A polícia militar, principalmente, tem sua marca de violência e truculência. Sempre está ferindo de morte a cidadania, a liberdade e os direitos humanos. Toda sua linha de trabalho precisa ser reestudada e reformulada, com uma nova estrutura que se adeque aos novos anseios de respeito e igualdade social. Ela precisa rever seus conceitos para que renasça uma nova corporação, mas eles não querem nem ouvir falar nisso.

A vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) defendia os direitos humanos e denunciava a agressão velada das polícias nas favelas da capital carioca, não somente da Maré, contra as minorias, os negros e os mais pobres. Recentemente acusou que estava havendo prisões arbitrárias de moradores, e isso já era previsível depois da onda de violência dos bandidos e a partir da intervenção federal.

Covardemente e de forma cruel, ela foi executada na quarta-feira, possivelmente por gente das milícias que dominam os morros do Rio e massacram os pobres, explorando e espalhando o terror a qualquer um que não obedeça ao seu comando.  Foi mais um atentado do opressor contra a liberdade e os direitos humanos.

Sobre a mídia, comentário de ontem em nosso espaço, reafirmo e não concordo com quem diz que a notícia é um espetáculo, e nem jornalismo é isso. Espetáculo é peça teatral. A tragédia do desabamento de um prédio em Salvador virou um espetáculo sensacionalista na filiada da “Grande Rede.”

Tragédias, mortes, desastres, crimes de execução, violências e outros fatos do cotidiano não podem virar espetáculos porque terminam desembocando para o sensacionalismo desvairado na boca dos jornalistas que se acham de atores. A carne é fraca! Notícia é fato real que deve ser tratada com racionalidade, embora mexa com sentimentos e emoções.

Quanto ao futebol (alô amigo e companheiro Carlos Gonzalez), gostaria de saber qual a diferença entre um jogo da “Libertadores” e outro da Liga de Campeões da Europa? Gonzalez tem a resposta na ponta da língua, mas diria que é a feiura de um e a beleza de se ver o outro.

Um é cheio de faltas estúpidas, de rasteiras para quebrar pernas, porradas, caneladas, chutões para o alto, passes errados e muita catimba. Praticamente não existe futebol. No outro existe plasticidade, espetáculo, poesia e a bola rola mais livre, e não é tão maltratada. Ah, o torcedor aprecia o bom futebol, sem agressões e truculências, mas, contrariando tudo isso, a mídia esportiva insiste que “Libertadores” é raça e tem que ter pegadas fortes, daí tantas faltas com o mínimo de tempo de bola rolando no gramado do campo.