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:: 7/jun/2017 . 22:13

ELES DERAM SIGNIFICADO ÀS NOSSAS VIDAS

Não aos fúteis e mercantilistas das palavras vazias que se vão ao vento e se perdem em pouco tempo. Temos que fitar o olhar naqueles que ao longo dos anos se eternizaram, deram significados às nossas vidas e sentidos às nossas existências. Lembremos dos grandes mestres, por exemplo, da época em que ainda se tinha um ensino público de qualidade.

Tivemos no Brasil, no início do século passado e entre as décadas de 50 ao final dos 70, um período esplendoroso do saber cultural, da escrita, da poesia, da composição musical, das letras, do teatro e até da política, nomes que nos valorizaram e deixaram suas marcas na história. Depois fomos entrando na era das trevas, despedaçada em recortes cinzentos e sombrios.

Nesse emaranhado de mentiras e engodos em que vivemos hoje, tempos insustentáveis e efêmeros porque são desprovidos de base intelectual, moral e ética, devemos mirar no cabedal de um Érico Veríssimo, de um Guimarães Rosa, de um Carlos Drummond, Manoel Bandeira, José Lins do Rego, Jorge Amado, Ariano Suassuna, João Cabral de Mello Neto, João Ubaldo, Adonias Filho, Euclides Neto e tantos outros do naipe literário.

Com sua voz inconfundível, melodiosa e de lamento, o “Apenas um Rapaz Latino Americano”, na pessoa de Belchior, partiu do nosso convívio para outra dimensão, mas nos deixou significado, como as composições de “Ouro de Tolo”, “Guitã”, “Sociedade Alternativa” e “A Solução é Alugar o Brasil”, na sonoridade rebelde e contestatória do baiano Raul Seixas.

“Cálice”, “Roda Viva”, de Chico Buarque, “Travessia” e “Canção da América”, de Milton Nascimento e todo seu grupo do Clube da Esquina, Tom Jobim e o poeta Vinícius de Moraes, “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso, “Domingo no Parque”, de Gilberto Gil, “Ponteio”, de Edu Lobo, “Pra Não Dizer Que não Falei das Flores” e “Canção Nordestina”, de Geraldo Vandré e mais uma extensa lista de clássicos do samba, da Bossa Nova e de autores-compositores da música popular brasileira nos dão e vão sempre nos dar significado às nossas vidas.

Não a esses pagodeiros, arrochas, axés e duplas sertanejas que brotam como cogumelos aos montes, de sons barulhentos, bizarros e desafinados, com letras melosas comerciais de baixo nível que contaminam e emporcalham as cabeças dos nossos jovens que freneticamente pulam e gritam nas plateias, fazendo tudo que os marombados ordenam lá do alto de seus palcos de rebolados e de bumbuns. Não aos intrusos desconhecidos bárbaros de outras plagas que descaracterizaram nosso autêntico forró, hoje cheio de oportunistas e aventureiros.

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SEM AS FESTAS DAS ROMARIAS

Bom Jesus da Lapa nas épocas das festas do Divino Espírito Santo, de Nossa Senhora da Soledade, do Bom Jesus e do Sagrado Coração recebe multidões de todas as partes do Brasil e até do exterior. O movimento é intenso, do final de maio a outubro, mas um paradeiro nos outros meses, especialmente com a crise econômica em que o país atravessa. Conforme constatei em viagem, veja as imagens da Lapa sob outro ângulo. As ruas ficam vazias e a reclamação dos lojistas e de pessoas que prestam serviços, como fotógrafos, por exemplo, é geral. São fotos diferentes.

 

V

Vazio na esplanda da Gruta de Bom Jesus da Lapa indica como fica a cidade fora das romarias (fotos Jeremias Macário)

A subida ingrime ao alto do Cruzeiro, um percurso que todos romeiros fazem para pagar promessas. É muito puxado e difícil de fazer, exigindo bom preparo físico, mas vale a pena.

A entrada da Lapa para quem vem de Vitória da Conquista, de outras regiões do sul da Bahia e do Brasil.





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