:: 4/mar/2016 . 23:00
“A CORTE DO CZAR VERMELHO” (PARTE FINAL)
Do livro de Simon Sebag Montefiore
No final de 1940 mandou Molótov, seu ministro do Exterior para Alemanha. Conversou com Hitler que o advertiu de que a Rússia estava muito ambiciosa e reunindo muitas tropas no leste europeu. Desconversou de que era coisa pequena de treinamento.
Como não era nada besta, Hitler baixou a Diretiva número 18 colocando a invasão contra a Rússia no topo da sua agenda. Logo depois veio a Diretiva 21, a chamada “Operação Barbarosa”. Os grandes generais Jdanov e Jukov advertiram que Hitler ia atacar, mas o líder não acreditava.
Com seus exércitos despreparados e uma força aérea onde seus aviões só caiam, Stálin chegou a declarar que a União Soviética só teria condições de enfrentar a Alemanha em 1943, mas Hitler já atraia para seu campo a Bulgária, a Romênia e a Iugoslávia. Do outro lado, o líder russo achava que a Inglaterra estava armando uma cilada contra seu país.
Em meio a tantas desavenças e traições na corte, um oficial da aeronáutica depois de tomar umas e outras vodcas apimentadas disse na cara de Stálin que ele estava obrigando os soldados a voarem em caixões. “Você não deveria ter dito isso”. Não durou muito para ser preso, torturado e fuzilado.
O cerco estava apertando contra a Rússia, quando ainda incrédulo, Stálin lembrou Bismarck em 1870 quando advertiu que a Alemanha jamais deveria enfrentar uma guerra em duas frentes. Foi o maior erro de Hitler não ter ouvido o ditador. Acontece que em 1943 por insistência de um de seus oficiais e contra sua avaliação ele abriu duas frentes contra a Alemanha.
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