CIDADE E UESB 004 - Cópia

Antes eram as fichas telefônicas e depois vieram os disputados cartões. Fazia-se filas para se conseguir uma ligação. Estou me referindo aos chamados “orelhões” (haviam também as gabines) que hoje estão abandonados nas ruas da cidade. Com o telefone móvel, o celular, ninguém liga mais pra eles.

Num percurso por todo centro da cidade de Vitória da Conquista nesta semana, não vi nenhuma pessoa procurar o velho “orelhão” para dar uma ligada, e nem adiantaria porque a maioria não funciona mais. Os aparelhos agora fazem parte do patrimônio decorativo das ruas e avenidas.

Há pouco mais de dez anos as reclamações eram direcionadas ao não funcionamento dos orelhões, e os cartões telefônicos eram negociados no mercado como moeda de troca. Hoje, ninguém liga mais se eles estão quebrados. 

A tecnologia avançou e atualmente a grande maioria dos brasileiros tem mais de um celular na mão. Segundo última pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil fechou o mês de abril com 273,6 milhões de linhas ativas na telefonia móvel, mais que a população do país.

O que não deixou de existir foi o mau serviço prestado pelas operadoras telefônicas. As ligações estão sempre caindo e em determinados locais nem adianta tentar falar com alguém. É isso aí: do velho sistema para o novo e, mesmo assim, o consumidor é sempre o penalizado e ludibriado.