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:: 29/dez/2014 . 22:59

A FEIRA NUNCA SE ACABA

 

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Nos tempos dos supermercados e dos shoppings fechados onde não se vê as mudanças climáticas, se fazendo sol, nublado ou chovendo, as feiras mentem suas tradições e lembram o surgimento das primeiras cidades, sem contar o calor humano que é bem mais intenso. Mesmo com a evolução dos mercados, a feira nunca se acaba e tem de tudo, bem mais fresco e natural, como as verduras, carnes e frutas.

As feiras me fazem recordar a época de menino quando eu e meu pai íamos vender farinha e fazer compras aos sábados em Piritiba. É onde os compadres se encontram para bater aquele gostoso papo brejeiro e simples, como falar das pessoas mais próximas e das lavouras ou da falta delas nos períodos de chuva e de seca.

FEIRA E SARAU 014 A tradicional e famosa “Feirinha do Bairro Brasil”, em Vitória da Conquista, é uma delas, só que cresceu muito e invadiu ruas laterais. Embora não se deva interferir muito em sua estrutura montada pelos próprios feirantes, a Prefeitura Municipal tem que dar certo ordenamento, para que os produtos não fiquem expostos ao chão.

Com a invasão dos supermercados criados pelo capitalismo norte-americano e europeu, com intuito de atrair mais consumidores pelas facilidades encontradas num mesmo local, muitos deixaram de frequentar as feiras e os mais jovens nem sabem que elas existem.

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No entanto, a feira ainda tem a cara do homem simples do campo e oferece ao consumidor a vantagem de preços bem mais baixos porque os comerciantes não pagam taxas de conforto e luxo dos supermercados. A feira representa o sustento da agricultura familiar e das pequenas economias tocadas por pouca gente.

Por funcionar, em sua maior parte, à base da informalidade do pequeno negócio, não se tem estudo preciso sobre o quantitativo em termos de dinheiro que gira numa feira, mas presumisse ser um grande volume. A feira é como se fosse uma grande empresa de muitos donos que nunca fale, mesmo nas piores crises.

Ir à feira requer descontração e não exige trajes mais formais. Ao contrário do supermercado, ninguém olha sua roupa e não observa seu comportamento, sem levar em consideração que a comida caseira tem o seu lugar garantido. Quer saborear um bom sarapatel, uma rabada, um mocotó ou uma buchada acompanhados de uma cachaça com raízes, vá à feira e curta uma boa conversa.

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Além de tudo, a feira é também arte e cultura. Foi através das feiras que os poetas nordestinos divulgaram seus cordéis e os cantadores começaram a tocar suas violas. É onde se ouve os causos e as histórias dos coronéis e poderosos.

 

QUAL A CONDUTA DO FUTEBOL BRASILEIRO EM 2015?

Carlos González – jornalista

Eu creio, e sinto também que os torcedores brasileiros não vão ter algo do que se orgulhar em 2015, mesmo levando em conta que, nada poderia acontecer de pior do que a pancada recebida no ano que está indo embora, causando um efeito desastroso. A goleada por 7 a 1 imposta pela Alemanha ao Brasil nas semifinais da Copa, em pleno Mineirão, no dia 8 de julho, foi o golpe decisivo no combalido futebol verde-amarelo.

Eu não vou aqui entrar em detalhes sobre essa tragédia, bastante discutida e jamais esquecida. Gostaria apenas de fazer uma comparação sobre essa partida e a primeira oficial disputada pelos alemães após o Mundial. No dia 14 de novembro, jogando pelas eliminatórias da Eurocopa 2016, os germânicos, atuando em seus domínios, aplicaram somente 4 a 0 sobre a frágil equipe de Gibraltar, território ultramarino situado ao sul da Espanha, cuja posse pertence à Inglaterra. Os gibraltinos – seus jogadores têm as mais variadas profissões – treinam em Algarve, Portugal, porque não há campo de futebol na península onde vivem, com apenas 6,5 km² e 30 mil habitantes.

O futuro do futebol brasileiro, na verdade, não preocupa a “cartolagem”, envolvida em escândalos financeiros, denunciados em livros (leiam “O Lado Sujo do Futebol”, escrito pelos jornalistas Amaury Ribeiro Júnior, Leandro Cipolini, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet; ou “Guia Politicamente Incorreto do Futebol Brasileiro”, de Mendes Jr.), por alguns poucos profissionais de imprensa da área esportiva, não comprometidos com a CBF, e pelo senador eleito Romário de Souza Faria.

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