Esse Congresso Nacional extremista é mesmo o pior da história do Brasil. Com suas ideias estapafúrdias e de interesses próprios de blindagem de crimes praticados pelos seus membros, eles estão levando o país para o abismo e a uma convulsão social sem precedentes.

Segundo pesquisas, a maior preocupação do brasileiro é com a segurança pública, no caso a violência policial e dos bandidos, comandados pelos seus chefes de facções criminosas, superando a corrupção (também é violência), o desempenho da economia ou inflação alta.

O banditismo de hoje nos faz lembrar do cangaço nordestino (volantes e criminosos), principalmente dos séculos XIX até meados do século XX. Por séculos o Nordeste sofreu um processo de isolamento com a ausência da Justiça e das políticas públicas dos governantes da época. Atualmente temos o cangaço urbano (forças armadas e traficantes), e o povo se sente isolado entre a cruz e a espada.

Não é com projetos de lei e decretos que vai se resolver o problema. Não se convence bandido a deixar o crime dizendo que ele está sujeito às penalidades da lei, porque quando ele entra nesse mundo já sabe que só tem duas opções na vida, a morte prematura ou a prisão, mas o dinheiro supera tudo. Para ele, a criminalidade é um bom negócio porque a sociedade o rejeitou lá atrás.

Aliás, já existe a pena de morte no Brasil, só que ela não é oficializada. A maioria acha que bandido bom é bandido morto. As facções sabem muito bem disso, mas, mesmo assim, a violência só aumenta e, para não morrer, os bandidos, cada vez mais, portam armamentos pesados e potentes, muitas dessas armas desviadas dos próprios quartéis ou contrabandeadas. Para eles, a única saída é o enfrentamento, com táticas de guerrilhas urbanas.

Não importa para o bandido e suas organizações se as penas vão aumentar para 30 ou 40 anos, nem tampouco que correm o risco de perder seus bens. Uma ação firme e conjunta entre a União e os estados pode pôr fim às quadrilhas organizadas, como ocorreu com o cangaço nordestino, em 1940, no Governo de Getúlio Vargas.

No entanto, temos hoje um país polarizado e dividido, onde a extrema direita torce pelo fracasso do governo federal, como enfraquecer a atuação da polícia federal e outras instituições ligadas à segurança.

A operação isolada do governo do Rio de Janeiro, onde cerca de 120 pessoas, inclusive soldados, foram mortas, não passou de uma intervenção desastrosa. Para os comandantes da carnificina, com derramamento de sangue, foi um sucesso. Tudo foi abafado e não se sabe quanto inocentes perderam suas vidas.

A comunidade do Complexo da Penha aprovou porque há anos vive acossada pelos bandidos, mas esquece que a maior culpa está na ausência de políticas sociais do poder público, sem falar na própria violência policial. O povo tem a sensação errônea de que tais operações vão acabar com o banditismo.

Os deputados da oposição estão mais interessados em distorcer a imagem do Brasil no exterior do que aprovar medidas visando a segurança da população. Um exemplo disso é tipificar os traficantes e as facções como terroristas, com o argumento simplista de que eles provocam terror nas favelas. Por esta ótica vesga, qualquer bandido é terrorista.

Até a própria classificação de terrorismo pelos países capitalistas ocidentais, principalmente por parte do Estados Unidos, é distorcida. Eles não querem admitir e nem pronunciar a luta de resistência de um povo contra a opressão secular imperialista, com apoio do seu próprio povo.