:: 16/set/2015 . 0:15
OS INIMIGOS DAS REFORMAS
Na pátria roubadora, ou arrombadora dos cofres públicos, a transferência da conta é sempre para a sociedade.
Enrolam, enrolam para nos dar o mesmo prato insosso de feijão com arroz e alguma pitada de pimenta para disfarçar. É sempre assim em vésperas de eleições, e as reformas aguardadas pela população no anseio de que ocorram votações limpas não saem. No momento atual, o maior inimigo do Brasil é o Congresso Nacional (Senado e Câmara) onde não existe mais divisão entre bons e maus, bonitos e feios. No geral, todos são maus e feios.
Há muito tempo que a elite política lá do Alto do Planalto não teme a voz da opinião pública, nem tampouco as manifestações disformes. Quando a coisa aperta, é só dar um freio de arrumação e a lotação espremida pelo bruto sistema continua a mesma. Embromam pra lá e pra cá e no fim não sai reforma nenhuma eleitoral que corte a cabeça do monstro da corrupção.
As empresas no papel de mercenárias vão continuar financiando campanhas com outro jeitinho à brasileira, agora diretamente aos partidos que vão se virar quadrilhas. A prestação dos valores será em 72 horas depois das “doações”, ou melhor, dos empréstimos. Os programas nas rádios e emissoras de televisão terão menos tempo e outras “coisitas” mais que não vão ameaçar suas permanências vitalícias no poder. Floreiam e adocicam a pílula do sono da morte.
Todos festejam com pizzas e churrascos, inclusive o Superior Tribunal Eleitoral, dando uma chamuscada no eleitor, dizendo que agora ele vai ter mais condições e transparência para escolher seu candidato. Todos acreditam na anedota e repetem a papagaiada de sempre, de que o voto é o maior ato de cidadania, de muita importância para mudar o Brasil. A grande maioria é fisgada pela isca de plástico dourado.
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