Poema de autoria do jornalista Jeremias Macário

Nas memórias da viola

Filosofias de altas horas

Galopeia o verso do cordel

Cantorias, causos e estórias

Nas noites etílicas do Sarau

E cada um arruma seu chapéu

Do Espaço Livre Cultural.

 

Meu senhor, minha senhora!

Meu chapéu é poema e louvação!

Por favor, quando for embora

Não leve meu chapéu, não

Se esquecer, ligue sem demora

Que eu lhe conto toda história

De como nasceu esta coleção.

 

Daqui pra lá, de lá pra cá

Das noites do Vinho Vinil

Um conto entrou, outro saiu

Verbo e até o “Baú do Raul”

Dos chapéus e dos livros mil

Se algum deles você levar

De tristeza vão se acabar.

Cante até o raiar do dia

Pra não esquecer, repita agora

Arara, ararinha, ararão

Lembra espécie em extinção

Como rara planta da flora

Por favor, não leve não

Que meu chapéu é inspiração.