LOUVÁVEL A POSIÇÃO DA MULHER ELEITORA QUE LAMENTOU AS MORTES BRASILEIRAS PELO CORONAVÍRUS E SE DISSE TRAÍDA PELO PRESIDENTE-CAPITÃO QUE PREGOU ACABAR COM A VELHA POLÍTICA E ESTÁ FAZENDO ACORDOS COM O “CENTRÃO”, NA BASE DO “TOMA LÁ, DÁ CÁ”, SEGUINDO A MESMA LINHA DO PT DE LULA, QUE ELE TANTO CONDENOU. FOI ESCORRAÇADA, MAS DEU SEU RECADO E VOZ A TODOS AQUELES QUE VOTARAM NELE E HOJE ESTÃO ARREPENDIDOS.

Enquanto milhares morrem pela Covid-19 e outros passam fome e choram por uma cesta básicas, muitos pegam filas nas portas das lojas para comprar supérfluos. Pregar isolamento social no Brasil é como pregar no deserto. As lágrimas estão secando, e poucos importam para os sofrimentos alheios. Assim caminha a humanidade brasileira…fingindo que sente dor.

O povo brasileiro, infelizmente, já se habituou a ver os maiores absurdos e histórias macabras que, em outros países desenvolvidos, não se admitiria e nem se imaginaria que acontecessem com seres humanos. Não nos chocamos mais com o tratamento abaixo do nível desumano. Muitas coisas parecem mentiras.

De tão repetidos, os horrores da vida se tornaram normais porque outros piores logo aparecem nas telas da mídia para se superarem. Não há reação de revolta, não há indignação, e as lágrimas, as dores e os gemidos parecem não tocar os corações e mover sentimentos. As mentes mentem e estão entorpecidas pela hipnose da insensibilidade. É um povo que vaga desgarrado em caminhos perdidos e diferentes. São tantas as encruzilhadas da morte, sem ser trágico e dramático! Até a esperança e a fé estão se esvaindo! As lágrimas estão secando.

No exterior, as pessoas devem estar estarrecidas e a perguntar o que está acontecendo com o nosso tão rico Brasil ao presenciarem tantas desgraças que se abatem sobre essa gente, principalmente agora com a pandemia do coronavírus que, a cada dia, estampa cenas degradantes e deprimentes, coisas típicas dos tempos medievais dos séculos XV ao XVIII. Sem educação e cultura, o nosso país ainda é uma mistura desses séculos, e ainda não saiu do XIX nas questões da dignidade humana.

A última dos horrores das vítimas da Covid-19 foi a imagem de um pai preparando sua criança no caixão em plena rua, ao lado de um container de lixo. Essa foi a mais recente de tantas outras desumanas nesses tempos da pandemia, como a de corpos mortos enrolados ao lado de doentes em camas e UTIs de hospitais, o sepultamento em valas comuns como se fossem meras carniças e tantas outras que não mais despertam empatia e compaixão, como se fossem normais. A sensação é que o Brasil está descendo as escadas mais inferiores do inferno de Dante.

O Brasil vive uma barbárie e é o único no mundo mais despreparado, desorganizado e precário para combater o coronavírus que só faz avançar. Além dessa pandemia mortal, existem outras de ordem social, na área da saúde em colapso, na desastrosa política de um sádico psicopata, no baixo nível educacional e cultural, na economia, na depredação ambiental, na violência policial e na falta de saneamento básico que ceifam vidas diariamente.

Tudo junto forma um cenário aterrador apocalíptico com tendência de acelerar ainda mais o número de vítimas pela Covid-19, que pode duplicar e até triplicar. Já está havendo um genocídio em massa, sobretudo nas classes mais pobres e entre os que vivem na linha da miséria.

Se o Brasil fosse um país sério e gozasse de uma plena democracia, o presidente, não só estaria cassado, como preso numa cadeia de segurança máxima. Por menos, o primeiro ministro da Itália está sendo investigado por negligência por não ter tomado medidas antecipadas de isolamento numa província.