:: maio/2016
OS MOSQUETEIROS TRAPALHÕES
A tocha desfila como heroína pelo país a fora, torrando nosso suado dinheiro e arrastando multidões de inocentes úteis, enquanto delações premiadas, grampos telefônicos e conversas gravadas entre traídos e traidores mostram a verdadeira cara da política brasileira. Dizem que a história tem coisas do “arco da velha”. Ela é cruel quando revela a verdade.
Os velhos caciques são raposas da política. É o que falam por aí, mas não é o que se tem visto nos últimos dias. Estão mais para raposas do povo. Como o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá, os três mosqueteiros trapalhões, caíram no tacho fervente do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado com perguntas direcionadas, induzidas e falas desconexas sobre a atual situação de atoleiro do Brasil e seus personagens?
Não dá para entender como estas ditas “raposas” experientes caíram logo no colo do Sérgio Machado que no ano passado teve de deixar a Transpetro sob fortes denúncias de ter recebido propinas! De lá para cá, esteve sumido da cena das investigações do Ministério Público e da Operação Lava Jato, preparando o bote! Por que o homem não foi preso?
Cadê seus afiados desconfiametros políticos de expertos? A Procuradoria Geral da República e a força tarefa da Lava Jato montaram uma armadilha e eles pousaram como moscas em visgo de jaca. Não são tão raposas assim como parecem ser! Bastou encher o ego deles para sugerirem um conluio de ministros!
Depois de ter caído no ostracismo sem cargo e peso político, o amigo coligado terminou virando traidor e um tsunami que já derrubou dois ministros. O Sérgio Machado diz, o Rodrigo Janot (o procurador Geral) é um grande mau caráter. Você (Renan) deveria ter impedido sua nomeação.
“LÁGRIMAS AZUIS – MEMÓRIAS”
Em rodas de amigos, bate-papos, saraus e encontros diversos quando as pessoas me perguntam aonde nasci sempre respondo que em Mairi (antiga Monte Alegre) e em Piritiba, mas também em Amargosa, Salvador e Vitória da Conquista, na Bahia.
– Mas, como assim, cara?
Aí tento explicar que Mairi é a terra-mãe biológica onde uma parteira da roça me pegou numa fazendinha que nem sei mais seu nome. Foi o lugar onde a maior parte dos meus familiares e parentes, os Macários, os Almeidas e os Lisboas construíram e solidificaram suas bases.
Em Piritiba, que no final dos anos 40 e início dos 50 ainda pertencia ao município de Mundo Novo (olha a confusão!), foi aonde meus pais, vindos de mudança de Mairi, me registraram. Sempre lavradores, venderam uma terrinha para comprar outra. Piritiba, onde me criei e fiz o primário, me adotou como filho.
Amargosa, no Seminário Nossa Senhora do Bom Conselho, me deu a formação ginasial e parte do clássico durante seis anos, de 1962 a 1968. Em Salvador foram mais de 20 anos entre a universidade (Faculdade de Comunicação/Jornalismo) e a base profissional. Vitória da Conquista me deu o título de cidadão e mais raízes para o crescimento no jornalismo. Aqui tomei gosto e inventei seguir carreira solo de escritor.
Bem, confesso que nem eu mesmo entendi esse “nariz de cera” para falar da nova edição do livro “Lágrimas Azuis – Memórias”, da professora licenciada em Letras pela Uneb (Jacobina), Iraci Pacheco Pedreira. Acho que foi para também dizer do orgulho de ter nascido nesta terra de Mairi, embora, por circunstâncias familiares da época, ter partido ainda criança para outras plagas, sem levar no embornal seu valioso registro de nascimento. Tenho essa frustração.
Sem mais delongas, li a nova edição de “Lágrimas Azuis” e digo que a obra literária de Iraci Pacheco não se reporta apenas às memórias familiares, mas também é história de Mairi e região; é documentário; é autobiografia e reportagem sociológica quando fala da seca do sertão, dos hábitos, dos costumes e da cultura popular do interior.
Para confirmar e provar a minha análise sobre o trabalho de Iraci, destaco alguns trechos da carta do sr. Colbert Torres da Silva onde comenta que a autora fez bem narrar sobre as feiras semanais, que além de um mercado a céu aberto, elas eram também ponto de encontro de toda sociedade do município. Só retifico, sr. Colbert, que as feiras ainda são ponto de encontro, mesmo com a internet e as redes sociais.
Como disse Colbert, a escritora fala no seu livro sobre casamentos, tropeiros, ciganos e boiadeiros, “figuras que tiveram papel saliente em todo interior do Brasil e também aí em nossa Bahia”. A entrada de Lampião no município, em 1933, citada por Iraci, quando muita gente fugiu para o mato, também é história que ouvi dos meus pais e os mais antigos.
Versos e pensamentos de grandes escritores, poetas e compositores, como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Patativa do Assaré, Dom e Ravel, Tim Maia, Alceu Valença, Zé Ramalho, Jorge Amado, Hélio Pólvora (jornalista e escritor), Renato Teixeira, Gilberto Gil e tantos outros são mencionados nos capítulos do seu livro, a exemplo de “Raízes” que fala das lembranças dos ancestrais, caso do seu bisavô Calixto Pereira Pacheco, homem rico e todo poderoso, dono do povoado de Várzea da Roça, que guardava dinheiro num saco, no forro do seu grande casarão.
HOJE TEM PALHAÇADA, TEM SIM SENHOR!
Todos os dias eles invadem nossas casas e nos dão um chute em nosso estômago. Roubam nossas comidas. Cospem e esbofeteiam nossas caras. Tratam-nos como gado em boiada e tudo fica por isso mesmo, como se nada tivesse acontecido. Servimos de saco de pancada e cada um aproveita da dar sua porrada.
Sai um ruim e entra outro pior. Enquanto a tocha olímpica faz festa gastando nosso parco dinheirinho, metem a tesoura na já combalida educação e na saúde. A chama é burguesa e cheia de luxo. O povo é o lixo que segue atrás do fogo, dançando, pulando e batendo palmas. Desfila de avião, tirolesa, rapel e em locais de elite nos centros das cidades e nada de periferia em contato com a pobreza.
No Planalto tem mais trapalhadas no ministério que mais parece um ser mitológico de zumbis saído das cavernas de Sarney, FHC, Lula e Dilma. Nas medidas de arrocho, nada de redução no pagamento dos juros exorbitantes da dívida pública. Tudo pelos banqueiros do sistema financeiro que suga a nação. Todo dia tem mais palhaçada, sim senhor!
Sabe daquele cara que tenta explicar o inexplicável e termina se enrolando todo em mentiras? É o caso do Romero Jucá, ministro do Planejamento por pouco mais de uma semana, fazendo um esforço danado para traduzir suas falas com o Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, no sentido de obstruir a Operação Lava Jato e fazer um acordão do “centrão” até com o Supremo Tribunal Federal.
A isto ele chama de pacto nacional do bem para estancar a sangria. Tudo está bem claro no áudio, mas ele tenta dar sua interpretação como se todos nós fossemos burros idiotas. O que mais aparecem nas conversas desses donos do circo são palavrões por todo lado. O Brasil, a política, o judiciário e todas as instituições são tratados como porras.
O Jucá, mais um palhaço aloprado, é uma sombra que sempre procurou estar em todos os lugares para se disfarçar das investigações da Justiça. Ao assumir o governo interino, o Michel Temer, ou “Treme-Treme”, teve que engolir este e outros purgantes do conservadorismo, fazendo um retrocesso no tempo. O Eduardo Cunha e outros companheiros da extrema-direita da tropa de choque passaram a ser referência na coalisão.
TEMER, O OBSCURO
Blog Refletor TAL-Televisión América Latina http://refletor.tal.tv/ponto-de-vista/orlando-senna-temer-o-obscuro
Itamar indica artigo de Orlando Senna:
Todo mundo sabe, embora às vezes de maneira imprecisa, o que é obscurantismo. É impedir que verdades ou fatos venham à luz, é oposição ao progresso intelectual ou material, é restringir ou negar o acesso do povo ao conhecimento. A vítima é a sociedade. O caminho do obscurantismo para impedir que a sociedade tenha acesso a conhecimentos são os diversos tipos de repressão política, militar, religiosa, sexual, comportamental. Enfim, todas as certezas absolutas e todos os preconceitos.
De uma maneira mais rápida e incisiva, outro caminho sempre foi utilizado ao longo dos séculos: anular filósofos, artistas e cientistas. Anular através da prisão, da tortura, do exílio e da morte. Como os martírios de Galileu, Dante, Lutero, Voltaire, Nostradamus, García Lorca, Jesus. E também, no nosso tempo, Salman Rushdie, Glauber Rocha, Victor Jara, Vladimir Herzog. E milhares de outros pensadores/comunicadores. “Viva la muerte, abajo la inteligencia” era um dos slogans da ditadura franquista na Espanha.
A Idade Média foi considerada, tanto pela Renascença que a sucedeu no século XV como pelos iluministas do século XVIII, como a Era Obscurantista, a Idade das Trevas. Um período histórico de contínua deterioração material (economia destroçada pelo fim do Império Romano) e, profundamente, degeneração cultural e ética. Basta citar a Santa Inquisição, o trabalho escravo ou “servil” (sem remuneração) do feudalismo, as Cruzadas. O que nos interessa nessa História é que traços, vestígios e excrementos da Idade Média permanecem na nossa Idade Contemporânea, tanto em níveis de poder como em níveis de atitudes pessoais.
O ANO ACABOU PARA O CONQUISTA?
Albán González – jornalista
Diariamente observo o fechamento de pontos comerciais em Vitória da Conquista, no mesmo ritmo que surgem as placas de “aluga-se” ou “vende-se”,por força de uma crise econômica que vem sufocando o país. O futebol, por ser um fator de entretenimento, deixou de fazer parte do orçamento doméstico de muitas famílias, como se pode constatar pelos estádios vazios, ou pela iniciativa de alguns clubes do Rio de Janeiro que buscam praças esportivas no Norte e Nordeste e no Distrito Federal, onde ainda existem fanáticos torcedores dos times cariocas.
Há um outro aspecto a ser considerado no cenário futebolístico. Ainda não chegamos na metade do ano e centenas de clubes chamados de profissionais já encerraram suas atividades, porque não estão relacionados entre os 80 privilegiados (alguns, nem tanto) que vão disputar até dezembro as quatro séries do Campeonato Brasileiro, promovido pela CBF. Nesse contexto é que o Esporte Clube Primeiros Passos de Vitória da Conquista se enquadra.
Ameaçado de cair para a segunda divisão do Campeonato Baiano, eliminado prematuramente da Copa do Nordeste e deixando fugir em casa a oportunidade de continuar participando da Copa do Brasil, o Conquista está dispensando ou emprestando (Todinho e Marion foram cedidos até o final do ano, respectivamente, ao Taboão da Serra, de São Paulo, e Salgueiro, de Pernambuco) os seus atletas.
A TOCHA DOS ATOCHADOS
Mesmo atochados em dívidas, com escândalos de corrupção em todas as esferas do governo, inflação acima de 10%, crise moral e ética, juros altos e mais de 11 milhões de desempregados, o povo segue em festa atrás da tocha olímpica como se vivesse no país das maravilhas. Basta o circo e tudo mais se esquece, até de que ainda está recente o processo de impeachment em meio a tantas intrigas e disputas gananciosas pelo poder.
Por onde passa a chama nos municípios brasileiros com suas economias falidas, sem escolas e saúde decentes para a população, gasta-se mais dinheiro, com o discurso alienante de que o evento é uma honra e de suma importância. As pessoas que a conduzem nos seus cinco minutos de fama (logo são esquecidas) se sentem divinas e iluminadas pelo espírito da luz. No mais tudo é festa e carnaval!
Não há como negar a importância das olimpíadas para a humanidade no sentido da união dos povos e expressão máxima dos esportes. Acontece que o Brasil, por razões políticas e sociais com tantas desigualdades e injustiças, não poderia sediar um evento internacional dessa magnitude que requer grandes volumes de recursos, justamente extraídos de uma casa pobre e desarrumada, sem contar as corrupções que nela existem.
Boa parte dessa caravana de festas é bancada pelo próprio contribuinte através das prefeituras cujos executivos do poder público não se cansam de dizer que não têm mais verbas para manter hospitais, escolas e outros programas sociais. A tocha dos atochados é um atestado de insensatez por onde marcham os inocentes úteis, sem questionar quanto custa seu desfile, recheado de pompas e elogios.
Longe de tanta pobreza e das filas humilhantes de crianças, mulheres grávidas e idosos ávidos por uma vacinação contra a mortal gripe H1N1, a tocha corta as principais avenidas e ruas das cidades arrastando multidões, a maioria de endividados e injustiçados ao longo de suas vidas.
Para receber a “divina” tocha, cada município, em média, gasta entre 50 a 100 mil reais na mobilização das suas ações estruturais, mas isso não é dito por que não existe transparência nas contas públicas. É só indagar quanto a Prefeitura de Vitória da Conquista, Itapetinga, Itambé, Teixeira de Freitas e tantos outros municípios pela Bahia e pelo país gastaram para receber a chama olímpica.
Pode-se até dizer que tudo isso é um monte de demagogia barata, mas, demagogia maior foi do governo que fez questão que o Brasil sediasse uma olimpíada e uma Copa Mundial de Futebol entre tantos problemas prioritários para serem resolvidos.
No entanto, mesmo atochados sem pão, o povo se contenta com o circo e ainda se diz orgulhado com o evento. Haja vaidades! Todos querem pelo menos um minuto de fama para carregar e tocar a tocha dos atochados. Todos querem sair na imagem!
O PODER DA ESQUERDA É CULTURAL E MIDIÁTICO: CRIA AS PAUTAS DO PAÍS
O PT E A ESQUERDA CAVIAR LIQUIDARAM COM O CONCEITO DESFRUTADO PELA VERDADEIRA ESQUERDA DEMOCRÁTICA, QUE, NO SÉCULO XX, NO BRASIL, ERA BEM REPRESENTADA PELO PSB DE ENTÃO, COM FIGURAS COMO JOÃO MANGABEIRA, BARBOSA LIMA SOBRINHO, AURÉLIO VIANA, EVANDRO LINS E SILVA, EVARISTO DE MORAES FILHO, JAMIL HADDAD, RUBEM BRAGA E OUTROS.
LAGO NETO, em 16/05/2016
14 de maio de 2016 By Rodrigo Constantino
O poder de atores como Wagner Moura é excessivo
Michel Temer já estaria avaliando voltar atrás na questão do Ministério da Cultura, e também estaria pensando num jeito de “reparar o erro” de não ter mulheres e negros em seu ministério mais enxuto. Tudo isso é muito lamentável por si só, mas há um fator ainda mais espantoso, que suga as esperanças dos brasileiros decentes: mostra o poder de influência da esquerda na cultura e na imprensa, o que se traduz em capacidade de escolher ou influenciar as pautas do país.
O Brasil quebrou. Está falido. Temos 11 milhões de desempregados, uma inflação perto de 10% ao ano ainda, e uma queda da atividade que pode chegar a 8% em dois anos somados. As contas públicas estão destruídas, a dívida da União Federal e dos estados parece impagável. A violência campeia e ceifa a vida de 60 mil todo ano, assim como os acidentes matam outros 50 mil. Os valores morais foram destroçados, a educação é de péssimo nível e a saúde pública, um caos.
A BARRAGEM E OUTROS PROJETOS
Este racionamento oficial de água vai ser pior que o anterior de 2012, 2013/14 e outros ainda virão até a construção definitiva da barragem do rio Catolé, prometida há mais de 10 anos, só para ficarmos nos tempos mais recentes. Os moradores de Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia com duas universidades públicas e mais de 10 faculdades de ensino presencial e à distância, não merecem tanta humilhação. Não bastam o horror e a tortura contra idosos, crianças e grávidas nas filas de vacinação da gripe H1N1?
Não existe uma mobilização permanente por parte das entidades (associações, sindicatos e outros grupos) e dos próprios políticos da terra (Câmara de Vereadores e deputados) no que diz respeito à cobrança firme de providências dos governantes porque há anos vivemos nesta situação de miséria, penúria e sofrimento com as torneiras secas e todo mês recebendo as enormes contas da Embasa. Algum empresário, principalmente do setor industrial, se habilita investir numa cidade sem água, sem contar a falta de um aeroporto e projetos de mobilidade urbana para destravar o trânsito?
Para começar, precisamos ter uma Câmara de Vereadores à altura do porte do município que nos últimos 15 anos foi um dos que mais se desenvolveu (educação, comércio e serviços) no Norte e Nordeste, mas que agora tem seu índice de desenvolvimento atravancado por falta de grandes projetos de infraestrutura. Além da barragem que não sai do papel, o novo aeroporto está virando pouso de urubu e pista de corrida dos “senhorzinhos”.
É uma vergonha o que está acontecendo com Conquista, mais parecendo uma cidade sem lideranças onde cada um só pensa em si e não coletivamente. Cadê a CDL, a Associação Comercial e Industrial, OAB, os políticos, os sindicatos, as universidades (sempre desligadas e ausentes da comunidade), as associações de bairros, os intelectuais, artistas e outros segmentos ditos representativos da sociedade?
Vejam o caso do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima que há três anos está fechado para fazer uma simples reforma! Enquanto as entidades falam baixinho, uma com medo de ofender os brios da outra, os artistas, estudantes e os intelectuais já deveriam ter ocupado aquela unidade para pressionar o Governo do Estado a concluir a obra. Cadê a politização e o alto nível cultural de Conquista de que tanto falam por aí?
VIOLAÇÕES DE DIREITOS NA MÍDIA
Alguém já disse certa vez que a mídia brasileira não se acha como quarto poder, mas como se fosse o próprio todo poderoso Deus. De tanta arrogância e prepotência, ela passa o tempo todo olhando pra seu próprio umbigo e cobrando liberdade de expressão, mas deixa de respeitar as liberdades individuais dos cidadãos, sem falar que, muitas vezes, ao invés de informar deforma, por incompetência, omissão ou tendência.
No seu terceiro volume sobre Violações de Direitos na Mídia Brasileira, a Organização Não Governamental Comunicação e Direitos constatou que num período de 30 dias, 28 programas de estilo “policialesco” de rádio e TV promoveram 4.500 violações de direitos. O estudo envolveu 10 capitais, incluindo Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
Mais ainda que neste período os programas cometeram 15.761 infrações a leis brasileiras e multilaterais; e desrespeitaram 1.962 vezes normas autorregulatórias, como o Código de Ética dos Jornalistas, do qual pouco se fala nos dias atuais. A pesquisa foi feita ainda em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza e Recife.
Sempre digo que o direito à liberdade de imprensa acaba quando não se tem ética e responsabilidade. O maior pecado do jornalista ou radialista é achar que ele sempre está com a verdade e termina agredindo o seu público.
No caso particular de Vitória da Conquista, que não conta com programas regionais “policialescos”, não posso fazer uma analise precisa sobre as violações de direitos, mas não tem sido diferente em seus noticiários, muitos dos quais desfocados, incompletos, insossos e desprovidos de um bom jornalismo.
O que mais vemos aqui nas emissoras e nos blogs, que substituíram os jornais impressos com a chegada da internet, é notícia mal apurada por falta de competência do “repórter” e, pior ainda, do editor que publica a matéria sem antes orientar e corrigir o seu “profissional”.
O que quero dizer é que o editor ou o chefe de reportagem, se é que ainda existem estas figuras nas redações, não devem divulgar um fato sem os dados completos, cheio de interrogações, como o caso mais recente da moça que foi barbaramente espancada por um rapaz e depois veio a falecer no hospital. Como este, existem muitos outros iguais nos noticiários locais que não vou enumerá-los aqui. A lista é enorme.
Infelizmente, a qualidade do jornalismo de Vitória da Conquista piorou nos últimos anos, mesmo com a criação da Escola de Comunicação em Jornalismo a partir do final dos anos 90.
Entendo que a maior culpa (o ensino também é deficitário e capenga) está na direção das empresas que não sabem conduzir profissionalmente seus repórteres e terminam oferecendo um péssimo produto ao seu público.
As falhas são tão gritantes, aberrantes e clamorosas que até os leigos percebem e criticam as matérias aqui elaboradas. A maioria das notícias locais não resiste a um pente fino de um bom laboratório de jornalismo.
CAMINHADA CONTRA EXPLORAÇÃO SEXUAL
O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) realizará nesta quarta-feira (18/05) a Caminhada Contra a Exploração de Crianças e Adolescentes. A ação é em homenagem ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, que é comemorado no dia 18 de maio.
De acordo com o CMDCA, os estudantes de escolas municipais irão participar da caminhada que terá como local de concentração a Praça do Cemitério, no bairro Buenos Aires, a partir das 8h da manhã.
A manifestação contra a exploração de crianças e adolescentes vai passar pela Praça da Catedral, no centro da cidade, e seguirá até o Parque das Árvores, onde termina o ato. A mobilização faz parte da campanha Faça Bonito 2016.
Sessão Solene
Ontem, às 19h, o CMDCA realizou, na Câmara Municipal de Vereadores, uma sessão solene com palestra sobre o tema “Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O objetivo do encontro foi conscientizar a população e fazer uma reflexão sobre os danos causados à juventude com a prática desse tipo de crime.