VIDA NO CAMPO
Sábado passado (dia 21/12) estive no sítio do meu amigo, poeta, compositor e músico Dorinho Chaves e sua companheira Conceição (Conça), acompanhado da minha esposa Vandilza Gonçalves, e utilizei as lentes fotográficas da minha máquina para registrar momentos descontraídos da vida no campo em contato direto com a natureza. O final da tarde e o início da noite me proporcionaram belas recordações quando menino na roça com meus pais, observando as plantações, o curral dos animais (bovinos e caprinos), o gado chegando do pasto, as imponentes árvores, o cair do pôr do sol e o próprio Dorinho dando alimento para os bodes e galinhas, antes de bater uma viola com uma cantoria sertaneja de histórias e costumes da terra, não as que temos hoje que só falam de sofrência e de amores melosos e insossos, sem o sabor das saudades de outrora.
Tudo foi muito agradável, e as recordações sobre a vida no campo me tocaram mais ainda quando o dia se despediu e a noite nos recebeu de braços abertos através do seu luar, clima propício para se degustar um vinho. Para quem me conhece, nem preciso dizer que adoro a roça e que meu desejo é retornar às minhas raízes depois de mais de 60 anos na corrida labuta urbana. Posso garantir que o viver no campo é o melhor terapeuta que cura as dores da alma em pouco tempo, sem precisar sentar ou deitar num divã de um psicanalista. A própria natureza lhe oferece isso e muito mais, sem nada cobrar de volta. Ela é generosa. A vida no campo reúne o passado, o presente e o futuro num pacote só de amor onde o espírito pode se sentir verdadeiramente em paz.

















