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COLÉGIO OFICINA DISCUTE DITADURA

“Ditadura: Direito à Memória e à Verdade” foi o tema de discussão do 7º Congresso de Estudantes do Colégio Oficina ( C0NESCO) no último dia 16, um exemplo que deveria ser seguido por todos os estabelecimentos de ensino do país no sentido de que os jovens estudem e pesquisem sobre a repressão que o povo brasileiro sofreu a partir do golpe civil-militar burguês de 1964. Foram mais de 20 anos de mordaça, censura e torturas contra todos que se mobilizaram em defesa da liberdade e contra o regime.

CONESCO 003 - Cópia

Durante todo o dia 16 (sábado) os jovens estudantes ouviram verdadeiros testemunhos de ex-presos políticos que sofreram interrogatórios e torturas nos porões das delegacias do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna), nos quarteis e em órgãos clandestinos, principalmente a partir de 1968 com a decretação do AI-5 (Ato Institucional número 5), época chamada de anos de chumbo.

Muitos palestrantes como Ruy Medeiros, Emiliano José, Paulo Pontes, professor Belarmino, Carlos Marighella e muitos outros deram seus testemunhos e incentivaram os alunos a conhecer sobre o assunto para que nunca mais exista uma ditadura no país. Foi um dia intenso de trabalho e troca de experiências entre os convidados e professores que deixaram os jovens alunos atentos e fascinados com o tema.

CONESCO 001 - Cópia

Com seu jeito gentil, a professora de filosofia e história, Karine Porto conduziu os trabalhos sobre “Resistência Armada”, que contaram com a participação do professor Paulo Pontes (ex-preso político) e do jornalista e escritor Jeremias Macário.

Depois de várias questões levantadas pelos estudantes aos convidados sobre a ditadura civil-militar, a professora Karine fez um apelo aos jovens no sentido de que se conscientizem politicamente em defesa da liberdade de opinião e contra qualquer tipo de repressão do Estado.

Paulo Pontes contou passagens de sua vida clandestina como militante do PCB e o período em que ficou preso em Pernambuco e na Bahia, no Forte do Barbalho onde sofreu torturas dos agentes militares. Falou que nenhum tipo de ditadura, seja qual for o sistema ideológico, não serve para o povo. Descreveu ainda sobre as diversas organizações marxistas que participaram da luta armada contra as forças da repressão que comandaram o país por mais de 20 anos.

O jornalista e escritor Jeremias Macário discorreu sobre seu mais recente livro “Uma Conquista Cassada – Cerco e Fuzil na Cidade do Frio” que trata justamente da ditadura em Vitória da Conquista quando em seis de maio de 1964 a cidade foi invadida por tropas do exército e mais de 100 pessoas foram presas, inclusive o prefeito Pedral Sampaio que foi cassado naquele dia.

Mais adiante fez diversas pontuações sobre a Comissão da Verdade, o papel da mídia na época de 1964, a anistia de 1979 e as organizações armadas, chamando a atenção de que, infelizmente, ainda sofremos os resquícios da ditadura através da violência praticada pela polícia militar, sem contar as torturas que ainda são práticas nas delegacias e penitenciárias.

2 respostas para “COLÉGIO OFICINA DISCUTE DITADURA”

  • Antonio says:

    Direito à Memória e a Verdade? Resta-nos saber então depois de ler o título da “oficina”, (que está mais do que claro que é doutrinação pura), de qual verdade se fala. Golpe “civil-militar burguês”. Antes era chamado de golpe militar pela esquerda, agora resolveram adicionar o “burguês”, com certeza para “avançar” nas mudanças. “Foram mais de 20 anos de mordaça, censura e torturas contra todos que se mobilizaram em defesa da liberdade e contra o regime. “Defesa da liberdade” formando células terroristas armadas, que sequestravam, assaltavam, assassinavam, justiçavam e queriam implantar a DITADURA DO PROLETARIADO? Hora façam-me o favor, e se realmente querem ensinar crianças e não DOUTRINAR como está mais do que claro, contem a história do Brasil, e não a versão esquerdista mentirosa do que foi a história do Brasil.

  • ruth says:

    Pergunta que nao quer calar? Apresentaram o outro lado da história ou ficaram endeusando os esquerdistas? Disseram pros estudantes que os comunistas queriam instalar uma ditadura comunista no Brasil? Ou ficaram só demonizando os militares? Espero que tenham mostrado os dois lados da questão. Espero que não tenham demonizado os empreendedores, os que enriquecem na livre iniciativa, os que geram riqueza.

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