O QUÊ VIRÁ DEPOIS?
VER O EDUARDO CUNHA CHORANDO INOCÊNCIA DESPERTA O QUE HÁ DE MAIS BRUTO NA NATUREZA HUMANA. RESSUSCITA O PRIMITIVISMO E OUTRAS COISAS ODIOSAS.
É hilário, irônico, nojento, repugnante e revoltante ver o Eduardo Cunha chorando diante dos microfones anunciando sua renúncia do cargo como presidente da Câmara dos Deputados! Uma pergunta que faço neste Brasil vilipendiado, desmoralizado e ridicularizado por este Congresso Nacional aqui e no exterior é o quê virá depois? Por que o brasileiro está sendo tão castigado?
O cara é de um cinismo nunca visto neste país e ficará para sempre na história como o pior presidente da Câmara. É claro que ele está tramando com sua tropa de choque um perdão para não perder seu mandato. Coitado do Cunha se dizendo perseguido e injustiçado! É como um murro nos nossos estômagos! Está ai um grande ator de novela que nem precisaria fazer teste!
Que sua tropa safada o defenda é até compreensível porque faz parte da mesma corja que está levando o Brasil ao abismo, mas o pior é ouvir parlamentar, que se diz contrário a ele, afirmar que o ex-presidente prestou um grande serviço ao abrir o processo de impeachment da presidente Dilma. Oh, quanta pobreza de pensamento! Quanta miséria humana!
Ver o Eduardo Cunha chorando faz sangrar minha alma. É como se levasse um tiro traiçoeiro pelas costas. É abusar demais da nossa paciência. A cena parece muito com a de um bandido perigoso chorando diante do delegado e jurando inocência.
Apesar de todos nossos pecados, bem que merecemos mais respeito. A imagem degradante na televisão é mais um entulho de lixo e esgotos que recebemos todos os dias em nossas caras. Até quando vamos suportar tantas mentiras e cafajestagens? O quê ainda pode acontecer de tão ruim neste Brasil, tão machucado e maltratado?
PENITENCIÁRIA DOS CORRUPTOS
Quadrilhas de traficantes, de roubo de cargas e de assaltos a bancos são fichinhas diante dos terroristas mafiosos que resolveram bombardear e saquear os cofres públicos e as estatais brasileiras numa tirania comparada às patas do cavalo de Átila que destruía até a vegetação por onde passava. Estamos lidando com uma máfia do tipo russa, japonesa, chinesa e a siciliana, que mata e ameaça de morte quem ousar abrir a boca, utilizando-se até do método medieval do envenenamento.
Sem piedade, eles atacam criancinhas, idosos aposentados, inválidos, deficientes, famintos, escolas e doentes nos leitos de morte nos corredores dos hospitais. Duelam entre si por cada centavo e armam emboscadas nas moitas e penhascos esperando pela passagem da próxima carruagem de ouro.
São bandidos mascarados perigosos que vêm agindo há anos nas terras brasilis. Eles merecem competir com grandes clássicos dos westerns pintados pelos cineastas John Ford e Sérgio Leone. O que o juiz xerife Sérgio Moro vem fazendo na “Lava Jato” representa um grão de areia diante da montanha de corruptos que são beneficiados pela impunidade.
Com uma pequena parte dos bilhões roubados, o Estado poderia erguer uma monumental penitenciária, paga com o dinheiro desviado por eles mesmos e jogar todos lá dentro para ver quem consegue sobreviver entre os mais espertos e sanguinários. Vai ser uma bagaceira só, como nos antigos engenhos de açúcar!
O nome poderia ser Penitenciária dos Besouros Malignos, dos Vermes Corruptos, dos Mafiosos, dos Gafanhotos ou outro qualquer escolhido em concurso, não importa. Não iria ter problema de falta de tornozeleiras como agora. Aliás, por que esses presos não fazem uma vaquinha e compram os apetrechos com o dinheiro das propinas? Aliás, o Estado não tem tornozeleiras justamente porque eles surrupiaram a verba.
O prédio poderia ser construído em plena floresta amazônica, no pantanal ou na caatinga mais árida do Nordeste e ser transformado numa atração turística como patrimônio da punição nacional. Já imaginou visitar uma penitenciária cheia de políticos, doleiros, lobistas, empreiteiros, marqueteiros, executivos de estatais, ministros, ex-prefeitos, ex-governadores, ex-presidentes e suas mulheres cumplices dos crimes! Seria um zoológico divertido com as plaquinhas de avisos: “Vírus mortal! Não se aproxime para não ser contaminado!”, em cada jaula! Garanto que seria o roteiro turístico mais visitado do Brasil!
Na entrada do edifício poderia ser instalado o Museu dos Corruptos com sacos e saquinhos, sacolas, mochilas, sapatos, botas, malas, cuecas, calcinhas, sutiãs, meias, baús e chapéus utilizados por eles como instrumentos de trabalho. Haveria uma escala de plantão no presídio e em cada dia um serviria de guia para explicar toda história da corrupção no país, desde os tempos coloniais, e como funcionava e funciona hoje. Antes da visitação, porém, todos deixariam seus bens (relógios, joias, bolsas, etc) num local especial tipo cofre forte de aço blindado sob a guarda de policiais estrangeiros. O governo não gastaria nada!
NO CERNE DA QUESTÃO
“DIABOS LOIROS”
A Inglaterra das canhoneiras, da revolução industrial e científica, de Shakespeare, dos Beatles, dos grandes poetas, da resistência aos ataques da Alemanha nazista na II Guerra Mundial, do primeiro parlamento que inspirou a abolição da escravatura, agora dá um passo atrás se separando da União Europeia por conta do racismo, da xenofobia, do ódio e da intolerância aos estrangeiros. Logo a ilha britânica que já levou o terror do imperialismo a todos os cantos da terra!
Essa volta ao extremismo e ao conservadorismo radical foi orquestrada pelo ex-prefeito de Londres, Boris Johnson que, com o mesmo tom e aparência física com o candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, forma a dupla “Diabos Loiros”.
Sem conotação racista, é bom que se diga que os diabos se disfarçam de várias cores e existem também os diabos negros, brancos, mestiços e os amarelos. No caso da Inglaterra, é bom lembrar que foi lá que Karl Marx escreveu boa parte do “Capital” onde propagou suas ideias de uma comunidade humana unida, sem fronteiras e o sonho utópico de uma união internacional pelo comunismo.
MULHERES NEGRAS
Muito interessante a entrevista, divulgada na revista “Muito” do jornal A Tarde, com a socióloga baiana Cláudia Pacheco, pesquisadora do tema da solidão das mulheres negras. Seu estudo virou o livro “Mulher Negra: afetividade e solidão” (Edufba). Vou citar apenas pontos curiosos do tema. A professora diz que percebeu nas narrativas das mulheres com quem conversou que quanto mais pretas (cabelos crespos, nariz largo, etc) maior era a rejeição dos parceiros.
De acordo com o censo de 2010, em Salvador, 32% das mulheres brancas com mais de 20 anos são casadas, contra 22% das mulheres negras. No Brasil, os números variam de 43% (brancas) e 30% (pretas). A pesquisadora fala do tratamento machista diferenciado entre o negro casado com uma negra e o negro com uma branca. Confessa que o assunto permanece tabu até mesmo entre as organizações dos movimentos negros.
Também a professora de teoria da literatura, Lívia Natália Santos publicou num blog um texto intitulado “Eu mereço ser amada”. Segundo ela, uma amiga chegou a dizer que não queria mais se envolver com homens negros, porque eles seriam “educados para amar mulheres brancas”. Existe a exigência de que as mulheres negras sejam sensuais e disponíveis.
Veja o que ela declara: “Percebo que quando eles (negros) se relacionam com mulheres brancas, as tratam de uma forma diferente. Chamam de princesa, minha querida… São meneios quase subservientes. Com a mulher negra, querem traçar uma hierarquia diferente, de superioridade”.
HUMILHAÇÃO
CULTURA DOS CUPINS
Até a nossa maltratada cultura que vive a esmolar por um pedaço de pão para matar sua fome é vítima dos morotós, dos cupins, das bactérias e dos vírus mortais dos corruptores e corrompidos que se vestem de pseudos intelectuais e “promotores da arte”. São eles os verdadeiros “artistas” de ponta no ramo de elaborar projetos burocráticos e bonitinhos com recheios deliciosos de mutretas e maracutaias.
O esquema parece com aquela história do bandido cruel que assalta a cuia do mendigo nas esquinas das ruas, ou do esperto vigarista que troca 10 reais pelos 100 no chapéu do cego. Quem diria! Como se não bastassem a educação, a saúde, a merenda escolar, os remédios, a nossa pobre cultura passou a ser a Boca Livre da vez. Pelas investigações, as fraudes já vêm acontecendo há 15 anos e somam 180 milhões de reais.
A Polícia Federal está no encalço dos bandidos desde 2014 e descobriu que safados bancaram até casamento com recursos da Lei Rouanet, em clube de luxo na cidade de Florianópolis. O evento dos noivos Felipe Amorim e Caroline Monteiro teve como atração principal o cantor sertanejo Leo Rodriguez (ilustre desconhecido) e durou um final de semana.
Na Olimpíada da Corrupção, o superfaturamento, apresentação de notas fiscais falsas e projetos duplicados foram as modalidades mais apreciadas nas conquistas das suas medalhas. Enquanto isso, o escritor, o pintor, o ator e autor de teatro, o cineasta e o compositor musical, além de fazer sua arte, tem que aprender a atolar sua mão na massa da burocracia para formular um projeto, cujo dinheiro nem sempre é liberado.
O Grupo Bellini é o grande mentor e “benfeitor cultural” responsável pelos eventos corporativos, shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas e livros institucionais. O pobre mortal que escreve um livro usando como tinta seu próprio sangue fica a mendigar por uma publicação que nunca sai.
Muitas empresas envolvidas e 14 pessoas foram presas (logo vão sair pelas portas da frente) e deverão ser indiciadas por associação criminosa, peculato, estelionato, crime contra a ordem tributária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Fora alguns fachos de luz, vez por outra, há séculos que a nossa cultura vive nas trevas com seus patrimônios materiais e imateriais em ruínas.
Museus, arquivos públicos, bibliotecas, livros e documentos de grandes autores e personalidades, prédios, monumentos e casarões tombados, filarmônicas, orquestras, centros culturais de artes e oficinas, escritos, pontos históricos, expressões populares da cultura como o São João, reisados e outras linguagens artísticas se encontram em estado terminal.
MUDOU PARA PIOR
Os festejos juninos, na grande maioria dos municípios, não deixam mais saudades como antigamente com suas danças, músicas tradicionais, comidas e bebidas típicas, sem contar os hábitos da terra nordestina. Mudar faz parte da natureza humana, mas o São João mudou para pior.
Arrastados pela vala imunda do axé, do pagode, do samba, do funk, da lambada e do sertanejo, com letras e sons de péssima qualidade cultural, os governantes são os maiores culpados, achando que o povo gosta mesmo é da merda do forró de plástico. Se você só dá porcaria e não se tem outra opção, a população se acostuma em comer porcaria.
Um exemplo claro dessa safadeza de prefeitos sem o mínimo de compromisso com a preservação da nossa cultura popular aconteceu em Ibicuí, na Bahia, onde Ivete Sangalo, Safadão, Anita, Leo Santana e outras bandas que colocam mulheres malhadas no palco para exibirem suas bundas e pernas musculosas, abocanharam cerca de 2 milhões de reais dos cofres públicos.
Em Caruaru, advogados tentaram entrar com uma ação para derrubar a contratação do cantor brega “Safadão” por 575 mil reais, mas não deu em nada porque o prefeito derrubou a liminar na Justiça. Diante de toda esta bandalheira ainda aparecem os “otimistas” de plantão falando de esperança e condenando os que se sentem com vergonha de ser brasileiro.
Em Salvador se apresentaram Paula Fernandes e “Simone e Simaria” contratadas pelo Governo do Estado (nosso dinheiro) para agradar eleitores que se contentam com o circo de péssimo gosto. No farol da Barra, se não me engano, Ivete Sangalo, com seus pulos de “tira o pé do chão” prestou homenagem a Lampião e Maria Bonita. A que ponto chegamos com tanto desdém com aqueles que foram verdadeiros heróis e ícones culturais nacionalistas!
O irônico é que essas bandas misturadas (“Quem com porcos se mistura, farelos come”), que nada têm a ver com o ritmo pé de serra forrozeiro ganham bem mais (contratos superfaturados) que os grupos, todos reunidos, que tocam o autêntico São João e dão um duro danado para sustentar suas famílias com sua arte.
O mais triste nisto tudo é que não existe transparência nos gastos, e a corja rouba mesmo. A Justiça não toma providências para prender os ladrões. O mais hilário é ver prefeito passar o mandato todo dizendo que não tem dinheiro para investir no que ainda restam na educação e na saúde. É outro deboche e um tapa em nossas caras! Será que não vamos nos cansar de tanto apanhar desse bando de quadrilheiros do crime?
O mais revoltante é que muda o nosso São João para pior, e os safados continuam sendo eleitos como vai acontecer nas próximas eleições de outubro. O quadro vai ser o mesmo de brigas e mortes entre amigos, irmãos, pais, filhos e parentes em defesa de seus candidatos.
Quero aqui registrar o bom exemplo da Prefeitura de Vitória da Conquista que nos últimos anos tudo tem feito para mostrar o espetáculo do São João cultural “Pé de Serra do Periperi”, patrimônio nordestino, com artistas comprometidos com o forró autêntico, tantos os de fora como os locais.
Como neste ano não teve verbas para realizar grandes contratações nacionais, o executivo colocou no palco artistas regionais que deram conta do recado e a população chegou junto e prestigiou. O povo pode até comer porcaria se você não oferecer a coisa boa para ouvir e alimentar a alma com música de verdade.
PELAS SOMBRAS DO PASSADO
Os conservadores de extrema-direita, como Hitler, Mussolini e outros governos tiranos do passado, inclusive na América Latina, sempre se abasteceram das crises e decadências de suas nações para se apoderarem do poder. Hitler se apropriou nos anos 30 do século XX de uma Alemanha destroçada para disseminar suas ideias nacionalistas de soerguimento da pátria.
No mundo de hoje estamos vendo estas sombras do passado nos rondar com pregações de xenofobia, ódio e intolerância contra minorias, refugiados da fome, das guerras e perseguições políticas. O que vemos atualmente é o Ocidente se fechando em suas muralhas para outros povos que lá na frente foram objetos de suas explorações e matanças.
As elites burguesas do mundo capitalista nunca aceitaram repartir suas riquezas e aí, aliados a outros descontentes do caos social, passaram a acreditar juntos nestes malucos como única opção. A maior decepção advém justamente do fracasso de políticos ideologicamente “socialistas” que prometeram melhoria de vida.
A saída da Inglaterra do Mercado Comum Europeu, ( O Brexit) principalmente por causa dos custos com os imigrantes da África, da Ásia, do Oriente e do seu próprio continente onde está situado, é apenas um exemplo mais recente dessa hecatombe que se desenha através de ideias de “líderes nacionalistas”, não muito diferentes do nazismo e do fascismo.
O candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o ex-prefeito de Londres defensor da saída do seu país do MCE, Boris Johnson, são semelhantes até na aparência física como os “diabos loiros”. A bola da vez agora são os mulçumanos e, tanto um como o outro, odeiam todos aqueles que não são ingleses e norte-americanos.
Foto reprodução A Tarde
Desta vez não são os russos que estão chegando, mas os extremistas que já demonstram suas forças e garras em países ocidentais como Áustria, França, Hungria e outras nações europeias. Ironia da história, mas não se esqueçam dos judeus de Israel que há anos encurrala com seus muros os árabes e os palestinos. E assim, o planeta terra vai sendo loteado por muralhas de pedras e arames farpados.
Na maior crise humanitária desde a II Guerra Mundial (1938/45), mais de 65 milhões de pessoas perseguidas se deslocaram de seus países no ano passado, um aumento de 10% em relação a 2014. As muralhas humanas que marcham em terras estranhas e perigosas, clima e tempos adversos, partem de várias partes e têm pressa nos seus passos em suas longas caminhadas.
VIKINGS “ATERRORIZAM” NA EUROCOPA
Albán González – jornalista
Um time formado por apenas seis jogadores profissionais e dirigido tecnicamente por um dentista (Heimir Hallgrimsson) passou a ocupar, com amplo destaque, o noticiário esportivo em todo o mundo ao eliminar os ingleses da Eurocopa 2016, depois de já ter vencido a Áustria e empatado com Portugal e Hungria, além de ter impedido a classificação da Holanda durante as eliminatórias para o torneio que está sendo disputado na França.
Essa seleção, constituída de homens de origem nórdica, descendentes dos vikings, com nomes de difícil pronúncia, cujos sobrenomes terminam em“sson”, representa um pequeno país, a Islândia, plantado numa ilha vulcânica, com apenas 103 mil km² e uma população de 320 mil habitantes, localizado ao norte europeu, próximo ao Círculo Polar Ártico.
A façanha da Islândia, empurrando os orgulhosos súditos da rainha para a travessia do Canal da Mancha, de volta ao Reino Unido, levou muitos curiosos a procurar mais informações sobre a Islândia, também conhecida como Terra do Gelo. Terceiro colocado no índice de desenvolvimento divulgado este ano pela ONU, o país nunca se classificou para as etapas finais de torneios internacionais (Copa do Mundo e Eurocopa). Seu clima, com temperaturas que no verão (julho e agosto), quando não há praticamente noites, não passam dos 15º.
ROTA DA INDEPENDÊNCIA EM CAETITÉ
Nesta quarta (29), a Rota da Independência chegará a Caetité e será a sétima cidade a receber o projeto da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado, que ao longo do mês de junho vem visitando as cidades baianas que lutaram contra os portugueses pela Independência do Brasil no período de 1822 e 1823. A Fundação levará à cidade a sua Biblioteca Móvel, o Encontro Territorial de Arquivos e o Encontro do Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca.
Realizada pela Fundação Pedro Calmon há nove anos, a Rota visa reforçar na memória dos municípios que participaram das lutas pela Independência do Brasil na Bahia. A vila de Caetité participou indiretamente das lutas pela Independência da Bahia, apoiando o governo provisório instalado na Vila de Cachoeira. Na programação que a Fundação levará está a Aula Espetáculo “Histórias Estoriosas”, que será encenada na Praça das Árvores pela Cia de Teatro Finos Trapos, trazendo personagens da independência que contam a história do 2 de julho de forma lúdica e educativa. Terá também apresentações de dança e música, com o Conservatório de Música de Caetité. A Biblioteca Móvel estará estacionada na cidade durante todo dia.
O secretário de Cultura de Caetité, Tião Carvalho, destacou a importância da data para o município. “A comemoração da Independência da Bahia em Caetité é algo que faz parte do calendário festivo/cultural de praticamente todos os seus habitantes. Nossas crianças entoam o hino, nossos jovens se preparam para a festa e nossos idosos fazem questão de apreciar o desfile cívico. O projeto Rota da Independência, além de dar uma maior visibilidade a nossa comemoração, vai agregar um valor cultural ainda maior ao evento, fortalecendo nossas políticas identitárias e abrindo uma possibilidade de expansão de nossas ações”.
Contexto Histórico – Em 1981, a Câmara Municipal da Vila de Caetité foi a que, em primeiro lugar no Sertão, aderiu à causa da independência e a que mandou a primeira comissão apresentar seus votos de obediência e fidelidade a D. Pedro I. Encerradas as lutas contra as tropas portuguesas no Recôncavo, em Caetité aconteceu o episódio do Mata-Maroto, extermínio de portugueses que seguiram até 1823. O termo “maroto”tinha um duplo significado: tanto “marinheiro” como “tratante”, e era utilizado pejorativamente para denominar os portugueses. Confira abaixo a programação:
Programação dia 29 de junho
- 9h Biblioteca Móvel na Praça das Árvores
- 9h Encontro do Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca e Encontro Territorial de Arquivo na Casa Anísio Teixeira
- 14h Cortejo da Cia de Teatro Finos Trapos pela cidade até a Praça das Árvores
- 15h Aula Espetáculo “Histórias Estoriosas” (Cia. De Teatro Finos Trapos) na Praça das Árvores
- 16h Apresentações musicais
- 17h Encerramento
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EXTREMA UNÇÃO
Do livro do médico Ernane Gusmão, intitulado “Jiboeirices –Aspectos Sociológicos e Folclóricos do Sudoeste Baiano”.
Conta ele que entre os anos de 1955/58 Edvaldo Flores era então prefeito de Vitória da Conquista na época do padre Luiz Soares Palmeira, de espírito irrequieto, sempre da oposição.
Num certo dia amanhece estirado na Praça Sá Barreto, defronte do seu ginásio do mesmo nome, o cadáver de um jumento. Passaram horas e nada da prefeitura ordenar o reboque do defunto já em rigidez cadavérica e com os urubus em revoada ao seu redor.
O padre não se conteve e despachou um bilhete atrevido:
Senhor prefeito, comunico que o jegue moribundo da prefeitura está esticado em frente ao ginásio. Fineza providenciar imediata remoção, antes que os urubus o transformem em banquete municipal.
E o prefeito, com uma pitada de picardia respondeu:
Senhor padre, a remoção será feita, às expensas da prefeitura. Fineza providenciar a extrema unção.
TROPEÇO GRAMATICAL
Também do livro “Jiboeirices”: Jiboeiro tomou a palavra em concorrida sessão literária, realizada em Vitória da Conquista, e “tacou” um enorme e entusiasmado discurso sobre a plateia, atropelando o vernáculo de todo jeito. Ao recolher-se à sua condição de mero ouvinte, da qual nunca devera ter saído, foi duramente criticado pelos erros de concordância e outros atritos com a gramática.
Não se fez de rogado, pediu um aparte, voltou à tribuna e desafiou:
Qualquer “membro” ou “membra” dessa associação, que quiser tomar umas lições de português, é só procurar-me no endereço tal.
VEREADORES RURAIS
Vivaldo Mendes, pecuarista tradicional e patriarca ao seu modo, também teve suas andanças na política regional.
Íris Silveira, boêmio e dotado de grande inteligência, fiscal de rendas, poeta e prosador também se deixou picar pela mosca azul das lidas partidárias.
Pelos idos de 60 os dois se defrontaram na Câmara Municipal de Vitória da Conquista.
Íris, gozador, não perdeu a oportunidade de alfinetar quando Vivaldo, do alto da tribuna, com seu vozeirão verberava contra o prefeito que não cuidava das praças, das flores, das gramas dos jardins, deixando tudo à toa como se fossem mangueiros de fazendas.
Um aparte, tem muita razão o nosso vereador “Capim” porque “terra das flores” não merece esse descaso.
Obrigado, nobre colega… faz muito bem o vereador “Bezerro apoiar a minha moção, mesmo porque…
Antes que Vivaldo completasse a resposta, outro vereador adversário seu, intrigado com a troca de gentilezas, pediu um aparte;
Nobre colega, vereador “Capim”, dá para entender um edil mais preocupado com as gramas e jardins do que com os grandes problemas da cidade… mas…vereador “Bezerro”… lastimo a falta de sensibilidade.
Obrigado, colega, pela oportunidade da explicação. Como vocês todos sabem, o colega Íris, além de vereador é fiscal de rendas, passa a vida mamando no estado e… quem vive mamando… é Bezerro!
“O AMIGO DA ONÇA” E A VERDADE
Causou-me espanto a cena de uma onça acorrentada por soldados do exército ao lado da tocha olímpica que continua a desfilar pelo Brasil a fora torrando nosso dinheiro. O quadro remete a duas cenas, uma moderna e outra primitiva em que o homem bruto faz questão de mostrar sua superioridade sobre os animais.
Lembra também a Roma antiga dos circos onde os césares imperadores mandavam soltar tigres na arena do Coliseu para lutarem contra os gladiadores como meio de distração do povo. As lentes fotográficas e as câmaras das emissoras agradecem as belas imagens produzidas através do encantado cenário bucólico da floresta amazônica.
FOTO REPRODUÇÃO
Tem o adágio popular do “amigo da onça” quando uma pessoa se refere a outrem dito “amigo” que lhe colocou em embaraços e o deixou em maus lençóis frente a uma situação difícil. É como um passe ruim que um jogador de futebol dá para seu companheiro de time.
Literalmente neste caso o exército foi o “amigo” que ferrou de morte a própria onça ao expor a fera a constrangimentos numa clara traição da sua confiança. Para o reino animal, a corporação militar se portou como “amigo do homem” que terminou por tirar a vida da onça depois do seu uso indevido.
Gostaria de saber o quê a onça estava fazendo ali ao lado daquela tocha cercada de gente falando baboseiras com os clichês de sempre sobre cidadania e pátria? Tenho certeza que o animal estava com a mesma indagação interior. “O quê estou mesmo fazendo aqui, gente? Não tenho nada a ver com a festa de vocês. Estou cansada e ainda acorrentada, sendo obrigada a aturar toda esta babaquice”!














