ESCOLA PROIBIDA

Já imaginou um professor de Ética e Filosofia em sala de aula sendo proibido de expressar sua ideologia sobre política, moral e religião? Como seriam as aulas dos filósofos Aristóteles, Platão e Sócrates na Grécia antiga? É o que propõe o projeto de lei “Escola sem Partido” que tramita no Congresso Nacional, assembleias e câmaras municipais, inclusive a de Vitória da Conquista.

A Escola Proibida contém uma lista de seis itens onde o docente não pode emitir suas preferências ideológicas. O conservadorismo está levando o Brasil para o mundo das trevas, e o fundamentalismo evangélico tem grande parcela de culpa nisso. Existe até um projeto de lei que criminaliza o assédio ideológico no ensino. Claro que o jovem deve ter suas próprias convicções.

Os partidários da ideia alegam que as escolas e as universidades estão sendo usadas para difundir ideologias políticas e partidárias, e que os professores estão usurpando o direito dos pais sobre educação moral e religiosa dos seus filhos.

A chamada “Lei da Mordaça” quer proibir a “doutrinação”, prática condenável, mas não há uma explicação definida sobre esta questão, a qual  não deve ficar a cargo do conservador Congresso, mas dos pesquisadores e especialistas no assunto.

Em palestra em Salvador, o ex-reitor da Universidade de Lisboa, Antônio Nóvoa, disse que “a escola pode não criar o filho, mas dá instrumentos. O papel dela é mostrar os pensamentos divergentes que existem”.

RETA FINAL

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Agora que estamos chegando à reta final da campanha eleitoral, só nos resta esperar que o vencedor à prefeitura municipal de Vitória da Conquista e os escolhidos para a câmara de vereadores cumpram com as promessas, o que é difícil. Por quanto tempo mais vamos ficar aguardando pela construção da barragem de abastecimento de água, pelo término do no novo aeroporto e pela melhoria da mobilidade urbana? Falou-se muito sobre a requalificação do Terminal de Ônibus da Lauro de Freitas e pouco sobre educação e saúde, cujos índices ainda são precários em nosso município no tocante ao ranking estadual e nacional.

POUCAS MUDANÇAS

Pelo visto vamos ter poucas mudanças nas 21 cadeiras da Câmara Municipal de Vitória da Conquista que precisa de uma representação mais forte para brigar pelos projetos de melhoria da cidade e não simplesmente dizer amém ao que faz ou deixar de fazer o executivo. Fora os nomes exóticos, muitos vão continuar se perpetuando no poder nas intermináveis reeleições. Esperamos que a nova legislatura, pelo menos, coloque em pauta a questão da transparência nos gastos dos vereadores, seus salários, verbas de gabinete, número de assessores e suas respectivas remunerações. A Câmara está devendo isto à comunidade. Essa interação ainda deixa muito a desejar.

O AVANÇO DOS EVENGÉLICOS

Registros do Tribunal Superior Eleitoral revelam que o número de pastores candidatos a prefeito, vice, vereador em 2016 teve um aumento de 62% em relação a 2012. Neste pleito, são 287 candidatos contra 178. Isso demonstra o avanço dos evangélicos e do conservadorismo na política brasileira. Esse fenômeno não é diferente em Vitória da Conquista.

 CAMINHO MAIS FÁCIL

Nós brasileiros temos o hábito de trilhar o caminho mais fácil para se chegar ao mais longe e difícil, só que por ai podem acontecer os imprevistos desagradáveis. Agora mesmo tem muita gente achando que a saída para a melhoria da educação é adotar as rígidas disciplinas dos colégios militares quando não é isso. Claro que a disciplina é fundamental, mas com oportunidade para que o aluna tenha seu senso crítico e o livre pensar.

MENOS ARRECADA

Como nosso país é cheio de paradoxos e contradições, a arrecadação de impostos não foge à exceção. O Brasil é um dos países que tem a maior carga de impostos do mundo e as classes assalariadas e as mais pobres são as mais penalizadas. Enquanto isso, o país tem uma das menores cargas de arrecadações do mundo em se tratando dos mais ricos. Aqui, até a Justiça é desigual, e a lei não é igual para todos. Os afortunados e poderosos sempre se safam.

“Golpe” na ONU

O presidente Temer, o mordomo de Drácula, foi explicar na ONU que não houve “golpe” no Brasil e que todo processo de impeachment foi realizado dentro da ordem constitucional. Ora, se todo trâmite foi aprovado pelo Congresso Nacional com o acompanhamento da suprema corte, ele não tem que dar explicações em lugar nenhum, quanto mais numa organização internacional! Fazendo isso está assumindo a carapuça de “golpista” como a oposição assim o trata. Está com dor de consciência presidente? Melhor não colocar mais lenha na fogueira. É, no mínimo, contraditório.

PROJETO DESCONHECIDO

Em se tratando de política, principalmente, presidente da República quando fala em público não tem que dar opinião pessoal. Temer afirmou que, pessoalmente, é contra o polêmico projeto que quer anistiar os políticos que adotaram o caixa 2 em suas campanhas eleitorais. Na cúpula e nos bastidores, entretanto, é a favor.

Por falar nisso, ficou bem claro que os “nobres representantes do povo no Congresso” aprovam projetos desconhecidos. Quando foram pressionados por seus pares na Câmara sobre a anistia aos praticantes do caixa 2, muitos deputados, inclusive os dirigentes da Mesa Diretora do plenário, disseram que desconheciam o teor do projeto. Estamos ferrados mesmos com essa gente, ou com esse bando!