setembro 2016
D S T Q Q S S
 123
45678910
11121314151617
18192021222324
252627282930  

:: 2/set/2016 . 0:36

UM AGRADO DOS 16 HIPÓCRITAS DO SENADO

Ninguém tem mais dúvida de que a votação pelo impeachment de Dilma foi eminentemente política (pelo conjunto da obra) e a história já pode imprimir este capítulo. Este fato ficou bem evidente e confirmado no final da sessão do Senado (Destaque de Votação em Separado) quando decidiram dividir o processo do afastamento e o da inelegibilidade da presidente, passando por cima da Constituição.

O ato denota que, com dor de consciência, os 16 hipócritas (61 pelo sim do impeachment e 42 pela inelegibilidade na segunda etapa da votação, com três abstenções), puxados pelo hipócrita-mor, Renan Calheiros, quiseram simplesmente fazer um agrado à ex-presidente. Na verdade, os mesmos vampiros que morderam, depois assopraram. Foi como assinar embaixo que não houve crime que justificasse a cassação.

Ora, reza a Constituição que consumado o impeachment, o presidente da República fica automaticamente inelegível (perda dos direitos políticos por oito anos). Dito isto, por questão de coerência do voto, coisa que eles jogaram no lixo há muito tempo, os senadores não tinham mais que abrir brecha esdrúxula e casuística, ou precedente, para dar uma de bonzinhos e de peninha da julgada.

Não vou entrar aqui no mérito da questão dos equívocos cometidos pelo Governo do PT desde o segundo mandato do ex-presidente Lula, com o Mensalão, Petrolão, indicação de Dilma e as alianças com as piores figuras mais diabólicas da República, erros estes que levaram ao desfecho do dia 31 de agosto (olha aí o mês agourento!). No entanto, a atitude final do Senado (da Câmara também) foi uma tremenda molecagem de moleques vadios de ponta de rua. Ah, isto foi!

A emenda final de preservar os direitos políticos da ex-presidente foi digna do processo circense mambembe tupiniquim começado lá atrás pela maior excrecência abortada pela política brasileira que foi o Eduardo Cunha, capaz de ainda se livrar da cassação do mandato. O The End foi de um tremendo cinismo de mau caráter, tamanho daquele onde o torturador assassino paga o funeral e vai ao velório da vítima.

:: LEIA MAIS »

NOTAS OLÍMPICAS

Carlos González – jornalista 

Petrobras ajuda – A Petrobras cedeu aos insistentes apelos dos organizadores das Paraolimpíadas, liberando R$ 10,5 milhões para viabilizar, pelos menos, a alimentação dos atletas. Em troca, a estatal exige que o canoísta Izaquias Queiroz, a judoca Rafaela Silva, o pugilista Robson Caetano e o jogador de vôlei Serginho, medalhistas dourados, sirvam de garotos-propaganda da campanha que será inserida nos veículos de comunicação, com a finalidade de melhorar junto à opinião pública o conceito da empresa, abalado após sucessivos escândalos, envolvendo ex-diretores e empreiteiras.  

Desvio de verbas – A Operação Nemeus, deflagrada pela Polícia Federal e  Ministério Público Federal, tem como alvos as confederações brasileiras de Tae-kwon-do e de Tiro Esportivo e empresas privadas, suspeitas de terem desviado recursos públicos, num total de R$ 26 milhões, destinados à preparação de atletas para os Jogos do Rio. O Ministério do Esporte foi acusado de omissão, por não ter acompanhado a aplicação das verbas liberadas.

O lutador de tae-kwon-do Diogo Silva, campeão pan-americano em 2007, comemorou o afastamento do presidente da confederação, Carlos Fernandes. “Ele prejudicou muitos atletas. Como gastava todos os recursos e fechava sempre a conta no vermelho, os patrocinadores deixavam de investir no tae-kwon-do. As prestações de conta também nunca batiam”, afirmou o lutador.

O delegado Tácio Muzzi, da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros, afirmou que há indícios de que outras três confederações estejam envolvidas no esquema fraudulento.

Preço da manutenção – Manter funcionando as instalações do Parque Olímpico da Barra e do Parque de Deodoro, usadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, custará R$ 59 milhões por ano aos cofres públicos. Essa é a previsão calculada pela prefeitura do Rio e pelos ministérios do Esporte e da Defesa, responsáveis pela administração dos locais.

A maior parte desses gastos – R$ 46 milhões por ano – será bancada pelo Ministério do Esporte e pelas Forças Armadas, que cuidarão da manutenção dos equipamentos esportivos de Deodoro. Já a prefeitura do Rio terá de arcar com R$ 13 milhões por ano para fazer a gestão e operação do Parque Olímpico da Barra, em parceria com a iniciativa privada.

Para construir os equipamentos, o governo federal e a prefeitura gastaram juntos R$ 2,8 bilhões. A União bancou R$ 2,09 bilhões e a prefeitura R$ 732 milhões. A iniciativa privada gastou R$ 4,2 bilhões para levantar as Arenas Carioca 1, 2 e 3, o Centro de Imprensa, o hotel de mídia, a Vila Olímpica e o campo de golfe.

:: LEIA MAIS »





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia