:: 6/out/2016 . 8:39
ÁGUA, POLÍTICA E OUTROS ASSUNTOS
De um dia para o outro, precisamente a partir das eleições do último domingo, fatos importantes aconteceram (outros não) em Vitória da Conquista que deixaram de ser noticiados e esclarecidos, lembrando a época da ditadura da informação. Nas ruas a população indaga e faz especulações. O quê realmente está ocorrendo?
Por que a água passou a jorrar nas torneiras, sem cortes no fornecimento, desde domingo sem que houvesse um comunicado oficial da Embasa sobre possível término do racionamento? Por que não se deu início à propaganda eleitoral no rádio e na televisão dos dois candidatos indicados para o segundo turno das eleições? Por que nada sobre as coligações dos partidos aos colocados para o segundo turno?
Estas e outras indagações se tornaram um mistério sem a devida explicação por parte da mídia regional. Dizem que o Tribunal Eleitoral está apurando possível compra de votos em Conquista, e coisa parecida. E sobre a água nada foi dito.
O quê está havendo? São vazios que precisam ser preenchidos pela mídia, cujo papel é informar o seu público sobre os acontecimentos. Depois das eleições de domingo, a impressão que se tem é que a corrida à prefeitura acabou ali, sem segundo turno. Nenhuma entrevista mais esclarecedora com os candidatos que participaram do pleito. A água é outro mistério a ser desvendado. Infelizmente, a mídia local deixa muito a desejar em termos de cobertura jornalística, muitas das quais sem conteúdo e apuração completa dos fatos.
NUZMAN, MAIS UMA VEZ
Carlos Albán González – jornalista
Silenciosamente, longe da “curiosidade” da imprensa, Carlos Arthur Nuzman cumpriu anteontem (dia 4), apesar das críticas, das denúncias de corrupção e de uma doença degenerativa, originária no seu sistema nervoso central, o que havia prometido: reeleger-se para o sexto mandato consecutivo na presidência do Comitê Olímpico Brasileiro. O carioca, de 74 anos, deverá completar no final do quadriênio 25 anos à frente do COB, passando por cima da legislação que limita o número de mandatos em entidades esportivas.
Candidato único, Nuzman foi reeleito por um colégio eleitoral formado por 29 membros – a imensa maioria participou dos pleitos anteriores –, sendo 26 presidentes de confederações, além dele próprio e dos seus principais assessores, André Richer e Bernard Rajzman, ex-atleta do vôlei. Recebeu 24 votos a favor, um contra, um nulo e três abstenções.
O voto contrário foi dado pelo presidente da Confederação de Tênis de Mesa, Alaor Azevedo, que, logo depois dos Jogos da Rio 2016, anunciou sua candidatura. Sem o apoio de 10 confederações, como exigem os estatutos do COB, além de não ter conseguido na Justiça adiar a eleição, foi alijado pelas liminares obtidas pelo “cartola” vitalício. Estiveram ausentes os representantes das confederações de taekwondo, de tiro com arco, de desportos no gelo e de desportos na neve. O presidente da Comissão de Atletas, o ex-jogador de vôlei de praia e medalhista de ouro em Londres 2012, Emanoel, também não compareceu, mas declarou seu apoio a Nuzman.
Para não deixar de “jogar confete” em si próprio, Nuzman lembrou o trabalho realizado no COB, “que tinha quando assumi apenas oito funcionários e as luzes eram mantidas apagadas por economia”. Revelou a intenção de se candidatar a um sétimo mandato após os Jogos de Tóquio 2020, ou então à Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa). Seu novo vice-presidente é Paulo Wanderley Teixeira, mandatário da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). :: LEIA MAIS »
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