A impressão que temos é que o ser humano gosta de ser enganado, principalmente o brasileiro que tem um baixo nível de percepção intelectual e questionamento. Existe um monte de coisas em nosso Brasil onde as autoridades e os poderes constituídos passam o tempo todo nos iludindo, passando imagens como verdadeiras, quando são falsas e mentirosas.

Uma das maiores ilusões que o cidadão ou a cidadã aceita é a tal medida protetiva, criada pelo judiciário para “proteger” a mulher agredida e ameaçada de morte pelo marido ou namorado. O cara usa de violência contra a esposa e aí o delegado ou delegada impõe a ele a tal medida protetiva, isto é, ele não pode se aproximar da vítima.

O mais engraçado e ilusório é que as pessoas da sociedade e a própria mulher acreditam nessa estorinha da carochinha. Ora, se o indivíduo foi “punido” com a tal medida protetiva, gostaria de saber e indagar se algum agente público (soldado ou policial) vai acompanhar o cara 24 horas para evitar que ele cometa o crime?

A resposta é bem clara que não, pois não existe um contingente suficiente nas corporações militares para realizar esse trabalho de seguir o agressor o tempo todo. Então, meu amigo e amiga, essa medida é falsa e só funciona na teoria. Na prática ela sempre tem resultado em morte e assassinato.

Ainda recentemente a mídia anunciou que uma mulher foi morta pelo marido ou namorado que estava sob medida protetiva. O mais grave era que o elemento ainda carregava uma tornozeleira. Ele tirou o equipamento e, tranquilamente, foi lá e deu cabo da mulher. Como este, são dezenas e centenas de casos que acontecem nessa situação. Portanto, é uma medida enganosa. Acredite se quiser.

O mesmo ocorre nessas tais prisões domiciliares, sobretudo para os bandidos chamados de colarinho branco, os corruptos no popular. O juiz expede o alvará de soltura da cadeia para o sistema domiciliar com tornozeleira e estabelece diversas condições, como não sair de casa, não usar celular, não conversar com cúmplices, não receber visitar e outras exigências que não são cumpridas.

Como a tal medida protetiva, perguntaria se alguém do judiciário ou da polícia vai vigiar o sujeito para que ele não cometa delitos? Não me venham com essa que o cabra está sendo observado virtualmente. É mais uma mentira, uma fake news. A gente prefere ser enganado e acreditar.

Outro faz de conta é “vamos investigar e apurar os fatos” quando existe abuso de puder ou de autoridade por parte da polícia, negligência médica, crime de mando, erros judiciais ou acidentes dolosos. A imprensa noticia o fato e, como sempre, o episódio criminoso cai no esquecimento. A sociedade não cobra e outros absurdos ocorrem com a mesma intensidade, com a conversa fiada de que haverá punição “doa em quem doer”. Prevalece sempre a impunidade.

Outro papo furado é a pessoa, para consolar o outro que está em situação difícil e endividado financeiramente, dizer que dinheiro não traz felicidade. Pode até ser que em certas circunstâncias, como no caso de doença grave e terminal de um amigo ou parente, essa frase seja assertiva.

No entanto, no geral, o dinheiro traz sim felicidade para realizar seus desejos e sonhos, mesmo porque vivemos num sistema capitalista onde o danado cobiçado é o deus maior. Quando a pessoa está sem nenhuma grana e num beco sem saída, ela fica desesperada; entra em depressão; fica irritada, mal-humorada e até violenta. Em muitas ocasiões, a falta do money provoca até separação entre casais; desagrega famílias; e resulta em infelicidade.

Nos acostumamos a aceitar determinadas coisas sem questionar se estão corretas ou não, se são enganação ou não, porque somos comodistas e individualistas por natureza. Em algumas questões, por baixa capacidade cognitiva e intelectual e outras porque distanciamos muito do coletivo e escolhemos não darmos ao trabalho do refletir e pensar o que é certo e errado, bem como diferenciar o normal do anormal.