Será que somos tão abestalhados e otários assim, ou os caras não têm mais limites para o cinismo? De tantas patifarias, escândalos e mediocridades, o povo brasileiro não se sente mais constrangido, tornando normal a podridão de todo o cesto dos poderes do Planalto Central de Brasília. É muita baixaria. O mau cheiro do esgoto não incomoda mais a ninguém.

As versões descaradas da viagem do Temer, de Brasília para a Bahia, no avião particular da JBS não têm definições no dicionário português além da falta de vergonha na cara. O brasileiro é tratado como lixo, mas não está mais se incomodando com isso. Tudo não passa de coisa comum na política.

Primeiro o Planalto diz que o cara viajou no avião da FAB, só que não combinou a mentira antes com o comandante. Depois sai com a safadeza deslavada de que o mordomo-mor da Casa não sabia de quem era o dono. É um cinismo sem tamanho. Seus assessores não passam de moleques de recado!

A patifaria e a mediocridade baixaram de nível no nosso país desgovernado. Por incrível que pareça, podemos dizer que o cinismo banalizou-se nesta terra varonil que dorme em berço esplêndido. O Brasil todo acompanhou as imagens do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures correndo como um rato num restaurante com uma mala cheia de dinheiro originário de propinas.

Ao ser preso, seu advogado teve o cinismo de defender e rogar para que seu cliente não tivesse a cabeça raspada porque é muito desumano e cruel, o que vale dizer que com os outros bandidos e marginais isso pode ser feito, mas com ele não porque se trata de um engravatado. Sem mais comentários.