O NEGÓCIO ENGROSSOU E O BRASIL DECLAROU “GUERRA” AOS IANQUES
De um lado o Eduardo Bolsonaro foi para os Estados Unidos para instigar os republicanos a pressionarem o maluco do Trump a retaliar o Brasil no comércio. Do outro lado, o governo brasileiro e o Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro Alexandre de Morares, se enfezaram e declararam “guerra” aos imperialistas norte-americanos.
No termo mais popular, podemos dizer que deu “xabú”, ou o tiro saiu pela culatra. De início o Trump mandou um recado, como se fosse dono do mundo, que parassem de perseguir “o grande presidente” Jair Bolsonaro, o capitão insubordinado que foi expulso da corporação do exército e tentou dar um golpe de Estado, ou seja, um atentado contra a democracia.
Os Estados Unidos sempre trataram os países americanos, abaixo da sua linha de fronteira, como republiquetas de bananas. Invadiram e impuseram várias ditaduras nas Américas Central e do Sul, só que as coisas mudaram e o império vive num estado permanente de decadência, como ocorreu há mais de mil anos com o Império Romano.
O Brasil sempre baixou a cabeça para os ianques terroristas e derrubaram vários governos, a exemplo de Getúlio Vargas que se suicidou e Jango que foi deposto pelo golpe civil-militar de 1964. Acontece que dessa vez o negócio azedou ou engrossou e não se sabe o final dessa novela.
O Trump que mandou invadir o Capitólio caiu na armadilha dos bolsonaristas extremistas que agiram como verdadeiros traidores da pátria, e não como patriotas como se auto intitulam. Azucrinaram em seu ouvido que seu rompante de ditador iria dar certo.
Os bolsonaros e seus seguidores deram mais uma prova de trapalhões e embarcaram numa barca furada. A ação desastrada do Eduardo, filho, que se licenciou da Câmara dos Deputados para agir contra o Brasil, foi o estopim para o ministro do Supremo mandar colocar tornozeleira no pai. Tivesse ficado quieto, esse caso iria rolar por mais tempo e terminaria em samba.
O irônico em tudo isso é que temos um presidente que já foi preso pela Operação Lava-Jato (o processo foi anulado, mas não o inocentou) e outro prestes a ir para a cadeia. Naquela época, isto há seis ou sete anos, de uma forma diferenciada, o PT de Lula também apelou para a interferência de instituições internacionais e até para governos da social-democracia.
Os bolsonaristas fizeram uma linha burra, como se diz no palavreado futebolístico e levaram um gol legitimado pelo juiz. A esta altura, o Trump já deve ter se arrependido porque ficou na zona do impedimento e nem precisou de “VAR” para analisar a jogada.
Numa outra linguagem, podemos dizer também que dessa vez o zagueirão batedor que entra para quebrar a canela do atacante cometeu uma falta clara na pequena área e o juiz deu pênalti claro.
Sua entrada foi dura, bem longe da técnica usual, quando taxou os produtos brasileiros por um motivo exclusivamente político. Foi, por assim dizer, um ato inédito. Para o outro lado, no caso o Brasil, só restou a reação de dar uma resposta de que não é assim que se joga.