Na semana passada, milhares de juízes pelo país a fora fizeram movimentos em defesa de seus penduricalhos, como auxílio moradia, gratificações, auxílio-alimentação e outros benefícios. No entanto, disfarçaram nas conversas de que as manifestações foram por mais condições de trabalho, aumento no número de magistrados e garantia na qualidade dos serviços prestados à comunidade.

Foi uma atitude vergonhosa quando alegaram que seus salários de mais de 30 mil reais estão congelados há mais de quatro anos. Muitos chegaram a afirmar que a campanha contra seus privilégios parte de um grupo que tem a intenção de desestabilizar a Operação Lava Jato. Todos sabem que se trata de mais uma casta que destoa da realidade tão desigual do Brasil, e que em países ricos não tem estas mordomias.

A sociedade pobre não aguenta mais sustentar as benesses dos três poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo) que governam de costas para o povo. Não venham com essa de retaliação, senhores juízes! O auxílio-moradia é para quem não tem residência, mas o Sérgio Moro, por exemplo, tem em Curitiba e recebe. O Bretas e sua esposa juíza no Rio de Janeiro recebem dois auxílios-moradia. Pode?

Na folha de janeiro, apenas o auxílio-moradia para juízes federais custou mais de oito milhões de reais para o povo, o que projeta um gasto superior a 100 milhões para este ano. A soma de todos os penduricalhos ficou em mais de 10 milhões no mês, ou 123 milhões ao final do ano.

A gratificação com exercício cumulativo se situou em 6,2 milhões em janeiro, ou 74 milhões na estimativa anual. O auxílio-alimentação foi de 1,7 milhão em janeiro.  Toda esta dinheirama está isenta do imposto de renda.

Recente notícia dá conta que o Supremo Tribunal Federal vai contratar uma empresa com rede de lava jatos e oficinas mecânicas para limpeza e manutenção da sua frota de 88 veículos. O custo máximo anual previsto é de mais de um milhão de reais. No ano passado o custo foi em torno de 300 mil. É isso aí, e o povo sem educação é violentado nos seus direitos, passa fome e morre nos corredores sujos dos hospitais.