terror praticados por fundamentalistas islâmicos radicais contra o jornal francês Charlie Hebdo são bem diferentes, mas me atrevo a fazer uma reflexão sobre a nossa sociedade ocidental, sem jamais tentar justificar as atrocidades de ambos os lados.

Queria indagar quem primeiro criou e espalhou todo este ódio tentando calar, dominar e oprimir as nações que nunca aceitaram nem aceitam a teoria do seu consenso? Desde o início do século XX, mais acentuadamente após o término da I Guerra Mundial, os Estados Unidos têm imposto seu Terror de Estado, inclusive sacrificando inocentes em nome de sua ideologia política e religiosa, tida como a verdadeira.

Foi o presidente George Bush, no limiar do século XXI, quem chamou os países do Oriente Médio (Irã, Iraque), a Coréia do Norte e até o mundo mulçumano de eixo do mal. O Ocidente, que sempre se achou o único civilizado, tratou o povo árabe e sua religião de atrasados e bárbaros.

Longe de mim instigar o ódio, mas é bom que se mostre o outro lado perverso. Quem criou os ditadores nas Américas Central e do Sul? Quem antes financiou Osama Bin Laden (Al-Qaeda), os talibãs, rebeldes na Síria, no Iraque e colocou suas tropas sanguinárias no Vietnã, sem falar em outras inúmeras cruéis invasões?

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ITAMAR INDICA E COMENTA ORLANDO SENNA

Blog Refletor  TAL-Televisión América Latina.

ROSA ENVENENADA

Uma das consequências colaterais do reatamento de relações entre Cuba e EUA é a agitação dos ânimos políticos em Porto Rico e entre políticos e analistas latino-americanos que se debruçam sobre a situação do pequeno país caribenho. Rubén Berríos, presidente do Partido Independentista Porto-riquenho, PIP, acredita que a nova situação entre Washington e Havana favorece o fim do controle dos EUA sobre seu país. Em atitude surpreendente, rechaçada pelo governo estadunidense, o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, propôs a troca do líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, preso em fevereiro do ano passado, pelo independentista porto-riquenho Oscar López Rivera, preso nos EUA em 1981, condenado a 70 anos de cadeia. Ambos países negam que esses ativistas são presos políticos.

São completamente distintas as relações dos dois países caribenhos com os EUA no decorrer dos últimos 120 anos: o domínio dos EUA sobre Cuba foi intermitente e cessou com a Revolução Cubana de 1959, sobre Porto Rico jamais cessou. Cuba e Porto Rico abrigavam, antes da conquista espanhola, as mesmas tribos indígenas, principalmente taínos e siboneis. Os porto-riquenhos se dizem a eles mesmos “borícuas”, que é como se autodenominavam os taínos. Em ambos os países é muito mencionado um poema do século XIX, de Lola Rodríguez de Tió: “Cuba y Puerto Rico son de un pájaro las dos alas, reciben flores o balas sobre un mismo corazón”. Consideram-se irmãos gêmeos separados pelas circunstâncias históricas.

Porto Rico foi conquistado pela Espanha em 1493 e cedido aos EUA em 1898. Sua definição política-administrativa é a de Estado Livre Associado aos EUA, eufemismo para encobrir o regime colonial que dura 117 anos. Várias rebeliões contra essa situação marcam a história do país, principalmente a partir de 1950, quando aconteceu a revolta conhecida como Grito de Jayuya, dissolvida por forte ação militar dos EUA. A partir de então outras e várias ações independentistas foram tentadas e esmagadas, tanto no campo político-parlamentar como no enfrentamento armado. A organização guerrilheira Exército Popular Borícua, mais conhecida como Macheteros, trava um combate sem tréguas, há mais de meio século, contra o FBI, a polícia federal dos EUA.

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