JIBOEIRICES – ASPECTOS SOCIOLÓGICOS E FOLCLÓRICOS DO SUDOESTE BAIANO
Com uma impressão de qualidade e bom para se ler pela sua linguagem simples e acessível, o livro “Jiboeirices-Aspectos Sociológicos e Folclóricos do Sudoeste Baiano”, do médico Ernane N.A. Gusmão, lançado recentemente em Vitória da Conquista, merece uma correção atualizada quanto ao Pico das Almas (Rio de Contas) com 1850 metros, citado como o ponto mais alto da Bahia.
Pelos novos estudos geográficos, a serra do Barbado, em Piatã, passou a ser o maior relevo do estado. Como sacis escondidos numa imensa floresta que sempre estão a nos enganar, assim são as palavras que escapam à revisão ortográfica numa obra literária e aparecem quando bem entendem, sempre depois de impressa para o leitor.
No mais, Ernane, nascido em Pedra Azul (MG), mas filho de jiboeiros da gema, da Jiboia da Serra do Maçal (Mundo Novo), mesmo se arriscando em divulgar em seu trabalho números e dados estatísticos dos aspectos geográficos e demográficos que naturalmente com o tempo ficam desatualizados, situa muito bem o leitor dentro da região sudoeste onde Vitória da Conquista é o polo de desenvolvimento.
Poderia ter sido mais sucinto na sua contextualização sudoestina ao descrever sobre os jiboeiros e as jiboeirices, matérias-primas da sua obra, mas preferiu, com todo seu perfeccionismo, alargar os conhecimentos entrando em detalhes sobre a formação, origens e toda história de uma região, se bem que muitos costumes, hábitos e denominações não são apenas específicos do sudoeste.
O autor procurou penetrar com profundidade no Sertão da Ressaca para localizar a nação jiboeira com suas peculiaridades a partir de Vitória da Conquista, situada a 940 metros do nível do mar. Em “Aspectos Geográficos” ele cita cidades e microrregiões de altitudes diferentes, como Jequié com 216 metros, que fazem parte do sudoeste. Já no Planalto da Conquista, as altitudes variam de 700 a mil metros.
MACHADO LENHADOR
Todos desmentem o machado lenhador que resolveu cortar a árvore frondosa da propina, deixando só no toco. O certo é que suas raízes sejam arrancadas até nas suas últimas profundidades e depois queimadas no mesmo lugar para que não haja mais renovo algum. Ah! Para que não restem dúvidas, toda área deve ser salgada.
Como vítimas inocentes, todos negam as delações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Em quem você acredita? Nele ou nos crápulas que faziam parte do bando e se engordavam do caixa do Machado? Está aí o típico estupro coletivo político das propinas. Um cara era obrigado a “satisfazer e dar para todos”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, o que mais recebeu dinheiro, ainda veio com esta de que os presos delatores foram forçados a abrir a boca para não deixar suas famílias passarem fome. Pobres coitadinhos! Ele defende que o elemento só pode ser delator se estiver solto. Esqueceu que seu ex-subordinado, Sérgio Machado, está solto. É uma piada!
Sobre o delator eu tasco o seguinte epigrama:
Dizem que é tudo mentira
Desse machado lenhador
Cortou até macambira
E três ministros tirou.
PÉSSIMO EXEMPLO
Quando se defende tanto seriedade com as coisas públicas, o governador do Estado, Ruy Costa, dá um péssimo exemplo aos prefeitos nesta época de festejos juninos quando contratam bandas de arrocha, axé, sertanejo e outras porcarias a peso de ouro. O governo, através da Bahiatursa, está fazendo o mesmo ao contratar “Simone e Simaria” e a cantora sertaneja Paula Fernandes para fazerem shows em Salvador. Não sabia que elas são forrozeiras pé de serra. Melhor proceder como a Prefeitura de Vitória da Conquista que, sem recursos, decidiu contratar artistas regionais que tocam o forró autêntico.
MÃO “DIVINA”
Bendita seja a mão “divina” do jogador peruano que fez o gol contra a seleção brasileira, pois foi ela que destituiu Dunga da função de técnico do escrete. Não fosse isso, o Dunga teimoso e cabeça dura seria o coveiro mor da “pátria de chuteiras” como denominou o escritor Nelson Rodrigues. Atualmente está mais para pátria de chinelo. O que mais se vê nos campos aqui são pernadas, violências e lutas livres.
Quem está acompanhando a Copa da Europa, melhor que a última Copa Mundial, percebe muito bem a separação do que é mesmo futebol limpo e o que se pratica hoje no Brasil. Em minha opinião, o escolhido Tite é bem melhor que o Dunga, aliás qualquer um é melhor que ele, mas o melhor mesmo seria o Cuca que levanta qualquer time por onde passa. Enquanto continuar a sujeira na CBF, não vamos conquistar o primeiro lugar no ranking mundial do futebol.
MALUCO E MENTIROSO
O cara só pode ser um maluco e mentiroso que poderia estar internado num hospício psiquiátrico, ou preso por prevaricação, injúria, infâmia, calúnia e difamação. O cara delata na Operação Lava Jata do Ministério Público Federal mais de 20 políticos de receber propinas, inclusive o seu ex-chefe, e todos negam veementemente chamando-o de mentiroso e fantasioso, com intuito apenas de se livrar dos seus malfeitos.
O Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, já derrubou três ministros e agora aponta o dedo para o presidente interino da República, Michel Temer. É coisa de doido, meus camaradas! É bandido entregando bandido, coisa de quadrilha quando está acossada depois de um roubo de grandes proporções. Depois das pistas descobertas, dinheiro usado no sustento próprio do poder e em suas mordomias, cada um se esconde em seus esconderijos e nega a participação no assalto.
Em detalhes, o cara cita datas, ano, locais de encontros e as quantias entregues a cada malfeitor. Mesmo assim, todos confessam inocência e atacam com pedradas o tesoureiro que foi responsável por anos pela formação e distribuição do Fundo das Propinas, uma espécie de Fundo Monetário dos Políticos, o FMP do Poder.
Na história contada pelo delator, o bando era deveras ganancioso e tinha indivíduo que requeria mais para si, de acordo com seu posto que exercia no comando do grupo. Coisa do tipo: O que me cabe na partilha desse saque tem que ser maior que a de fulano porque eu sou o dono desta pasta e me arrisquei bem mais.
O tesoureiro que controlava os fornecedores da grana tinha que se virar para saciar apetites e gulas diferentes. O ex-chefe Renan Calheiros, por exemplo, foi o que mais recebeu. Os menos representativos ganhavam menos. O bando tinha seu próprio código de ético. Vamos reconhecer que o Machado tinha mesmo “jogo de cintura”, como se diz no jargão político e empresarial.
Parece coisa de ficção literária de romance policial, filme de faroeste ou coisa semelhante, mas é tudo realidade o que aconteceu e ainda acontece no reino chamado Brasil. Escritores, poetas, compositores, teatrólogos e artistas em geral não podem se queixar da falta de matéria-prima para elaboração das suas obras. É um reino recheado de fatos escabrosos que mostram as vísceras mais podres do poder.
“LA MANO DE ADIÓS”
Albán González – jornalista
“La mano de adiós” foi a manchete de capa da edição da última segunda-feira do diário esportivo argentino “Olé”,referindo-se, em tom de zombaria, à eliminação precoce da seleção brasileira da Copa América Centenário, com um gol irregular assinalado pelo atacante peruano Diaz. O jornal lembrou que, na semifinal do torneio continental de 1995, o Brasil desclassificou a Argentina com um gol de mão marcado por Túlio Maravilha. Deixou de mencionar o gol anulado do equatoriano Bolaños na partida de estreia dos brasileiros na Copa.
Enquete realizada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que a maioria dos consultados apontou Dunga como o principal responsável pelo declínio do futebol apresentado nos últimos anos pela seleção brasileira, uma queda iniciada após os 7 a 1 e os 4 a 0, aplicados, respectivamente, pela Alemanha e Holanda na Copa do Mundo de 2014.
Os leitores do diário paulista colocaram uma boa parte da culpa na administração da CBF, cujo presidente, Marco Polo del Nero, tem evitado atravessar as fronteiras do nosso país com receio de ir fazer companhia a José Maria Marín, preso num apartamento em Nova Iorque. Vigiado pela justiça norte-americana, Marín só tem direito a sair para ir a uma igreja católica se arrepender dos seus pecados.
Assim como dezenas de políticos arrolados pela Operação Lava-Jato, del Nero e toda a “cartolagem” do futebol brasileiro e do Comitê Olímpico Brasileiro (COI) se sentem protegidos pelo manto da impunidade.
Carlos Caetano Bledorn Verri, capitão do time campeão do mundo em 1994, ganhou de um tio o apelido de Dunga por causa de sua baixa estatura. No decorrer de sua vida como esportista, o gaúcho de Ijuí revelou um temperamento mais para Zangado, um dos sete anões, trabalhadores em uma mina, que davam proteção a Branca de Neve.
A GRAMÁTICA “EM BUSCA DO SOL”
Um é romance e o outro uma gramática mínima imprescindível para quem pretende ingressar na narrativa de outros gêneros literários tão desprezados nos últimos anos no Brasil em decorrência dos desleixos dos nossos governantes para com a educação e a cultura. Mesmo assim, a nossa literatura atual não padece de produção de obras, mas da carência de patrocinadores e leitores para prestigiar seus autores.
Um exemplo disso está na região sudoeste onde existe uma gama enorme de escritores talentosos lançando livros, mas com inexpressiva divulgação e apoio mais consistente do poder público. Na semana passada (sexta-feira – dia 10/06), por exemplo, me fiz presente no lançamento dos livros “Em Busca do Sol”, de Esmeraldino Correia e “Gramática Mínima da Língua Portuguesa”, de Ubirajara Brito.
Sobre o trabalho do professor Ubirajara Brito, nascido em Tremedal (BA), cidadão honorário de Vitória da Conquista, engenheiro civil e especialista em radioatividade e fissão nuclear, me atrevo a tratá-lo como uma gramática básica dirigida, especialmente, para jovens estudantes e, creio que este foi o propósito do autor em se dignar a elaborar o tratado.
O próprio Ubirajara que já foi secretário e ministro interino do Ministério da Educação disse, em sua apresentação, que ao decidir escrever sobre o tema não se preocupou com minúcias, formalismo gramatical ou erudição balofa, mas com a finalidade de que as gerações futuras se lembrem que a “Ultima Flor do Lácio” foi língua vernácula nesta parte do mundo, conhecida, até bem pouco, pelo nome Brasil, com “s”.
“Preza aos céus seja essa “Gramática Mínima” útil aos brasileiros humanos, antes de ser o nosso idioma tragado pelo sincopado gutural do falar global dos androides tupiniquins” – destacou o autor. A advertência é pertinente no momento em que os frequentadores das redes sociais estão postando nossa língua portuguesa em códigos.
“Em Busca do Sol” é mais um romance de Esmeraldino Correia, nascido em Vitória da Conquista (BA), pós-graduado em Gestão de Pessoas e Estratégia em Segurança Pública, coronel da RR/PMBA e atual presidente da Academia Conquistense de Letras. O escritor, que tem no prelo outras obras, publicou em 2007 seu primeiro livro intitulado “Tempo, Sombras e Solidão”.
Numa mistura de sonho com a realidade, Esmeraldino tem uma escrita escorreita de fácil entendimento onde sempre coloca o comportamento humano como sua principal matéria-prima. Como autor, Esmeraldino ultrapassa as linhas do romance regional para ser universal como tantos outros de renome da literatura.
Aliás, não concordo com esta designação restrita de romancistas regionais, dada por certos estudiosos da literatura como se fosse um gênero menor do tipo “caipira”. No sentido mais amplo, toda linguagem, como a do nosso escritor em referência, é universal e abrangente.
Sobre a obra, a professora Terezinha Spínola enfatiza no prefácio que o livro,” de temática intimista e ao mesmo tempo realista, dá coesão à análise psicológica e à critica social, como que fazendo da literatura, como dizia Zola, “um documento humano”, isto é, uma aliança fecunda, doce e amarga, do sonho com a realidade”.
O escritor conquistense fala do eu profundo, dos dramas existenciais e da alma humana. O poeta Esechias Araújo Lima diz que “Em Busca do Sol” é um romance não linear, articulado, propositadamente, em espaços lacunares em que o alinhavo do enredo fica à mercê do leitor, requerendo deste maior grau de concentração.
No “Em Busca do Sol”, o leitor vai se extasiar com uma linguagem poética em capítulos curtos e dinâmicos, passando a fazer parte das narrativas. O autor tem este dom de também captar a alma do leitor para dentro da sua obra.
Os livros de Esmeraldino e Ubirajara foram lançados no auditório da Faculdade Fainor, com apoio ainda da Academia Conquistense de Letras. É mais uma prova de que Conquista está recheada de bons e dedicados escritores, pena que nossa literatura regional esteja esquecida há anos pelo poder público, daí a desilusão de muitos que decidiram abandonar por completo a arte de escrever.
Quem faz, de forma independente, sabe e conhece muito bem os caminhos espinhosos de tantos sacrifícios para publicar, divulgar e distribuir uma obra. Digo isso por experiência própria de luta na tarefa de escrever. O escritor é um teimoso inveterado que vive a mendigar de porta em porta por um apoio e reconhecimento. Poucos estendem as mãos e quase nada cai na cuia.
CACULÉ REALIZA MOBILIZAÇÃO CONTRA TRABALHO INFANTIL
Entre os dias 1º e 9 de junho o Governo de Caculé, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, CMDCA, Serviço Família Acolhedora SERPAI e Secretaria Municipal de Educação e Cultura, mobilizou o município para o combate à exploração do Trabalho Infantil.
Com o tema: “TODOS JUNTOS CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL” e o lema: “Trabalho Infantil nem de Brincadeira”, a ação contemplou as escolas municipais, o povoado de Várzea Grande e toda a sede, através da distribuição de jornais informativos sobre o tema, palestras e entrevista na Rádio Atalaia FM com a presença do Enfermeiro Flávio Cardoso Araújo, Coordenador do CREAS, que debateu os malefícios do trabalho infantil na saúde e na vida de crianças e adolescentes, da Psicóloga Fabrícia Prates Amorim, Coordenadora do Serviço Família Acolhedora, que explanou sobre os impactos psicológicos e educacionais causados pela exploração do trabalho infantil, Articuladora do PETI Cynara Damaceno que encerrou o encontro enfatizando a importância de todos estarem juntos contra a exploração do trabalho de crianças e adolescentes.
A culminância aconteceu no dia 09 de junho, com uma apresentação teatral lúdica itinerante por todos os bairros da cidade, ressaltando a problemática da exploração do trabalho infantil. “As ações estratégicas irão continuar, pois a sensibilização é um processo construído lentamente, mas traz frutos muito positivos em combate à violação dos direitos das nossas crianças e adolescentes”,destacou a Secretária Municipal de Assistência Social Sônia Regina Fernandes Pessoa.
Assessoria de Comunicação de Caculé
VEXAMES E ARRASTÕES JUNINOS
A sensação que temos é que o Brasil nos últimos anos vem sofrendo sucessivos vexames e arrastões de tudo que é ruim na economia, na política, na moral, na ética e agora, como se não bastassem tantos fatos desastrosos, no futebol com a eliminação da “seleção” na primeira fase da Copa América. “A pátria de chuteiras” está descalça. É, estamos mesmo precisando de uma reza forte de todas as religiões juntas para afastar essa urucubaca!
No entanto, sem reação popular, indignação e consciência política, não tem reza que afaste esta maldição. Lá fora nosso país está sendo visto como um carro velho que não pega nem no tranco. Motivo de piada e chacota, não está sendo fácil para o brasileiro mostrar seu passaporte no exterior.
Com um presidente interino da República sem respaldo popular, os presidentes da Câmara e do Senado e outros caciques políticos do Congresso Nacional sob fortes investigações de receber propinas, quer mais! Muitos deles, como o presidente da CBF, não podem nem viajar para o exterior, senão é cadeia na certa. Qualquer noticiário que vem da mídia é um susto só!
Não aguento mais torcer tanta trouxa de roupa encardida! Desta vez, se me permite, vou falar do arrastão junino que vem aí com um amontoado de lixo musical do axé, do pagode, do arrocha, do sertanejo, do rock e outros “estilos” barulhentos, alienantes e alienígenas que sufocam e matam o forró autêntico que deveria ser tocado nesta época. O maior culpado por mais este arrastão de coisa ruim é o poder público que torra nosso dinheiro em bandas de “forró de plástico”.
Mas, não é só isso, meus camaradas! Nesta época do ano, muitos prefeitos que andam a reclamar da falta de dinheiro para educação e a saúde, aproveitam para desviar recursos com superfaturamento nos contratos dos músicos. Coisa por debaixo do pano, sem nenhuma transparência como determina a lei, quando cada prefeitura deveria publicar o custo da festa e quanto cada artista está recebendo para fazer o seu show.
QUADRILHAS JUNINAS DE CACULÉ
As tradicionais quadrilhas juninas abriram os festejos com lindas criações apresentadas nos dois últimos fins de semana. A Quadrilha Junina Busca-pé foi a primeira a se apresentar e encantou a plateia com o tema “Meu Cordel Encantado é o Sertão. Aqui é o meu lugar! O sertão é do tamanho do mundo. O sertão é dentro da gente.
“No dia 10 de junho Quadrilha Junina Xiado do Xineloapresentou “Pirata! O descobridor dos sete mares”, seduzindo os presentes com uma surpreendente demonstração de alegria e criatividade. E no dia 11 de junho a tradicional Quadrilha Junina Jacques Carvalho mostrou a cultura e as belezas de Pernambuco inspirados no tema: “Pernambuco, coração do folclore brasileiro”!
Um animado arrasta-pé embalou as noites após a apresentação das quadrilhas com a participação de Joel e seu Forró, Banda Forró a dois e a dupla Gil e Vanessa.
No dia 17 de junho, sexta-feira, as escolas municipais apresentam lindas criações no Arraiá da Educação que este ano também terá Quermesse com barracas temáticas tendo como contexto: Cultura, Ecologia e Diversão e reapresentação das Quadrilhas Juninas.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal
DESABAFOS DOS LEITORES
Tenho acompanhado em alguns veículos impressos de comunicação, especialmente no espaço “Opinião do Leitor” do jornal “A Tarde”, a mais popular “carta dos leitores”, assim denominada em referência aos Correios, bem antes do advento da Internet. Era o tempo em que ainda se fazia as missivas em papel, escritas à mão. Lembro-me do monte de cartas todos os dias nas mesas da redação.
Não sei se é saudosismo demais, ou coisa de velho como se diz por aí a fora, mas o certo é que gosto de ler as opiniões dos leitores nos jornais e revistas. Para mim, é o termômetro mais equilibrado do que as pessoas pensam sobre a economia, a política, a educação, a segurança e outros diversos assuntos que tocam ao nosso país e à nossa região.
Em termos de qualidade e conteúdo, o nível das “cartas” é bem diferenciado do que se escreve hoje nas redes sociais, na maioria das vezes imbecilidades e idiotices, sem contar os xingamentos e os arrotos de intolerância. Não vou aqui discutir aspectos ideológicos, mesmo porque não sou patrulha.
No espaço do jornal “A Tarde”, por exemplo, mais de 90% das “cartas” ali divulgadas são de puro desabafo contra os políticos que estão destruindo nosso país. Aliás, minha opinião é que eles, se tivessem vergonha na cara, deveriam pedir renúncia dos seus cargos e se entregarem à Justiça pelo bem da nação.
Não posso citar os nomes dos autores dos textos porque não tenho autorização. Selecionei alguns desses desabafos, como “Bandidos e Povo” em que afirma: “Este é om país onde bandido julga bandido, bandido prende bandido, bandido grava bandido, bandido delata bandido, presidentes acobertam bandidos, babacas apoiam bandidos, outros idiotas ficam inimigos por causa de bandidos. E o povo, empobrecendo e adoecendo assiste a tudo. Quem ainda está empregado trabalha para sustentar bandido”
Em outra, com o título “De Amante a Esposa” o leitor descarrega: “O PMDB passou anos sendo amante do poder; sugou o que pôde. Hoje é esposa e não sabe arrumar a casa. …Contrata mal sem exigir bons antecedentes; coloca raposa no galinheiro; macaco na fruteira; cozinheiro na biblioteca e não sabe como arranjar dinheiro para pagar as contas que ultrapassam 170 bilhões. Assim, a casa ficará o mesmo cortiço. Voltará a ser amante? Mudaram para ficar tudo no mesmo… Na política é difícil distinguir os homens capazes dos homens capazes de tudo”.
Em “Gangsteres na Governança”, o leitor acerta bem no alvo quando diz que “os protagonistas da governança atuam descaradamente para obter vantagens e privilégios, causando imenso prejuízo econômico, político, social e moral ao seu povo. As 10 proposições do Ministério Público Federal, paralisadas no Congresso Nacional, mostram-se insuficientes para evitar que a organização criminosa em atividade continue a saquear os recursos da nação para seus interesses escusos. Os partidos políticos e o Congresso reúnem a maioria dos criminosos”.
REUNIÃO TRAÇA CALENDÁRIO DO 2 DE JULHO
O prefeito de Caetité, Zé Barreira se reuniu, na noite da última quarta-feira (08/06), no Auditório Municipal, com os grupos de montaria do município que vão participar do desfile do 2 de Julho desse ano para definir os detalhes das comemorações da Independência da Bahia, cujo tema será “Da diversidade à força: eis a liberdade”.
Além do prefeito, os secretários Sebastião Carvalho (Secelt) e Rosemária Joazeiro (Educação), além de representantes de outras secretarias e órgãos municipais participaram da reunião. O diretor da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Roberto Leônidas Azevedo, esclareceu algumas dúvidas sobre os cuidados com os animais que se apresentarão e os exames que serão feitos.
Na ocasião ficaram definidas situações como a ordem dos grupos no desfile, controle de trânsito, autorização prévia para charretes, ensaios, horários, prazos e muitos outros detalhes que fazem parte das comemorações do 2 de Julho em Caetité.
Sobre essa parceria entre o público e entidades privadas, o prefeito Zé Barreira acentuou que “começamos a realizar esse diálogo com os grupos de montaria, e é importante que a administração assuma essa parceria. Ninguém faz nada sozinho, e muito mais o 2 de Julho, que é uma festa de todos”, destacou.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal
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