junho 2025
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

:: 17/jun/2025 . 23:05

DO CAVALO AOS FOGUETES

Primeiro foi a pedra e o pau que o homem antes da época do Neandertal começou a usar como instrumentos para enfrentar seus semelhantes por comida e áreas territoriais. Depois vieram as lanças e as flechas entre as tribos. Tivemos também as espadas, os punhais e as adagas na descoberta do ferro.

Passaram-se séculos e o homem foi se evoluindo para combater seus inimigos até chegar à utilização do cavalo como arma poderosa. Os primeiros povos a domesticar esse animal para o uso de conflitos, permitindo ataques e fugas rápidos, saíram das estepes da Eurásia (Ucrânia, Hungria e Romênia) por volta de 4000 a 3000 a.C.

As civilizações que mais empregaram o cavalo nas infantarias de guerras foram os romanos, os celtas, os partas ou persas (iranianos de hoje), os gauleses, os vikings e os germanos entre 2000 e 1000 a.C. sem falar nos Cruzados e nos mouros durante os séculos XIV e XV.

Depois das duas primeiras guerras (1914/18 – 1938/45), os cavalos serviram mais como meios de transportes de suprimentos em geral e armas, para arados, quando foram substituídos pelas máquinas, inclusive os aviões, mais mortíferas. Até hoje, para simbolizar a sua força, um cavaleiro num cavalo vermelho empunha uma espada, representando a guerra.

Nessas duas guerras tivemos o emprego maior das metralhadoras, fuzis e das bombas que ceifaram milhões de vidas humanas. Os relatos de matanças e carnificinas me fizeram lembra do saudoso cancioneiro poeta conterrâneo Wilson Aragão que, em uma de suas toadas músicas, diz que uma guerra de facão mata menos gente.

Do cavalo aos foguetes, o que temos hoje é uma guerra tecnológica de aviões potentes supersônicos e drones derramando suas ogivas em pontos estratégicos, deixando um rastro de escombros com maior letalidade. Nas imagens, os foguetes cruzam os céus entre as partes inimigas. Até parecem estrelas cadentes luminosas, mas não encantam nossos olhos, muito pelo contrário.

No entanto, ainda temos o contraste entre o moderno e o atraso no mundo da guerra. Tribos africanas de nações mais pobres, como Burundi, República Centro Africana, Somália, Congo, Sudão, Moçambique, Níger, Libéria, entre outras, ainda se matam através de lanças, armas de fogo e até facões.

Pois é, raramente existe o enfrentamento corpo a corpo, e os soldados de hoje são treinados para outras funções, como apertar botões de precisão e manejar tecnologias sofisticadas. Diante dessa parafernália toda, pelo menos o cavalo foi preservado porque só na I Guerra Mundial foram utilizados cinco a seis milhões deles.

A insensatez e a autodestruição do ser humano, bicho sanguinário, chegaram ao ponto das grandes nações destinarem a maior parte de seus orçamentos para as indústrias armamentícias. Gastam-se por ano trilhões de dólares, enquanto cerca de um bilhão de pessoas, dos sete a oito bilhões de habitantes, vive na extrema pobreza e na miséria.

As desigualdades sociais só se aprofundam com a concentração de renda nas mãos de poucos, sobretudo nos países menos desenvolvidos da África e das Américas do Sul e Central, como é o caso do nosso Brasil.

Outra vítima dessa barbárie contemporânea evolutiva às avessas é o meio ambiente através do desmatamento de nossas florestas, o lixo do consumismo, o uso de combustíveis fósseis e o lançamento de gases tóxicos na atmosfera.

Como estamos falando de guerras, do cavalo aos foguetes, ainda temos hoje os facínoras dos holocaustos e dos genocídios em massa, praticados por criaturas neonazifascistas que encarnaram os espíritos de Hitler, Stalin e outros, como o criminoso carniceiro da Bósnia, no início dos anos 90, nos Balcãs.

Um desses exterminadores atuais que deveria estar encarcerado com a pena de morte é o tal do Benjamin Netanyahu, o chamado “Bibi”, o judeu que se comporta como vítima do hitlerismo, para jogar bombas contra os indefesos palestinos, assassinando impiedosamente crianças e idosos.

Agora ele está lançando foguetes contra os iranianos, sob o pretexto de destruir arsenal nuclear, e tudo isso com a mão e o consentimento dos Estados Unidos, do Trump desequilibrado e louco.

Ora, fizeram um acordo onde somente eles, a França, a Índia, o Paquistão, os Estados Unidos, Rússia e o próprio Israel podem ter bombas nucleares. Existe um desequilíbrio geopolítico na questão dos armamentos. Por que não selam uma aliança para destruir todas essas malditas bombas e reduzir drasticamente a fabricação de armas?





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia