:: 10/nov/2016 . 23:39
TRUMP E O EXTERMÍNIO DOS ÍNDIOS
macariojeremias@yahoo.com.br
Não sou cientista político nem profeta das catástrofes e das lamentações, apesar do nome, mas previ no decorrer da sua campanha, através do seu discurso agressivo e conservador, que o Donald Trump seria eleito presidente dos Estados Unidos. Além de a adversária Hillary Clinton ser fraca, ele despertou a maioria raivosa, arrogante e prepotente saudosista dos fortes e infantarias de exterminadores de índios.
O voto secreto serve para revelar a índole do politicamente incorreto da voz daqueles que só expõem suas ideologias xenófobas, homofóbicas e racistas em quatro paredes. Depois do ocorrido aparece nas ruas o barulho dos silenciosos que preferiram não acreditar que o discurso extremista venceria. O fenômeno da ressaca do outro dia em forma de protesto se repetiu nulo mais uma vez como na Inglaterra quando o sim decidiu pela saída do país da União Europeia.
O Trump parece com uma das personagens saída de dentro do livro “Enterrem Meu Coração na Curva do Rio”, de Dee Brown, que dizimava os índios com as baionetas e as patas dos seus cavalos, só que agora na figura dos latinos imigrantes e dos mulçumanos. Bem, o “general” já tem sua fortaleza, mas quero mesmo falar dos nossos extintos tupis-guaranis, dos tapuias, tupinambás, camacans, pataxós, aimorés, mongoiós, tapajós e outras tribos que foram escravizadas, massacradas e perderam suas terras.
A impressão que se tem hoje no Brasil, especialmente na Bahia, é de uma só nação afrodescendente sem vestígios indígenas, europeia, árabe moura, cigana e judia. Quando aqui desembarcou a nau Cabrália com seus degredados, malfeitores, renegados e cristãos novos judeus, há mais de 500 anos, os primeiros contatos foram com os negros africanos praticando o autêntico candomblé e seus rituais de magias, cercados de seus orixás.
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