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O MAIS ANTIGO “CIRURGIÃO DOS RELÓGIOS”

 

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Nem a primeira, segunda ou terceira revoluções industriais e o avanço tecnológico conseguiram deter a marcha paciente dos artesãos com suas profissões condenadas a desaparecerem ao longo do tempo. Mesmo um tanto escassas, essas atividades vão resistindo à extinção através da cultura dos ensinamentos, passados de pai para filho.

A senhora ainda tece o fio e lida com o bilro para fazer o tecido e a renda. Em alguma esquina de alguma cidade o sapateiro trabalha com o couro e molda o calçado. O alfaiate e a costureira com suas tesouras e agulhas fazem elegantes ternos e outras peças da vestimenta. Em algum canto ainda existem o amolador de facas e o ferreiro que usa o fogo do fole para fabricar ferramentas do campo.

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De todas as atividades, a do relojoeiro, como se fosse um cirurgião, é a que requer mais habilidade e paciência para desmontar, trocar e montar com precisão as miúdas peças que marcam o tempo dividido em meses, dias, horas, minutos e segundos.

O “PELÉ DOS RELÓGIOS”

PELÉ RELOJOEIRO 018

Conhecido por todos na cidade como o “Pelé dos Relógios”, José Britto, de 75 anos de idade e quase 60 de profissão, pode ser considerado também o cirurgião consertador mais antigo dessas máquinas em Vitória da Conquista e, talvez, de toda Bahia. Todos os dias, numa salinha apertada, lá está ele diante de uma mesinha repleta de “marcadores de horas”, parafusos, peças e “pinceis”, pronto para atender aos mais diversos clientes.

PELÉ RELOJOEIRO 020As premiações de “Pelé dos Relógios” em sua trajetória profissional de quase 60 anos.

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ITAMAR INDICA E COMENTA ORLANDO SENNA

CINEMA DE FLUXO

No dia 28 deste mês de dezembro o cinema completa 119 anos e uma trajetória de construção de linguagem lastreada na narrativa dramática e na encenação, esta última herdada do teatro, via a expressão francesa mise en scène. Tanto a narrativa dramática como sua encenação são planejadas, às vezes minuciosamente, às vezes deixando brechas para o acaso como nos documentários. Assim ou assado, uma linguagem, ou uma postura histórica dessa linguagem, voltada para articulações racionais (pensamento, organização, ação, clareza), apesar de ter como objetivo nuclear a geração de emoções.

Atualmente uma nova atitude com relação a essa linguagem está florescendo em várias partes do mundo, inclusive e com muito ânimo na América Latina, sob a denominação Cinema de Fluxo. Essa tendência estética privilegia a imagem e o som em estado puro, a imagem como imagem e o som como som, significante e significado amalgamados, conteúdo e forma unificados, e não como veículos de enredos e tramas. O pensamento dialético do cinema narrativo é substituído pela contemplação (ou convive com ela, como é o caso do atual estágio dessa tendência). A dialética cede espaço à fenomenologia, à reflexão a partir diretamente do que estamos vendo ou ouvindo, dos fenômenos que chegam à nossa consciência através dos sentidos e não dos mecanismos do raciocínio.

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AEROPORTO DE CONQUISTA PODE SER MAIS UMA OBRA INACABADA

 

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Nova pista do aeroporto de Conquista – Fotos José Carlos D´Almeida

O novo aeroporto de Vitória da Conquista (distante 510 quilômetros de Salvador) corre o risco de se tornar mais uma obra inacabada no Brasil se não houver uma mobilização da sociedade junto aos governos estadual e federal no sentido de agilizar a segunda etapa da licitação, com seu orçamento devido, para construção do terminal de passageiros.

DSC_9072Prédio do Corpo de Bombeiros do no aeroporto

Depois de mais de dez anos de lutas de idas e vindas, as obras da pista de pouso e decolagem de 2.100 metros de comprimento por 45 de largura e 7,6 metros de acostamento de cada lado, pátio, mais as vias de acesso e as instalações do Corpo de Bombeiros, iniciadas em fevereiro último, estão dentro do cronograma estabelecido para ficarem prontas em janeiro de 2016, conforme garante o engenheiro chefe da construtora responsável “Paviserve Cunha Guedes”, Luis Machado.

A nova pista, depois de concluída, terá capacidade para receber até aviões de grande porte e ainda pode ser ampliada para mais mil metros se houver demanda para cargueiros. Com 200 operários em atividade, Luis Machado acha que a entrega dos serviços pode até mesmo acontecer antes do prazo determinado.

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Uma das vias de acesso do novo aeroporto – Fotos José Carlos D´Almeida

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PARADOXAIS E ABSURDAS

Em qualquer parte do planeta (olha aí a corrupção!), o Brasil é onde acontecem as coisas mais paradoxais e absurdas. É o país onde tem mais “paranormais”, “sortudos” (e o deputado que ganhava toda semana na loteria!) e “gênios” (as consultorias do Palocci!) por metro quadrado, que ficam ricos da noite para o dia.

É o país do espetáculo da corrupção e onde as castas são bem mais acentuadas que na Índia. Aqui, políticos tratam os que se opõem às suas ideias e às suas gatunagens de elite burguesa. As políticas públicas do assistencialismo, do paternalismo e das cotas compensam os malfeitos.

Quando nem se espera, tascam uma lei de aposentadoria integral para ex-governadores (R$19.369,67), enquanto o trabalhador privado, depois de penar vários anos nas mãos dos patrões, recebe uma “merreca de benefício” bem menor do que ganhava quando ainda estava na ativa.

Na cultura do calote, todo final de ano realizam uma Feira do Nome Limpo para premiar os não pagadores que foram incentivados pela mídia e pelo comércio a consumirem desbravadamente sem controle. No final, quem paga a conta são os otários e os idiotas que não atrasam suas dívidas. O negócio é todo mundo entrar na onda do calote, pois já é certa a feira dos acertos.

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COMO BÁLSAMO NA FERIDA

O juiz Eliezer Siqueira de Sousa Junior, da 1ª Vara Cível e Criminal de Tobias Barreto, no interior do Sergipe, julgou improcedente um pedido de indenização que um aluno pleiteava contra o professor que tomou seu celular em sala de aula.

De acordo com os autos, o educador tomou o celular do aluno, pois este estava ouvindo música com os fones de ouvido durante a aula.

O estudante foi representado por sua mãe, que pleiteou reparação por danos morais diante do “sentimento de impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional”.

Na negativa, o juiz afirmou que “o professor é o indivíduo vocacionado a tirar outro indivíduo das trevas da ignorância, da escuridão, para as luzes do conhecimento, dignificando-o como pessoa que pensa e existe”. O magistrado se solidarizou com o professor e disse que “ensinar era um sacerdócio e uma recompensa. Hoje, parece um carma”. Eliezer Siqueira ainda considerou que o aluno descumpriu uma norma do Conselho Municipal de Educação, que impede a utilização de celular durante o horário de aula, além de desobedecer, reiteradamente, o comando do professor.

Ainda considerou que não houve abalo moral, já que o estudante não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade edificante.

E declarou:

“Julgar procedente esta demanda, é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os realitys shows, a ostentação, o ‘bullying intelectivo’, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”.

Por fim, o juiz ainda faz uma homenagem ao professor.

“No país que virou as costas para a Educação e que faz apologia ao hedonismo inconsequente, através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro HERÓI NACIONAL, que enfrenta todas as intempéries para exercer seu ‘múnus’ com altivez de caráter e senso sacerdotal: o Professor.”

 

 

FUTEBOL E POLÍTICA PADECEM DOS MESMOS MALES

Carlos González – Jornalista

“A CBF é o câncer do futebol brasileiro”, conclui Romário, ex-jogador e hoje senador eleito pelo Rio de Janeiro, o prefácio do livro “O Lado Sujo do Futebol”, escrito pelos jornalistas Amaury Ribeiro Jr.,Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet. Nas suas 375 páginas, a obra, lançada poucos meses antes da Copa do Mundo de 2014, revela o esquema de corrupção implantado na mais importante entidade esportiva do país pelos seus ex-presidentes João Havelange e Ricardo Teixeira.

Política e futebol estão de mãos dadas no Brasil desde 1950, quando, às vésperas da final da Copa, candidatos a cargos eletivos em outubro daquele ano invadiram a concentração da seleção brasileira, em São Januário, no Rio, para dirigir loas aos presumíveis campeões do mundo. Coincidentemente, desde aquela época, salvo durante o regime militar, as copas do mundo e as eleições para presidente da República, governadores e membros dos legislativos, são realizadas no mesmo ano.

No mundo enfraquecido pela 2ª Grande Guerra, o Brasil se apresentou como único candidato a promover o Mundial de 50. Seis décadas depois, governantes e CBF voltaram a unir seus interesses, políticos e financeiros, com o propósito de promover uma segunda competição internacional.

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