SÃO ESSES OS INDIVÍDUOS QUE SEMPRE DIZEM SER PATRIOTAS?
Não estou aqui de forma alguma a defender o presidente da República, mas a soberania do nosso país que foi atacado e retaliado por um maluco neonazista dos Estados Unidos, instigado por um bando de indivíduos do mesmo quilate que sempre abre a boca suja para dizer que é patriota.
Esse grupo de extremistas fascistas conseguiu iludir parte do nosso povo inculto com aquele velho slogan de pátria, família e tradição. Certa vez, o ex-presidente capitão (evito falar o seu nome) virou para a bandeira dos ianques e declarou que para ela batia continência. A esta altura o nosso empresariado deve estar pensando que a culpa toda é de Lula.
Seu filho, o do capitão, expulso do exército, pediu licença da Câmara dos Deputados para morar nos Estados Unidos, com o propósito de fazer lobbie junto aos republicanos para mandar seu presidente Trump, outro golpista, atacar desaforadamente o Brasil, ameaçando de retaliações com taxações em nossos produtos de exportação.
Não é o presidente Lula o prejudicado, mas o Brasil como um todo. É assim que essa família de desajustados pratica o patriotismo? Seus seguidores imbecis embarcaram nesse barco furado e podre para cometer atentados contra a democracia, indo para as ruas com faixas e cartazes pedindo intervenção militar, ou seja, um governo ditatorial.
O ato de oito de janeiro de 2022 foi uma cena horrorosa, digna de uma corja de trapalhões que caíram do trapézio e se esborracharam no chão porque não contou com o respaldo total das forças armadas.
Se tivesse ocorrido um golpe com as armas das tropas, o capitão Bozó e seus filhos seriam os primeiros a serem presos e uma junta militar iria governar o país com seus coturnos ditatoriais. Esses seguidores não passam de inocentes úteis que não têm a mínima dimensão do seja uma ditadura, um regime de opressão.
Com o depravado do Trump, os Estados Unidos hoje, pela primeira vez em sua história, estão vivendo uma disfarçada ditadura. Este país não é mais aquele do Thomas Jefferson e do Abraham Lincoln, libertador dos escravos e defensor da democracia, mesmo se tratando de uma população originalmente evangélica conservadora.
O que mais lamento em tudo isso é que uma grande parte da nossa população alienada burguesa é fascinada por esta nação de cultura superficial, com gosto de papel e sanduiche, que nem sabe geografia mundial, nem onde fica o Brasil, a Argentina ou o Chile.
Não consigo entender como os nossos jovens e turistas endinheirados se humilham de joelhos nas embaixadas e consulados norte-americanos para obterem um passaporte de entrada. Antes de conseguir essa permissão, são sabatinados com todo tipo de pergunta e ainda devassam suas vidas.
Agora mesmo o Trump impôs que antes de liberar um passaporte para brasileiro (outras nações também estão inclusas no rol) a embaixada ou consulado faça uma severa investigação nas redes sociais sobre a vida do pretendente. Quem já visitou Cuba não pode ser “agraciado” com a entrada. Lá, o brasileiro é visto como um marginal, um bandido, suspeito como terrorista ou um índio saído da floresta.
Mesmo assim, essas pessoas se submetem a tamanha humilhação para visitar Nova Iorque, a Disney ou outra capital de gente imperialista que se acha uma raça superior. Na concepção dos norte-americanos, eles são os únicos enviados de Deus e o resto faz parte do eixo do mal.
Harvard, a universidade criadora de robôs humanos, famosa pela sua maestria em lavagem cerebral, é a mais cobiçada pelos nossos jovens estudantes. Depois de anos, o cara sai de lá arrotando, com toda sua arrogância e mente monetarista desumana, que é detentor de um diploma da Harvard.
Em pleno século XXI ainda não conseguimos superar o complexo de vira lata, como o cronista Nelson Rodrigues classificava o brasileiro. Uma prova disso é que até hoje um norte-americano quando chega ao Brasil é visto e tratado como um deus. A primeira coisa que ele faz é mijar no aeroporto.
Precisamos ter amor próprio, não importando se a pessoa é de direita ou de esquerda. Trata-se de uma questão de consciência política e de defender a nossa soberania. Isto sim, é ser patriota de verdade, não essa gente que faz o contrário e age por vingança e ódio pessoal.