De um dia para o outro, precisamente a partir das eleições do último domingo, fatos importantes aconteceram (outros não) em Vitória da Conquista que deixaram de ser noticiados e esclarecidos, lembrando a época da ditadura da informação. Nas ruas a população indaga e faz especulações. O quê realmente está ocorrendo?

Por que a água passou a jorrar nas torneiras, sem cortes no fornecimento, desde domingo sem que houvesse um comunicado oficial da Embasa sobre possível término do racionamento? Por que não se deu início à propaganda eleitoral no rádio e na televisão dos dois candidatos indicados para o segundo turno das eleições? Por que nada sobre as coligações dos partidos aos colocados para o segundo turno?

Estas e outras indagações se tornaram um mistério sem a devida explicação por parte da mídia regional. Dizem que o Tribunal Eleitoral está apurando possível compra de votos em Conquista, e coisa parecida. E sobre a água nada foi dito.

O quê está havendo? São vazios que precisam ser preenchidos pela mídia, cujo papel é informar o seu público sobre os acontecimentos. Depois das eleições de domingo, a impressão que se tem é que a corrida à prefeitura acabou ali, sem segundo turno. Nenhuma entrevista mais esclarecedora com os candidatos que participaram do pleito. A água é outro mistério a ser desvendado. Infelizmente, a mídia local deixa muito a desejar em termos de cobertura jornalística, muitas das quais sem conteúdo e apuração completa dos fatos.