É certo que aqui em nosso blog já fizemos diversos comentários sobre a popularidade e a importância das feiras que todas cidades, seja da capital ou do interior, realizam, sempre em finais de semana (os dias mais atrativos), mas é um tema que nunca fica repetitivo e cansativo, tendo em vista que elas estão incorporadas e entranhadas em nossa cultura. Aqui, em Vitória da Conquista, a mais famosa é a do Bairro Brasil, ou a conhecida “Feirinha” e bem próximo dela, a Feira do Rolo, onde também tem de tudo para comprar, vender e trocar. As feiras nunca vão deixar de existir, justamente porque atendem mais às camadas de menor poder aquisitivo. Longe dos supermercados com seus confortos, os preços nas feiras são mais acessíveis e lá tem ainda a vantagem do freguês poder pechinchar, sem contar as variedades e muitas coisas, como frutas e verduras nem são pesadas. Você pode adquirir por quantidade e ainda faz amizade com o feirante, tornando-se até num amigo, sem falar nos encontros de compadres e comadres para troca de dois dedos de prosa. Quando vou a uma feira, lembro quando menino lá na minha cidade querida de Piritiba onde vendia farinha e mantimentos com meu saudoso pai. Nas feiras ainda existem os cantadores, cordelistas e repentistas para você se deleitar com seus versos rimados na ponta da língua. Feira é um patrimônio nacional em qualquer lugar do mundo, não somente no Brasil, e existe há milênios de anos, desde muito antes de Cristo. É um lugar de gente simples, não de pessoas metidas a bestas, pedantes e sebosas. Nas feiras você encontra de tudo o que pensar e ainda têm o encanto, o cheiro da poesia, o sabor caseiro das comidas nas barracas e aquele jeito humano de se falar e se abraçar.