:: 18/nov/2015 . 23:19
ALUGUEL E A PROLE
Antônio Novais Torres
Vésperas de eleições majoritárias. O prefeito local era correligionário e amigo do governador e tinha a pretensão de instalar uma agência do Banco do Estado na sua cidade. Fez ciente o Governador desse desejo e recebeu sinal verde, desde que conseguisse um imóvel adaptável e no centro da cidade.
Dentre os imóveis apresentados, foi escolhido o de um conhecido cidadão, intermediado por injunções de políticos. Os trâmites legais foram cumpridos, e a obra teve início com inauguração marcada para antes da realização do pleito, rendendo dividendos eleitorais para o Prefeito, o Governador e os políticos que gravitavam em torno destes.
O contrato foi feito atendendo às exigências do locador, inclusive quanto ao prazo e à cláusula da sua renovação. Por ocasião da renovação do contrato, a agência local, através do seu gerente, manifestou-se impossibilitada de fazê-lo, vez que o contrato inicial fora feito em Salvador pela diretoria do banco e, sendo assim, só a diretoria poderia renová-lo.
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