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:: 27/mar/2018 . 22:58

CRESCIMENTO ILUSÓRIO E REPETIDAS CRISES

Um passo à frente e três atrás. Assim é o crescimento de épocas em épocas curtas do Brasil primário com repetidas crises agudas, bem mais acentuadas que o capitalismo como um todo, conforme cálculo de Karl Marx. Sem planos estratégicos o futuro de uma nação é incerto.

Com economia frágil, desprovida de planejamento intensivo e fincada no agronegócio (no inicio era a monocultura) com maior peso na exportação de produtos primários e dependência dos industrializados finais, como a química fina, o nosso país é o primeiro a entrar numa crise de cunho externo e um dos últimos a sair dela.

Esta marca do improviso, com raras exceções, do endividamento dos recursos vindos de fora, do capital egoísta explorador e concentrador de rendas, da falta de compromissos sérios dos governantes para com as causas sociais, desde os tempos coloniais e imperiais, fizeram do Brasil um país feio, desengonçado e atrasado, de difícil recuperação.

De subdesenvolvido a emergente (só trocam os termos), esta terra de Santa Cruz não consegue galgar um crescimento desenvolvimentista sólido e duradouro, e ainda se vangloria da supremacia na agropecuária dos grãos e da carne, como sempre o carro-chefe da economia que evita quedas maiores do PIB (Produto Interno Bruto), ou ajuda na sua alta pífia de 1%, como a do ano passado. A base do superávit da balança comercial está nas matérias primas.

Mais uma vez, o destaque do PIB de 2017 foi o agronegócio altamente subsidiado, com 13% (milho, soja, algodão, carne e outros primários), com serviços e comércio pouco acima de 1%, e a indústria se arrasta com baixos índices de produtividade, hibernada no negativo ou na estagnação.

Na pauta de exportação valem bem mais os grãos, o ferro, o petróleo cru, alguns manufaturados e semi-industrializados (laminados de ferro e alumínio, celulose de papel e petroquímicos). O comando é sempre das matérias-primas que oscilam de preços e dependem da demanda dos grandes consumidores.

Da colônia, do império à república, os ciclos de produção, desde o Pau Brasil, a cana-de-açúcar, a pecuária, o ouro, a borracha e até o cacau, na Bahia e na Amazônia, tiveram seus picos de alta e depois entraram em fracasso, Da independência herdou uma pesada dívida para com a Inglaterra. A diversificação lenta da economia para o campo da indústria só se deu na segunda metade do século passado, muito menos pela iniciativa privada acumuladora de lucros em aplicações financeiras, e praticamente pela mão paterna do Estado.

A classe trabalhadora sempre foi explorada pelas empresas, principalmente as multinacionais do imperialismo norte-americano que aqui se implantaram para sugar nossas riquezas e usar a mão-de-obra barata. Tudo sempre voltou para os países de origem.

Os operários só vieram ter um alento em termos de benefícios e direitos trabalhistas a partir do segundo Governo de Getúlio Vargas, com sindicatos ainda pelegos amordaçados pela ditadura dele, de 1930 a 45. Ali começavam os golpes e as sucessivas crises.

Juscelino Kubistchek se notabilizou pelo entreguismo e mais endividamento pela construção de Brasília e mais abertura de estradas, privilegiando as rodovias com os carros das primeiras montadoras automobilísticas, em detrimento do transporte ferroviário e fluvial. A inflação começou a corroer as parcas economias dos mais pobres e quase nada em programas sociais, em educação e saúde.

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