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:: 31/ago/2017 . 0:24

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (II)

O autor Werner Keller nos conduz a uma viagem ao túnel do tempo desde 4.000 anos a.C no livro “e a Bíblia tinha razão”, que deve ser lido e relido para melhor compreensão do “Livro dos Livros”. A obra teve sua primeira edição publicada em 1958 e é um apanhado das pesquisas feitas por cientistas, arqueólogos, geólogos e historiadores que procuraram desvendar os mistérios dos escritos cuneiformes da Bíblia e comprovar se Ela, diante de tantos questionamentos, tinha mesmo razão.

Muitos fenômenos e hábitos culturais das antigas civilizações foram acoplados pela Bíblia, muitos tidos como da providência milagrosa divina. Vários cientistas e arqueólogos deram outra conotação de cunho natural. Nas lendas e fatos aparecem personagens parecidas, de tempos bem mais distantes aos citados pelo Livro. De qualquer forma, o autor nos transporta a uma viagem pelos reinos e deuses da Suméria, Babilônia, Macedônia, Síria, Persa e Greco-Romana.

Na introdução do seu livro, o escritor nos relata que a porta para o mundo histórico do Antigo Testamento foi aberta em 1943 pelo francês Paul-Émile Bota. Nas primeiras escavações, na Mesopotâmia, a arqueologia se deparou com imagens de Sargão II, o rei assírio que despovoou Israel e levou seu povo em longas colunas. Dos Assírios, o Antigo Testamento cita o famoso e feroz Senaquerib que sitiou Jerusalém; Asaradon; e Assurbanipal, o rei incentivador da literatura e da cultura.

Lá nos achados está a Babel com sua esplendorosa torre. Foram ainda encontradas as cidades escravocratas de Piton e Ramsés, as cavalariças do rei Salomão com seus 12 mil soldados, as construções do rei Herodes e a plataforma onde Jesus esteve diante do procurador Pôncio Pilatos. Do Antigo Testamento muitas descobertas, e nem tanto sobre o Novo Testamento.

Werner Keller descreve a região do “Fértil Crescente” (rios Tigre e Eufrates) e o advento dos patriarcas, de Abraão a Jacó, desde a Idade da Pedra à Idade do Ouro. São também narradas as lendas (epopeia) de Gilgamés (Guilgamech) que são delícias para se ler, numa linguagem poética e contagiante. Nelas está a passagem do Dilúvio dos sumérios escrita em acádico.  São histórias cheias de emoção sobre os reinos dos reis da Suméria e Acad (1960 a.C),  a dinastia da Babilônia (1830 a 1530 a.C.), a família do patriarca Abraão e o famoso Hamurabi.

“Exterminarei da superfície da terra todos os seres que fiz”. Deus se arrependeu da criação? “E passados os sete dias, caíram sobre a terra as águas do dilúvio”. O autor fala dos sumerianos e dos túmulos reais de Ur. Enquanto o túmulo era fechado, os súditos do rei, lá dentro, oravam pedindo o último repouso para o senhor morto. Tomavam drogas, reuniam-se em volta dele e morriam, voluntariamente.

Na Biblioteca de Nínive, construída pelo rei Assurbanipal, no século VII a.C., foram encontrados 20 mil textos em barro. Dentre as inscrições cuneiformes da tabuinha XI está lá a epopeia de Gilgamés no encontro com o imortal Utnapistin (fiel adorador do deus Ea) quando o rei quis saber sobre o mistério da vida. Ele queria também ser imortal.

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