Não restam dúvidas que a área do Cristo do artista Mário Cravo, na Serra do Periperi, está bem mais apresentável e atraente para os visitantes, mas o mérito não é somente da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista. Lembro que quando era presidente do Conselho Municipal de Cultura (2021/2023) e tivemos uma audiência com a prefeita Sheila Lemos, reivindicando melhorias para a cultura, como a abertura dos equipamentos culturais da cidade, ela anunciou que havia firmado uma parceria com a Arquidiocese e outras igrejas, se não me engano, para realização de obras naquele local histórico, como o mirante e outras benfeitorias. Estive lá no último domingo e observei uma placa onde só consta o nome da executiva, do secretário de Cultura e outras secretarias. Achei estranho não mencionar a dita parceria. É assim que é feita a política no Brasil, de uma maneira vergonhosa, sem transparência e sem escrúpulos. Fora isso, não gostei da sujeira de velas ao pé do Cristo, certamente pelos católicos da Semana Santa. Pensei comigo que se não houver uma proibição, o local pode se transformar numa romaria de fé e promessas. Outra questão é a demora na abertura dos quiosques construídos. O visitante ou turista de fora poderia demorar mais tempo ali se houvesse uma sorveteria, uma lanchonete, umas bancas de acarajé ou até mesmo um restaurante. Quanto ao resto, a vista lá do alto de Conquista é deslumbrante e ainda mais empolgante ao pôr-do-sol. Imagine um bonde ligando o Cristo ao centro da cidade? Ficaria perfeito e maravilhoso.