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:: 9/abr/2025 . 22:41

A PECHINCHA E OS GENÉRICOS

Duas coisas que me deixam encabulado são esses negócios de pechincha e remédios genéricos. A origem da palavra pechincha é obscura e incerta, mas avalio que tenha surgido a partir das trocas de mercadorias desde as primeiras civilizações nas feiras livres entre as aldeias.

Por falar em feiras livres (compre três pimentões e leve quatro), acredito que sejam os lugares apropriados, no âmbito econômico, destinados à classe mais pobre, onde se praticam mais a pechincha, além das prestações de serviços. É aquela história: O preço é este, mas tem conversa.

No comércio em geral, um dos setores onde não existe a pechincha e o de supermercado. A empresa faz o seu tabelamento etiquetado e o cliente não tem essa de pechinchar quando passa no caixa, mesmo quando existem as tais promoções enganosas.

Sabemos que a pechincha é uma maneira mais fácil de negociar um produto entre um vendedor e comprador ou consumidor, de forma que ambas as partes saiam ganhando e satisfeitas. Só não entendo que o cara pede um preço determinado, mas vai logo avisando que tem pechincha.

Ora, se tem a pechincha, é claro que o comprador vai querer porque ninguém é besta nos tempos atuais de abrir mão de adquirir aquele bem por um custo mais baixo! Nesse caso, o vendedor anuncia seu preço, mesmo sabendo que, de antemão, vai receber menos.

Não é um paradoxo? Existe gente que não pechincha, mesmo não sendo endinheirada. Conheci uma amiga que foi completamente lesada em Salvador. Uma baiana, em frente ao Elevador Lacerda, lhe pediu 60 reais numa fitinha do Senhor do Bonfim, e ela prontamente deu, sem ao menos questionar. Nem pechinchou.

Nesse negócio da pechincha, uma cultura enraizada entre os brasileiros, principalmente nas feiras, só posso entender que é uma técnica de venda para atrair o comprador. Muitas vezes, o camelô ou ambulante de bugigangas de ruas pede um valor e termina aceitando a compra pela metade ou menos da metade do estabelecido.

A pechincha também é chamada de “dar uma chorada”, mas tem negociante que é duro na queda. No entanto, quando a pessoa está com a “corda no pescoço”, “na forca”, endividada ou arruinada financeiramente, como se fala no popular, ela se sujeita a vender seu objeto, bem móvel ou imóvel a um preço “baratinho”, com imenso prejuízo.

Os astutos, aproveitadores e oportunistas caem dentro, sem dor e compaixão, e deixa o outro numa situação financeira ainda pior do que estava antes. É a lei do mais forte, aí não é mais pechincha, é uma exploração impiedosa de quem tem o capital na mão.

E a questão dos medicamentos genéricos onde os preços chegam a ser mais baixos até numa percentagem de 80 a 90%? Se o farmacêutico garante que o remédio contém a mesma fórmula do chamado original, por que, então, não colocar todos genéricos?

O termo genérico, por já ser pejorativo, gera certa desconfiança da população. Será que tem o mesmo efeito? No mercado, essa coisa de remédio genérico ainda não foi totalmente esclarecida. Por que uns são genéricos e outros não?

Certamente porque alguns laboratórios nacionais não têm a permissão, nem a patente do fabricante estrangeiro para fazer o genérico. Por que em algumas farmácias você consegue o genérico e em outras não? É um esquema que não dá para entender. Você confia totalmente no genérico?

 

 





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