Mas, existe também o lado bom e aprazível nas obras dos calçadões que se espalharam pelo centro, humanizando a cidade e aumentando o movimento do comércio. As pessoas circulam livremente e as crianças brincam sem a preocupação de carros transitando. Os calçadões deram vida, e o local virou  um shopping a céu aberto, sem contar o bom reforço policial de duplas dando mais segurança a moradores e visitantes.

Veio-me logo à mente o centro apertado de Vitória da Conquista, um emaranhado de ruas cheias de carros por todos os lados e passeios estreitos danificados, dificultando o movimento. As ruas Ernesto Dantas e a Francisco Santos, por exemplo, poderiam ser transformadas em calçadões livres para a população.

A Praça Barão do Rio Branco também deveria ser do povo e não num amontoado de carros. Hoje, para se atravessar a praça, as pessoas são obrigadas a se desviar dos veículos e o local ficou feio e confuso. O que se tem ali naquela artéria é uma imagem desorganizada, mais parecendo com um mercado árabe.

Está ainda na mentalidade do lojista conquistenses de que o cliente para comprar tem que parar o seu carro na porta do seu estabelecimento. Conversei com um empresário sobre colocar calçadões nestas áreas da cidade e ele deu um pulo contestando a ideia. Em sua opinião, tinha que abrir mais ruas na 9 de Novembro e entupir de carros. Mentalidade atrasada!

Na verdade, todo centro de Conquista passa uma imagem feia e poluída, tanto no aspecto virtual como sonoro. O local mais horrível da cidade é o Terminal Lauro de Freitas, o legítimo “CABEÇA DE PORCO”, sujo e irritante para se circular. Ônibus e carros ficam engavetados num tremendo engarrafamento insuportável soltando fuligens.

Sempre tenho dito que ali não dá mais para se fazer reforma, só se for para pintar os meios-fios e tudo fica no mesmo. Serviço ali não vai passar de uma maquiagem. É jogar dinheiro do contribuinte no lixo. O Terminal de Ônibus tem que ser em outro local mais amplo da cidade, e o atual ser urbanizado com quiosques, lanchonetes e outros atrativos para a população.

Por incrível que pareça, a maioria dos comerciantes não aceita transferir o Terminal porque acham que é ali, em meio à poluição e sujeiras que vendem mais. Os lojistas entendem que tirar o Terminal afugenta os consumidores. É o absurdo!

Cidade atrativa é cidade limpa, bem urbanizada e humanizada. Gostei dos calçadões de Juazeiro, e todos moradores com quem conversei apoiaram a iniciativa da prefeitura local. Os veículos estacionam nas ruas adjacentes aos calçadões, e no centro sobrou área até para os ambulantes.