FAÇA VOCÊ MESMO
Blog Refletor TAL-Televisión América
De Orlando Senna
Indicado por Itamar Aguiar
A seca na Califórnia, entrando em seu quarto ano, é a pior já registrada na região. O governo do estado decretou racionamento severo, redução em 25% do consumo de água em todas as cidades. A ameaça de um colapso aquático no estado maior produtor agrícola dos EUA está estimulando a organização de dezenas de ecovilas, modelo sustentável de comunidade com energia própria e renovável, produção orgânica de alimentos, bioconstrução, poços para coleta de água, economia solidária, compartilhamento de excedentes, gestão participativa, sistemas de apoio familiar e social. É surpreendente (ou não, muito pelo contrário) que um número considerável de ecovilas esteja nascendo na Califórnia, a meca do agronegócio e do agrotóxico.
A gestação das ecovilas começou em 1970 com o surgimento da permacultura, criada pelos ecologistas australianos David Holmgren e Bill Mollison como solução à degradação do solo e desmatamentos causados pelas monoculturas de trigo e soja em seu país. Inspirada na relação saudável das comunidades aborígenes da Austrália com o meio ambiente e nas comunidades alternativas da Contracultura nos anos 1960 e 1970, durante o movimento hippie, a permacultura tem como base “trabalhar com a natureza e não contra ela” e ”cada um tomar para si a responsabilidade de sua própria existência e a de sua família”.
Juntando os conceitos “agricultura permanente” e “cultura permanente”, a proposta australiana que ganhou notoriedade mundial é um manual de implantação e manutenção de sistemas produtivos integrados às características da natureza circundante, com zero de desperdício e reciclagem de insumos, e também uma filosofia de vida, um comportamento mais contemplativo da existência que inclui um constante “diálogo” com o reino vegetal, uma aproximação à “interlocução mágica” dos povos primitivos (como os aborígenes australianos e os índios americanos) com a Mãe Terra, a Pachamama. Na prática, a integração sistêmica de plantas, animais, construções e seres humanos em ambientes produtivos e harmônicos.
MENSAGENS DE DESABAFO
Nas margens do “Velho Chico”, do lado de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), moradores e visitantes se deparam com mensagens de desabafo em favor da preservação do rio São Francisco que corta cinco estados, mas o que se vê em torno dele é sujeira e degradação.
De tão castigado pelas estiagens e pelas mãos dos homens, as ruínas da antiga cidade de Remanso não estão mais cobertas pelas águas da barragem do Sobradinho. Os ribeirinhos da região sofrem com a falta de água e os bancos de areia invadem o rio.
Ainda nas épocas de fartura e de pouca exploração, os governantes trataram de espalhar hidrelétricas e projetos de irrigação por toda parte, sem repor suas margens e conservar seu leito. Como numa poupança da qual só se faz retirada, o rio agora está raso e sem fundo.
As obras faraônicas da transposição do “Velho Chico” para outros estados nordestinos estão paradas. Só o pôr-do-sol ainda salva a paisagem de desolação. Em alguns pontos das cidades ainda se atravessa de barcos, mas cada um segue sua rotina de vida como se nada estivesse acontecendo.
Até o famoso e decantado vaporzinho “Saldanha Marinho” que por muito tempo navegou pelo rio e serviu de atração como restaurante em Juazeiro foi encostado num canto. O que se percebe é que o rio se encolheu e perdeu seu encanto e sua magia. É o retorno da agressão.
“VAMOS RECICLAR O VELHO CHICO”
Semana passada fui visitar-te no leito de morte e não gostei nada de ver-te em estado de saúde terminal. Há mais de 500 anos quando aqui chegaram os primeiros navegadores eras um moço forte, corado, vigoroso e caudaloso para dar vida eterna a quem necessitasse de ti.
Agora, um velho ancião jogado numa dura cama que não consegue andar com tuas próprias pernas! Precisas que alguém de uma barragem solte um pouco do teu líquido que a ti pertences! Estás todo desmatado em tuas margens, assoreado, depredado e cheio de lixo! Tem uns caras que passam e sempre dizem que vão limpar o teu leito, mas o tempo vai e continuam a sugar o teu resto de sangue.
Dei uma volta de caiaque com meu filho Caio e em teu redor só vi estragos, molambos e farrapos, apesar de captar algumas mensagens solitárias de cidadãos que pedem o teu socorro e desabafam contra o que fizeram e ainda estão fazendo contra ti. As imagens, por si só, já dizem tudo.
Em torno da “Ilha do Fogo”, entre Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), numa prainha, muita gente ainda curte o lazer do que resta de ti, sem ao menos imaginar que haverá um dia que as futuras gerações só vão te conhecer através de fotografias.
Por falar em máquina fotográfica, numa dessas visitas minha lente registrou uma das ironias e deboches que sempre fazem contigo. Na parte de Pernambuco lá estava num tipo de cabana de ferro e plástico no formato de um barco os dizeres: “Ainda dá Tempo, Vamos Reciclar o Velho Chico”. Encrustada e abandonada num resto de árvores, nas margens da ilha, a velha cabana perfurada de balas nem balança mais por falta de correntezas.
IGNORÂNCIA E SAFADEZA
Sérgio Fonseca
Em meados de abril, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal votou pela substituição da prisão preventiva de nove empresários implicados na rede de corrupção Lava Jato, pela prisão domiciliar. São eles: Ricardo Pessoa, da UTC; Agenor Franklin de Medeiros, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Mateus Coutinho Sá Oliveira e José Aldemário Pinheiro Filho da OAS; Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia; João Ricardo Auler, da Camargo Correa; Gerson de Melo Almada, da Engemix e Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Junior.
Os nove executivos deverão se manter afastados de suas empresas. Estão proibidos de deixar o país, tendo de entregar seus passaportes. A cada quinze dias, deverão se apresentar ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, que conduzirá os processos relacionados a eles. Os investigados terão que utilizar tornozeleiras eletrônicas.
A decisão de transformar a prisão preventiva em prisão domiciliar, foi tomada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, composta pelos excelentíssimos ministros Carmen Lúcia, Celso Mello, Dias Tóffoli, Gilmar Mendes e Teori Zavaski. A maioria dos ministros (3 votos a 2), seguiu o entendimento do relator do caso, ministro Teori Zavaski (ministros Dias Tóffoli e Gilmar Mendes). Votaram contra a ministra Carmen Lúcia e o ministro Celso Mello.
Acontece que os três ministros da maioria (Dias Tóffoli, Gilmar Mendes e Teori Zavaski ) olimpicamente passaram por cima da Lei 12.403, de 4 de maio de 2011, que deu a seguinte redação ao artigo 318, do Código de Processo Penal:
Art. 318 – Poderá o Juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar, quando o agente for:
I – maior de 80 (oitenta) anos;
II – extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV – gestante a partir do sétimo mês de gravidez ou sendo esta de alto risco;
Parágrafo Único –para a substituição o Juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
Nenhum dos empresários transferidos para a prisão domiciliar está grávido; nenhum dos empresários envolvidos nesses malfeitos, como diria a presidente Dilma (malfeitores?), tem mais de 80 anos; nenhum dos empresários envolvidos está extremamente debilitado; nenhum empresário está cuidando de menor de 6 anos ou com deficiência.
Como cidadão, inicialmente achei que Mendes, Tóffoli e Zavaski estavam agindo de má fé. Mudei de opinião, dando-lhes o benefício da dúvida. A meu ver, trata-se de um simples caso de profunda ignorância jurídica. Que não fica bem a magistrados que, para serem indicados ao STF, precisam gozar de notável saber jurídico . Não é o que parece que aconteceu neste caso. Lamentável.
Fernando Gabeira, quando deputado federal, dizia em 2009: “temos no Brasil um governo moralmente frouxo, um Congresso apodrecido e um Supremo Tribunal Federal em princípio de decomposição”.
AZUL E CINZA
Blog Refletor TAL-Televisión América
De Orlando Senna
Itamar indica e comenta
Às vezes a gente lê sobre a falta de assunto do cronista ou comentarista diante da página em branco (leia-se da tela do computador em branco). Hoje isso é raro, mas antes era comum encontrar textos sobre esse tema escritos pelos jornalistas que têm por obrigação entregar um artigo diário ou semanal, com hora marcada. Menciono isso porque, aqui e agora, diante da tela em branco com um sinal luminoso intermitente mostrando onde devo começar o texto, minha indecisão viaja na contramão da falta de assunto. Neste momento caótico da civilização, com a velocidade da informação disputando corrida com a luz, é a quantidade e não a falta que paralisa o escriba (por isso quase ninguém mais filosofa sobre páginas em branco).
Os dedos e os neurônios coçam quando olho para um mapa do mundo que acabo de colorir e vejo que o cinza que pintei nas zonas de conflito armado é uma área maior do que o azul que apliquei nas zonas sem conflitos letais. São 12 países com guerras de alta ou média intensidade e 33 países com guerras de baixa intensidade (que significa com menos de mil mortos por ano). Um impulso é escrever, no sentido de tentar entender, sobre as razões que levaram a Colômbia (guerra civil) e o México (guerra do narcotráfico) estar entre os 12 países mais violentos.
Já que entrei pela América Latina, outro impulso é refletir sobre a perigosa confusão política e econômica que assola os países que, por volta do ano 2000, adotaram grandes políticas de inclusão social e combate efetivo à pobreza. E assola também o Chile, que não adotou essas políticas. Talvez deva escrever mesmo é sobre o Brasil, pátria amada idolatrada metida em uma camisa de onze varas, com governo enfraquecido, oposição canhestra, mídia leviana, corrupção a grosso e a granel. Ou quem sabe sair correndo para um aeroporto virtual, pegar um avião ídem e dar uma olhada no Estado Islâmico, no desatino da hiper violência fundamentalista.
O INTERIOR FAZ A FESTA!
Carlos González (gonzalezcarlos@oi.com.br)
“É campeão!” Mais de 6 mil vozes, num coro uníssono, anteciparam em uma semana a retomada da liderança do futebol baiano pelo interior do estado. Aos 28 minutos do segundo tempo, após a marcação do terceiro gol do Esporte Clube Primeiro Passos contra o até então favorito Esporte Clube Bahia, os torcedores de Vitória da Conquista tiveram a certeza de que no próximo domingo trarão para sua cidade o título de 2015, juntando-se ao Fluminense de Feira de Santana (campeão em 1963 e 1969), o Colo-Colo de Ilhéus (vencedor em 2006) e o Bahia de Feira, em 2011.
Mesmo se o Bahia vier a contar com a ajuda do Sobrenatural de Almeida (personagem invocado pelo jornalista e dramaturgo Nélson Rodrigues nos momentos difíceis do seu Fluminense), revertendo os 3 a 0 de domingo passado no Estádio Lomanto Júnior, o Vitória da Conquista já alcançou o objetivo a que se propuseram os seus fundadores, entre eles o atual presidente Ederlane Amorim, em janeiro de 2005: colocar o futebol, depois dos insucessos do Humaitá, Serrano e Vitória da Conquista Esporte Clube, no mesmo patamar de outras atividades, responsáveis pelo extraordinário desenvolvimento do município neste século.
Uma das missões do Conquista neste momento, na condição do papel que representa, não apenas no cenário esportivo de sua cidade, mas de todo o Nordeste, é o de valorizar o futebol de nossa região. Com o apoio de sua entusiástica torcida – vale destacar o trabalho dos jovens da Criptonita – e ajuda dos poderes municipais, o ECPP pode mudar uma conjuntura que considero deprimente, comum em todo o Norte-Nordeste: o amor exagerado do torcedor pelos chamados “grandes” clubes do Rio e São Paulo. Estamos, dessa forma, abraçando aqueles que nos discriminam
HABEMUS MINISTRO!
Ministro é uma palavra latina de minister, tra, trum que significa, no adjetivo, aquele que serve, ajuda, auxiliar. No substantivo, minister, tri, ministro (de um culto), sacerdote, agente, instrumento, intermediário, que leva. Minister ales fulminis (ave que leva o raio). Ministerium, ofício de servir, função, ocupação, trabalho. Tem ainda ministrator, oris, servidor, adjunto, assessor. Ministro, as, are, avi, atum, de ministrar, cuidar de, executar, dirigir, governar.
Em coluna da página de Opinião do jornal A Tarde (edição do dia 21/04), o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, incensou tanto o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que fiquei até com vergonha com tantas rasgadas pomposas de elogios. Não cai bem um secretário usar um espaço nobre de um jornal de grande circulação para fazer esse tipo de “manifesto” extravagante. Só faltou anunciar sua entrada: Eis o rei! Salve o rei! Salve o nosso imperador!
Nessas páginas opinativas A2 e A3 do primeiro Caderno do A Tarde têm surgido comentários estritamente pessoais e de defesa de políticas partidárias que, no mínimo, são suspeitos porque os autores são do mesmo grupo, ou chefes da entidade que comanda. Tem artigo de formato tão dirigido que ele próprio perde a sua credibilidade, sem contar a posição nada confortável do veículo perante o leitor.
Quando terminei de ler o texto do secretário, pensei comigo: Agora sim, habemus ministro no governo! Secretário, presidente de partido, ou quem assume um cargo público podem escrever sobre qualquer assunto, menos da sua pasta ou setor do qual dirige. Mais correto é evitar esse tipo de exposição. Fosse num impresso do interior ai chamavam de coisa de “jornaleco” que desvirtua o jornalismo e a informação.
EDUARDO GALEANO E O HORIZONTE
Blog Refletor TAL-Televisión América
Orlando Senna
Indicação de Itamar Aguiar
“De nuestros miedos nacen nuestros corajes y en nuestras dudas viven nuestras certezas”, disse Eduardo Galeano, o escritor, poeta, jornalista e farol político que se foi da vida material esta semana, deixando-nos mais de quarenta livros que desvendam e orientam a América Latina, além de desvelar e nortear uma proposta de pensamento para a existência em geral. “No importa de donde he venido, sino a donde quiero llegar”, “somos lo que hacemos para cambiar lo que somos”, também disse.
Sua literatura concisa e magnética, juntando e misturando informação e reflexão histórica e política, jornalismo, ficção, poesia, humor e humanismo, ultrapassa gêneros, escolas e tendências tradicionais. É um caminho de percepção e transcendência que só ele transitou, inédito e instigante, personalíssimo e surpreendente. Um caminho que se bifurca, cruza com si mesmo, encontra atalhos a cada instante mas nunca perde a direção indignada e contestadora. Um caminho (em direção ao horizonte que se afasta enquanto tentamos nos aproximar dele) que está em Memoria del fuego, El libro de los abrazos, Bocas del tiempo, Días y noches de amor y de guerra, no best seller As veias abertas da América Latina e em seus livros sobre futebol.
O poeta e cineasta Fernando Birri sempre disse que o uruguaio Eduardo Galeano é, em si mesmo, um deus ex machina, expressão originada no teatro grego, hoje empregada para qualquer atividade, que significa ao pé da letra “deus surgido da máquina”. Nas artes narrativas significa um giro inesperado na história, uma solução improvável ou repentina para uma situação, alguma coisa inaudita, um final imprevisível. É a melhor definição de Galeano que escutei, que não apenas sua obra está lastreada na criatividade surpreendente mas que ele mesmo, sua vida de guerreiro pacifista, é um deus ex machina.
NO PAÍS DOS FERIADÕES
Não conheço nenhum país no mundo que tenha atingido o patamar do desenvolvimento sem muito trabalho, disciplina e educação. Pois é, por isso que o nosso Brasil ainda continua sendo o país do futuro, e dos feriadões, sem contar os carnavais, é claro. Parece que estamos vivendo em “céu de brigadeiro”, sem crise moral, política e econômica.
Pense agora na quantidade de gente que não sabe nem explicar o motivo do feriado! Tiradentes! Algum santo, inventor ou jogador de futebol? Não se apoquente com a ignorância, pois vem na outra semana o feriadão do primeiro de maio, recheado de festas e shows de duplas sertanejas com direito a brindes. Este, quase todos sabem, mais ou menos sobre sua origem.
Interessante! Não ia falar sobre isso, só que ficou encravado na minha cabeça e terminou saindo sem perceber. Deve ter sido porque sou ranzinza demais. Quem não gosta de um feriadão pra curtir e gastar grana, nem que fique endividado e com uma tremenda ressaca! Eu que sou chato e sem graça.
Meu assunto mesmo é sobre os falsos salvadores da pátria que estão botando a cabeça pra fora. Cuidado com eles! É muito triste ver um país tão grande e rico de recursos naturais chafurdado na lama de mentiras e corrupções.
ASSIM FICA DIFÍCIL!
Está ficando cada vez mais difícil para o próprio PT, as centrais sindicais, o MST, a UNE e outros movimentos ditos de esquerda defenderem o governo de dona Dilma com as constantes trapalhadas, tornando-se refém do Congresso Nacional que não está nem aí para a opinião pública, engrossando cada vez mais o caldo das mordomias.
Como se não bastasse o tira e volta do Pepe Vargas, a presidente nomeia Michel Temer para cuidar da área política (raposa no galinheiro), dando a ele o status de primeiro ministro. Era tudo que o PMDB, um partido fisiologista e vezeiro nas negociatas, queria para mandar no poder. Com o parlamentarismo branco, estão dizendo por aí que Dilma é a rainha da Inglaterra, governa, mas não manda.
As últimas manifestações miraram na corrupção, mas deixaram de lado o Congresso Nacional que legisla de costas para o povo, aprovando projetos nocivos para as classes trabalhadores, como a terceirização, quando o poder executivo praticamente se calou. Do outro lado, o ministro da Fazenda comanda o ajuste fiscal e os cortes de benefícios trabalhistas e previdenciários.
Na Câmara, cada deputado fala para sua plateia. O evangélico para o evangélico, o sindicalista para o sindicalista, o ruralista para o ruralista, o médico para o médico, o advogado para o advogado e assim por diante. Gostaria de saber quem fala em nome da dona Maria e do seu José?
Falta diretriz política cultural nas manifestações. Pessoas desconectadas da realidade empunham bandeiras do impeachment e até da intervenção militar. No embalo das CPIs dos ratos que mais querem ver o circo pegar fogo, a extrema-direita vai ocupando espaços tenebrosos. Lembrei dos versos do cantor Cazuza de que “está piscina está cheia de ratos”.
É uma grande maldade levar os bichinhos domesticados e mansos para visitar uns colegas malvados que estão deixando o Brasil em trapos de tanto roerem as vestes da nação. Os pequenos animais ficaram traumatizados para sempre.
A crise não é somente econômica e política. Além dos seus 39 ministérios, gostaria de saber por que o governo brasileiro sempre discorda de pesquisas feitas por organismo internacionais quando os dados não são favoráveis ao país? É o atestado de incompetência e falta de transparência.
Mais uma vez, o Brasil foi o único entre 164 países a discordar dos estudos da Unesco de que nosso país só cumpriu duas das seis metas previstas para a educação. Ainda temos 13 milhões de analfabetos, sem contar os funcionais que passaram pelas escolas, mas não sabem interpretar um simples texto. Na América Latina, Cuba ainda tem a melhor educação.
Não dá para entender e engolir um país sem educação, mas que tem um Congresso que vive na luxúria, aumentando mais e mais suas verbas de gabinete, sem contar outros penduricalhos. As assembleias e as câmaras municipais seguem a mesma trilha. Assim fica difícil!




















