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:: 4/nov/2025 . 0:24

CUIDADO, VOCÊ ESTÁ SENDO VIGIADO

Lembra daqueles filmes norte-americanos de ficção onde se colocava um chip, um aparelhinho ou um GPS na pessoa e ela era vigiada 24 horas por dia? A ficção se tornou realidade, só que evoluiu para as câmaras nas cidades e dados de órgãos e instituições na internet, que seguem seus passos e sabem tudo da sua vida particular.

Cuidado, cara, você está sendo vigiado, principalmente pelos golpistas que não dão trégua e não tiram férias! Paga-se um preço alto pelo progresso e ainda dizem que é tudo pela sua segurança, para apanhar os bandidos, mas não é somente isso. Toda liberdade não é absoluta, tem suas limitações. Você acha que é livre neste sistema? Estamos   engessados pela ditadura da vigilância. “Sorria, você está sendo filmado”!

Primeiro são as câmaras nos centros das médias e grandes cidades, principalmente, que ficam lá olhando o que você está fazendo e para onde vai. Os operadores devem se divertir e dar muitas gargalhadas, com suas roupas, gestos, maneira de caminhar e com quem para conversar.

– Olha aqueles dois ou aquelas duas ou três, devem estar tramando alguma coisa conversando na calçada, ou fofocando da vida alheia! Aquele outro tem uma cara feia, mal-encarado, não deve ser coisa boa, já cortou a praça por várias vezes. Entrou no beco. Tem o macambúzio que fica sentado o tempo todo no banco. Com equipamentos sofisticados a laser logo vão estar vendo a cor da cueca (ceroula) e a calcinha (calçola) que se veste.

A grande maioria acha que é bom porque se sente mais protegido. Não acho nada engraçado ficar filmando minha feiura e onde vou. Preferia estar lá nas brenhas do sertão como um mocó na loca., mas, com o tempo, as câmaras vão chegar lá no sertão profundo.

De acordo com o jornal “Estado de São Paulo”, em um ano e meio, o número de câmaras públicas e privadas ligadas à prefeitura, para vigiar a cidade de São Paulo, passou de 10 mil para 40 mil, ou mais de 26 equipamentos para cada quilômetro quadrado.

Apesar das 258 prisões, só em outubro, há críticas ao sistema de vigilância eletrônica. Segundo o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, não houve redução significativa de homicídios, roubos e furtos. A prefeitura contesta e diz que as câmaras ajudam nas investigações.

Sempre digo que bandido de folha corrida extensa, com vários BOs de crimes nas costas, nem está aí para esse negócio de câmaras. Além das câmaras, somos vigiados pelos sistemas de operações dos governos municipal, estadual e federal, pelas instituições financeiras, pelos órgãos de processamento de dados, pelos telemarketings e os golpistas de plantão.

Nossa vida é devassada na Receita Federal, pelas secretarias de Finanças das prefeituras e dos estados com o tal de cruzamento de dados. Praticamente todos sabem nossos CPFs, CEPs, RGs e o que temos e o que não temos.

Os números hoje são mais importantes que os nomes. Não demora e vamos ser ferrados com números. Somos gado, e não importa qual ideologia. Todos são patrulhados dia e noite. Até seu sono está sendo monitorado, meu amigo, e sabem dos nossos sonhos e pesadelos, atualmente mais intensos!

Com a evolução das comunicações através da internet e os satélites no ar, onde as notícias são transmitidas em tempo real – antes demoravam de chegar – nossas aldeias se tornaram pequenas e seus moradores vigiados. A violência urbana não foi a única causa dessa vigilância. Outros fatores contribuíram e os golpistas se sofisticaram.

A HUMANIDADE ESTÁ SE ACABANDO E O TEMPO É POUCO PARA VIRAR O JOGO

Os filmes de grandes catástrofes e tragédias, em cenários de apocalipse, nos mostram os escombros da terra e sobreviventes andando como zumbis ou fantasmas à procura de comida e refúgio. As gangues armadas se cruzam numa guerra fraticidas. Doenças raras e vírus fatais exterminam gentes num planeta em ruínas.

Não se trata de um roteiro cinematográfico de ficção. É a realidade batendo em nossas portas porque há séculos a nossa humanidade irracional vem destruindo o meio ambiente de forma impiedosa, para dela extrair seus lucros, sem contar as toneladas de lixo e gás carbônico que se joga no ar provocando o efeito estufa.

Se você acha que não estamos em pleno aquecimento global e que as chamadas mudanças climáticas são coisas normais ou não existem, como o maluco do Trump, dos Estados Unidos, então está entre os milhões ou bilhões de negativistas assassinos das próximas gerações.

Não é preciso ser nenhum cientista para concluir que a terra está em total turbulência, e os mais vulneráveis estão sendo as primeiras vítimas dessa destruição implacável. A humanidade está se acabando e o tempo se esgotando para virar o jogo e reduzir o placar da temperatura. O time da poluição está ganhando de goleada da preservação. A natureza não perdoa, não se deixa ser enganada e não nos dar outra chance.

Posso está sendo exagerado, mas não acredito mais em virada deste jogo, mesmo porque as boas ações de reflorestamento, os poucos projetos sustentáveis, os processos de reciclagem, os bem-intencionados, os conscientes do aquecimento global representam uma ínfima parcela em relação ao rombo que já foi feito e ainda está se fazendo.

Essa conta matemática não bate. Não basta reduzir a depredação. Teríamos que zerar, e isso é impossível de ser alcançado.  Um beija-flor ou mesmo milhares deles, com seus finos bicos, não vão apagar o fogo que, por exemplo, arde as florestas porque os estragos são de dezenas de séculos. É como um doente de câncer que já está com seu organismo em avançado estado de contaminação onde a medicina, com toda sua tecnologia apurada, só faz protelar um pouco a vida.

Enquanto escrevo este texto, milhões de árvores estão sendo derrubadas, milhares de incêndios queimam as florestas, outras milhares de máquinas perfuram o chão para extrair petróleo em pleno solo e em águas profundas, para poluir nosso ar, milhões de toneladas de lixo entopem nossos rios, mares e a terra e bilhões de consumidores vão às lojas ou clicam na internet para comprar suas porcarias supérfluas.

Vem aí mais uma Conferência do Clima, em Belém. Como tantas outras, terminam em assinaturas de termos de compromissos, promessas de mais recursos para conter a devastação do planeta, diminuir as emissões de gazes tóxicos, muitos blábláblás, considerandos, divergências e todos retornam para suas casas, ou seus países, pregando aumento de seus PIBs e mais consumismo.

Os mais desenvolvidos camuflam as metas, atrasam seus projetos de sustentabilidade, e os mais pobres só querem imitar os ricos. O Brasil, com suas profundas desigualdades sociais, é o quinto maior emissor do efeito estufa, mesmo com uma grande parcela de energia renovável.

Do outro lado, um incentivador do petróleo, uma energia fóssil e altamente poluidora, sem contar a criação de gado para exportação, com um rebanho maior que os mais de 200 milhões de habitantes. O nosso país não é um exemplo a ser seguido, embora a propaganda diga o contrário. O tempo está se esgotando. Como virar este jogo?

 





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