:: 25/ago/2015 . 23:31
“FORMAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO”
Por mais que intelectuais e estudiosos torçam a cara considerando o termo ultrapassado, os Estados Unidos, pelo que já fez desde o século XIX até os tempos atuais para estender seu domínio político e econômico sobre outros povos, continuam sendo um país imperialista e arrogante, tudo com o fim de impor sua doutrina de democracia exemplar única que deve ser seguida como padrão por todos.
Seus governantes e seguidores do conservadorismo não têm moral para cobrar democracia, liberdade e humanismo. O livro “Formação do Império Americano – da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque”, do baiano Luiz Alberto Moniz Bandeira, que já foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura, no ano passado, com a obra “O Feudo”, deve ser lido e compreendido como os Estados Unidos saíram pelo planeta subjugando nações, cometendo atrocidades, massacres e crimes de guerra.
Mesmo assim, os responsáveis nunca sentaram como réus num Tribunal Internacional para serem julgados pelos seus atos de tortura, matanças e terrorismo de Estado, inclusive contra milhares de civis inocentes. O trabalho aprofundado de Moniz Bandeira que está adoentado e mora na Alemanha, foi traduzido para o chinês e começa citando o filósofo Friedrich Engels.
Ao descrever suas origens, em comparação com a Rússia, de caráter comunista primitivo, Engels assinalou que os Estados Unidos foram, desde sua formação, “um país moderno, burguês, fundado por pequenos burgueses e camponeses, que haviam fugido do feudalismo europeu, para criar uma sociedade puramente burguesa”.
A guerra pela independência das treze colônias desdobrou na América a Revolução Inglesa de 1648, conforme relata o autor do livro. Para os Estados Unidos foram os elementos mais radicais do exército de Oliver Cromwell, os puritanos, quacres da Inglaterra, menonitas da Alemanha, calvinistas holandeses e protestantes refugiados de quase todos os países da Europa onde ocorriam as lutas religiosas que acabaram com o feudalismo.
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