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:: 8/mar/2017 . 23:22

O PONTO DA QUESTÃO

MAIS FISCAIS

Certas intervenções no trânsito de Vitória da Conquista não justificam e só fazem irritar os usuários. Uma dessas medidas é a mais recente que proíbe a parada de ônibus na localidade chamada de “Gancho”, próxima ao Hospital Samur, em direção à Avenida Juracy Magalhães. Não é verdade como diz o preposto da Prefeitura Municipal, major Ramon, de que o ponto, que já funciona ali há anos, atrapalha o fluxo de veículos, já que existe um recuo para evitar congestionamentos.

O pior, por falta de fiscais no trânsito da cidade em geral, é o estacionamento irregular de motoristas mal educados em toda a extensão da pista da Avenida Juracy Magalhães. Como acontece em outros locais, inclusive no centro, imbecis param os carros em locais proibidos e ligam o sinal de alerta como se eles estivessem acima das leis do Código de Trânsito. Precisamos sim, de mais fiscais para multar os idiotas que furam o sinal vermelho e entram na contramão em ruas e avenidas fora do centro.

ARQUIVOS MORTOS

Vitória da Conquista, a terra do cineasta Glauber Rocha, possui um farto material de crimes engavetados e esquecidos que daria para fazer um seriado de televisão com o título de Arquivos Mortos. São tantas ocorrências monstruosas que as filmagens, com base em fatos reais, poderiam rodar um ano inteiro, e como sucesso garantido.

A morte do menino Maicon, o assassinato do dono de uma lotérica no centro, o estupro de uma jovem, seguido de morte, por um rapaz da sociedade, e a chacina de mais de 10 pessoas num bairro da periferia são casos bárbaros mais recentes que a mídia não teve a capacidade de seguir em frente na cobertura jornalística que não passou de registros.

A polícia e o Ministério Público simplesmente aproveitaram a falta de cobrança da imprensa  e da sociedade, para darem tudo por esquecido. Dos crimes mais antigos, isto é, há mais de 20 anos, podem ser citados os assassinatos do prefeito de Manoel Vitorino e do dono de um jornal local, sem contar a morte de um marinheiro numa delegacia. O Arquivo Morto de Conquista é bem maior que isso. Aqui parece ser a terra da impunidade onde xerifes até chefiaram quadrilhas organizadas.

O BOLO DOS POBRES

Como é tudo irônico e deprimente! Na época da ditadura militar, o ministro da Fazenda, o bonachão Delfim Neto, um dos signatários do AI-5, defendia o estilo desenvolvimentista com segurança nacional, dizendo que o governo pretendia crescer o bolo da economia para depois dividi-lo na forma de distribuição de renda. Aconteceu a partir dali, mesmo com o crescimento do PIB (Produto Interno Brasileiro), a maior concentração de renda com profundas desigualdades sociais.

Agora o bolo encolheu e sobrou para os pobres que vão ter que recheá-lo para que os ricos tenham mais. A elite nunca aceita perder sua fatia que só faz crescer, mesmo com um PIB negativo de 3,6%, como foi o do ano passado. Como a população aumentou, o PIB per capita, ou seja, a geração de riqueza por pessoa, caiu 11% de 2014 a 2016. Como o bolo está menor, o brasileiro ficou mais pobre.

Do final do ano 2014 ao final de 2016 quase 13 milhões de trabalhadores perderam o emprego. O valor do total de salários em circulação sofreu uma baixa de R$ 8 bilhões, reduzindo o poder de compra. O consumo das famílias teve uma queda de mais de 4% no ano passado, após recuar 3,9% em 2015.

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