O negro, antes de lutar pelos seus direitos cívicos de igualdade na sociedade, precisa se orgulhar da sua própria etnia africana. Nas eleições de 2012 as chapas majoritárias de Salvador tinham no mínimo um negro como vice. No atual pleito o único negro é Fábio Nogueira, do PSOL. O candidato sargento Isidório (PDT) declarou-se pardo para o TSE (Tribunal Regional Eleitoral).

Somente 17,1% dos 15,2 milhões de baianos se registraram negros, contra 59,2% que se disseram pardos, índice este discutível. Pelo visto, temos uma nação parda. O próprio TSE divulgou ser a Bahia o estado que mais tem candidatos negros: 5.721 (15,66%). Muito pouco.

Passando de um polo para outro, na sua concepção, o Bolsa Família é um programa assistencialista ou uma política de inclusão social? Fica aqui a reflexão, mesmo sabendo que o brasileiro, pela sua própria formação cultural, não é dado a pensar, mas engolir o que recebe.

A oposição do “golpe” alardeia que o Michel Temer chegou à presidência da República sem um único voto. A Constituição Federal no seu parágrafo 1º do artigo 77 declara que “a eleição do presidente da República importaria a do vice-presidente com ele registrado”. Os 54.501.118 votos para Dilma foram ou não sufragados a favor do vice? Quem está certo?

Fora desta questão, de uma coisa tenho medo que me pela do Temer, o mordomo de Drácula. Ele vai distribuir um pacote de concessões para a iniciativa privada. Está batendo aí em sua porta a maior opressão contra as classes trabalhadoras deste país. Leia o poema do russo Maiakovski. Pelo menos lhe servirá de alerta.