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UMA CONQUISTA CASSADA – CERCO E FUZIL NA CIDADE DO FRIO

UMA CONQUISTA CASSADA – Cerco e Fuzil na Cidade do Frio – fala da ditadura civil-militar (1964-1985) em Vitória da Conquista dentro do contexto nacional do que foi o regime na Bahia e no Brasil com todas suas cenas de prisões, torturas, horrores, mortes e desaparecidos políticos, vítimas da brutalidade de uma época que não pode mais acontecer em nosso país, como relata o livro: “Brasil Nunca Mais”. A obra de 460 páginas, com fotos e ilustrações, lançada há dois anos pela editora da Assembleia Legislativa da Bahia, foi pesquisada e escrita pelo jornalista Jeremias Macário (Terra Rasgada, A Imprensa e o Coronelismo no Sertão do Sudoeste e Andanças em processo de impressão) pode ser agora adquirida via Correios mediante pagamento bancário. É encontrada também nas livrarias Nobel e principais bancas de revistas da cidade de Vitória da Conquista- Bahia (Central e Conquista). O trabalho é de fundamental importância histórica para jovens estudantes, professores, interessados e estudiosos do assunto, para que tomem consciência dos fatos que ocorreram no período tenebroso onde a liberdade foi substituída pela repressão militar. Trata-se de um trabalho de pesquisa que demandou mais de cinco anos através de leituras, entrevistas diversas, bibliotecas e arquivos públicos que testemunharam os acontecimentos. Conheça de perto como se deu a ditadura em Vitória da Conquista com relatos inéditos que nenhum outro livro já contou. Na verdade, “Uma Conquista Cassada” são seis livros em um que também faz tributo à década de 60 quando o novo tomou o lugar do velho com novas ideias que revolucionaram o mundo.

Autor Jeremias Macário de Oliveira. O pedido ainda pode ser feito mediante telefone 77-98818-2902 ou pelo e-mail macariojeremias@yahoo.com.br). Custo do livro R$55,00.

 

 

170 ANOS DO POETA CASTRO ALVES

Há 170 nascia em Curralinho o maior poeta romântico do Brasil, Antônio de Castro Alves. Autor dos mais brilhantes versos em favor da abolição da escravatura, o seu “Navio Negreiro” é um dos mais trágicos e belos retratos do drama vivido por aqueles que, capturados criminosamente em seus lares, eram mergulhados na mais abjeta condição que o ser humano já produziu: a escravidão. E Castro Alves tinha fortes ligações com Caetité…

O Poeta dos Escravos e de Caetité (1)

Caetité era a terra em que viveu e morreu o avô do poeta, o major José Antônio da Silva Castro, herói da luta pela Independência da Bahia e apelidado na guerra de “Periquitão”; sua tia Pórcia viveu aqui o drama amoroso de seu rapto, tão importante na história que foi retratado em diversos livros – desde o “ABC de Castro Alves” de Jorge Amado, ao romance “Sinhazinha”, do imortal da Academia Brasileira de Letras Afrânio Peixoto.

Castro Alves fora colega do caetiteense Aristides de Souza Spínola que, com ele, fundou nos tempos de faculdade de direito uma sociedade abolicionista. Mas foi grande amigo de dois outros caetiteenses: Otaviano Xavier Cotrim e o também poeta Plínio de Lima.

Finalmente, estando o poeta tuberculoso – a terrível doença que, sem cura, vitimava os jovens românticos de seu tempo – estava tudo certo para que ele viesse morar em nossa cidade, pois aqui encontraria o clima salutar para enfrentar a tísica. Seria o desfecho dessa relação que se fazia indireta, não tivesse Castro Alves sofrido um acidente de caça e falecido em decorrência do ferimento no pé.

O poeta deixou sua marca na história caetiteense, contudo. E no dia de seus 170 anos, rendemos esta justa homenagem.

*Texto de André Kohene

 

O PONTO DA QUESTÃO

MAIS FISCAIS

Certas intervenções no trânsito de Vitória da Conquista não justificam e só fazem irritar os usuários. Uma dessas medidas é a mais recente que proíbe a parada de ônibus na localidade chamada de “Gancho”, próxima ao Hospital Samur, em direção à Avenida Juracy Magalhães. Não é verdade como diz o preposto da Prefeitura Municipal, major Ramon, de que o ponto, que já funciona ali há anos, atrapalha o fluxo de veículos, já que existe um recuo para evitar congestionamentos.

O pior, por falta de fiscais no trânsito da cidade em geral, é o estacionamento irregular de motoristas mal educados em toda a extensão da pista da Avenida Juracy Magalhães. Como acontece em outros locais, inclusive no centro, imbecis param os carros em locais proibidos e ligam o sinal de alerta como se eles estivessem acima das leis do Código de Trânsito. Precisamos sim, de mais fiscais para multar os idiotas que furam o sinal vermelho e entram na contramão em ruas e avenidas fora do centro.

ARQUIVOS MORTOS

Vitória da Conquista, a terra do cineasta Glauber Rocha, possui um farto material de crimes engavetados e esquecidos que daria para fazer um seriado de televisão com o título de Arquivos Mortos. São tantas ocorrências monstruosas que as filmagens, com base em fatos reais, poderiam rodar um ano inteiro, e como sucesso garantido.

A morte do menino Maicon, o assassinato do dono de uma lotérica no centro, o estupro de uma jovem, seguido de morte, por um rapaz da sociedade, e a chacina de mais de 10 pessoas num bairro da periferia são casos bárbaros mais recentes que a mídia não teve a capacidade de seguir em frente na cobertura jornalística que não passou de registros.

A polícia e o Ministério Público simplesmente aproveitaram a falta de cobrança da imprensa  e da sociedade, para darem tudo por esquecido. Dos crimes mais antigos, isto é, há mais de 20 anos, podem ser citados os assassinatos do prefeito de Manoel Vitorino e do dono de um jornal local, sem contar a morte de um marinheiro numa delegacia. O Arquivo Morto de Conquista é bem maior que isso. Aqui parece ser a terra da impunidade onde xerifes até chefiaram quadrilhas organizadas.

O BOLO DOS POBRES

Como é tudo irônico e deprimente! Na época da ditadura militar, o ministro da Fazenda, o bonachão Delfim Neto, um dos signatários do AI-5, defendia o estilo desenvolvimentista com segurança nacional, dizendo que o governo pretendia crescer o bolo da economia para depois dividi-lo na forma de distribuição de renda. Aconteceu a partir dali, mesmo com o crescimento do PIB (Produto Interno Brasileiro), a maior concentração de renda com profundas desigualdades sociais.

Agora o bolo encolheu e sobrou para os pobres que vão ter que recheá-lo para que os ricos tenham mais. A elite nunca aceita perder sua fatia que só faz crescer, mesmo com um PIB negativo de 3,6%, como foi o do ano passado. Como a população aumentou, o PIB per capita, ou seja, a geração de riqueza por pessoa, caiu 11% de 2014 a 2016. Como o bolo está menor, o brasileiro ficou mais pobre.

Do final do ano 2014 ao final de 2016 quase 13 milhões de trabalhadores perderam o emprego. O valor do total de salários em circulação sofreu uma baixa de R$ 8 bilhões, reduzindo o poder de compra. O consumo das famílias teve uma queda de mais de 4% no ano passado, após recuar 3,9% em 2015.

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O PROFANO, O RELIGIOSO E O POLÍTICO

Passado o carnaval, o quê será dos “pipocas” que tiveram uma vez em Salvador, que não é a maior festa de rua do planeta? Os donos do espetáculo encheram seus bolsos e a miudagem dos trabalhadores e ambulantes ficaram com as migalhas. Aqui na Bahia, principalmente, o ano novo só começa se arrastando no dia 6 de março com feriadões e tudo.

Os governantes, por sua vez, batem o pé firme de que a muvuca rendeu bilhões para a economia e gerou milhares de empregos, mas não revelam o rombo dos bilhões que o comércio e a indústria deixaram de faturar pelo tempo em que suas atividades e produções ficaram paradas no país do caos político, moral e ético, onde a produtividade é a pior do mundo.

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A mídia fez sua tietagem e rasgos de elogios, bem distante dos questionamentos e críticas. O Congresso Nacional, que gasta mais de 10 bilhões de reais por ano do nosso dinheiro, ficou quase duas semanas sem trabalhar. Pelo menos os caras-de-pau não apareceram para nos tripudiar com seus projetos conservadores e fascistas de blindagem dos seus comparsas. Nisso, foi um alívio e um refresco à raiva. O Judiciário, intocável em seus privilégios, deixou de atender milhões e os processos se avolumaram mais ainda. Lá fora, as masmorras medievais torturam, matam e esquartejam, impiedosamente.

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Depois de colocarem seus fantasmas e monstros pra fora durante os festejos momescos das orgias e surubas, as ilusões se vão e os bichos voltam novamente com mais disposição e força para perturbar e atanazar as consciências existenciais. Pelo menos a embriaguez desencarnou por um tempo essa coisa chata de sentido da vida. Os pobres ficaram mais pobres e os endividados mais ressacados. A felicidade passageira deu um adeus, mas no próximo ano ela volta. Tudo é bom enquanto dura.

O profano se misturou ao religioso e ao político inconsciente e modal como na fábula da raposa e da cegonha de La Fontaine, não importando que o contraditório e o paradoxal se cruzassem nas manifestações dos blocos, trios, afoxés, frevos, pipocas, escolas de samba e camarotes. De um lado as mulheres com seus bumbuns de fora e seus rebolados sensuais. Do outro o apelo ao empoderamento, que não se sabe de quem.

A patrulha do politicamente correto esteve sempre mais de olho nos protagonistas e brincantes do que a própria polícia. Muitos seguiram a cartilha só para ficarem bem na fita. Outros meteram o pé na jaca mesmo, como o Igor Kannário, o príncipe do gueto, que colocou um julgado por estupro em sua banda vocal e defendeu o empoderamento da mulher. Não se conteve e chamou companheiros vereadores de turma da quadrilha que só quer se dar bem. O pior é que muita coisa é verdade. Na fuzarca teve também músicas que depreciaram as mulheres e mesmo assim foram aplaudidas por elas no embalo do tira o pé do chão.

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TODOS AO LOMANTÃO, DOMINGO

Carlos Albán González

Faltam poucas horas para o Vitória da Conquista entrar em campo para disputar contra o Bahia um dos seus jogos mais importantes desta temporada. Na quarta colocação da fase de classificação do Campeonato Baiano, o alviverde não pode desperdiçar a oportunidade de subir na tabela, garantindo, praticamente, uma vaga nas semifinais do torneio.

Seu time, agora sob o comando técnico de Guilhermino Lima, deve contar com o reforço do atacante Tatu, que deixou a “toca” em Salgueiro, Pernambuco, prometendo, nessa sua volta, ajudar o time que lhe deu projeção. Além da vitória, o Conquista precisa reforçar sua conta bancária. Essa questão é da responsabilidade dos desportistas locais (alô organizada Criptonita), adquirindo seu ingresso com antecedência e comparecendo domingo (o jogo começa às 16 horas) ao Estádio Lomanto Júnior.

Os ingressos já estão à venda nos seguintes estabelecimentos comerciais: Falcão Calçados (Av. Lauro de Freitas), Farmácia Ultraeconômica (Av. Olívia Flores), Tommacon Mat Construções (Morada dos Pássaros) e Supernatural Sport Nutricion (Av. Siqueira Campos). Preço promocional de R$ 30,00 até sexta-feira; sábado e domingo, R$ 40,00.

O Coritiba, que aqui esteve e eliminou, numa noite chuvosa e campo enlameado, o Vitória da Conquista da Copa Brasil, foi desclassificado pelo modesto ASA, da cidade alagoana de Arapiraca, por 2 a 0, em pleno Estádio Couto Pereira, em Curitiba. O resultado mostra que o representante baiano, que só recebeu de cota R$ 10 mil, perdeu a grande oportunidade de prosseguir no torneio, e, consequentemente, sair do sufoco financeiro em que se acha.

Condições de trabalho 

Encaminhei correspondência à sra. Cristina Rocha, secretária de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Vitória da Conquista, solicitando melhores condições de trabalho para a imprensa escrita  no Estádio Lomanto Júnior. Relatei as dificuldades encontradas pelos repórteres e correspondentes de jornais de outros estados, principalmente do Paraná, que aqui estiveram para cobertura de Vitória da Conquista x Coritiba, pela Copa do Brasil.

As poucas cabines são destinadas a rádios e TVs locais; a arquibancada coberta no centro do estádio, que pertence ao município, é  ocupada – é de causar estupefação – por sócios do Conquista. Presenciei colegas, jornalistas, trabalhando, debaixo de chuva, no meio da torcida, nas arquibancadas descobertas.

Respondeu-me a  sra. Daniella Oliveira, assessora municipal, confirmando o recebimento de minha reivindicação e prometendo encaminhá-la à secretária Teresa Cristina Rocha.

Placar porta-voz  :: LEIA MAIS »

CARNAVAL, CINZAS E PROTESTOS

Carlos Albán González

A imprensa de Salvador vestiu a fantasia e entrou alegremente no Carnaval da cidade, promovendo as mesmas figuras carimbadas, repetindo o que escreveram ou exibiram pelas  TVs nos anos anteriores. Como sempre, a mídia deu preferência ao circuito Dodô (Ondina-Barra), onde bandas que desfilam e camarotes luxuosos recebem um público selecionado, que se sente incomodado, algumas vezes, por teimosos “pipocas”. Os organizadores dos festejos ainda não entenderam que Salvador perdeu o título de “melhor Carnaval de rua do país”. Cariocas e paulistanos encontraram a fórmula de promover uma festa mais participativa, reduzindo os custos e levando milhões de foliões a cantar as marchinhas e sambas antigos, atraindo os turistas que, no passado, iam à capital baiana.

O escândalo do “Petrolão” obrigou a Petrobras a suspender o repasse de verbas para os blocos; governo e prefeitura também reduziram a ajuda que davam às entidades carnavalescas. A crise econômica porque passa o país reflete, salvo para poucos carnavalescos (artistas e empresários) privilegiados, na festa de Salvador, mantida financeiramente, praticamente, com o dinheiro das cervejarias.

A crise tirou dos circuitos os blocos “Nana Banana”, “Araketu” e “Cheiro de Amor”; foliões com maior poder aquisitivo, que pagam caro por um abadá (as vendas tiveram uma queda acentuada), a fim de poder brincar com segurança, protegidos por “cordeiros” mal remunerados, surpresos e constrangidos, viram este ano seu espaço, sem cordas, ser ocupado, pelo plebeu da periferia da cidade.

O soteropolitano mais atento observou que o governador e o prefeito de Salvador não entoaram a mesma canção. A “guerra fria” que eles vêm travando há meses adquiriu novas estratégicas “bélicas” nos dias da folia. Não foi uma batalha de confetes, serpentinas e lança-perfume, que, no passado, coloriam as festas de salão dos clubes Fantoches da Euterpe, Cruz Vermelha, Inocentes em Progresso e Espanhol. Rui Costa preferiu o camarote do Campo Grande, enquanto ACM Neto passeou pelos camarotes da Avenida Oceânica.

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