:: 10/dez/2014 . 22:03
O MAIS ANTIGO “CIRURGIÃO DOS RELÓGIOS”
Nem a primeira, segunda ou terceira revoluções industriais e o avanço tecnológico conseguiram deter a marcha paciente dos artesãos com suas profissões condenadas a desaparecerem ao longo do tempo. Mesmo um tanto escassas, essas atividades vão resistindo à extinção através da cultura dos ensinamentos, passados de pai para filho.
A senhora ainda tece o fio e lida com o bilro para fazer o tecido e a renda. Em alguma esquina de alguma cidade o sapateiro trabalha com o couro e molda o calçado. O alfaiate e a costureira com suas tesouras e agulhas fazem elegantes ternos e outras peças da vestimenta. Em algum canto ainda existem o amolador de facas e o ferreiro que usa o fogo do fole para fabricar ferramentas do campo.
De todas as atividades, a do relojoeiro, como se fosse um cirurgião, é a que requer mais habilidade e paciência para desmontar, trocar e montar com precisão as miúdas peças que marcam o tempo dividido em meses, dias, horas, minutos e segundos.
O “PELÉ DOS RELÓGIOS”
Conhecido por todos na cidade como o “Pelé dos Relógios”, José Britto, de 75 anos de idade e quase 60 de profissão, pode ser considerado também o cirurgião consertador mais antigo dessas máquinas em Vitória da Conquista e, talvez, de toda Bahia. Todos os dias, numa salinha apertada, lá está ele diante de uma mesinha repleta de “marcadores de horas”, parafusos, peças e “pinceis”, pronto para atender aos mais diversos clientes.
As premiações de “Pelé dos Relógios” em sua trajetória profissional de quase 60 anos.
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