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:: 30/jun/2015 . 23:40

A DELAÇÃO E O CORREDOR POLONÊS

Você vai escrever um assunto e ai aparece outro que o supera. Nesta era de tantas informações cruzando nossos céus, o jornalismo está sempre desatualizado. Dos Estados Unidos, a presidente Dilma fala da delação premiada como se o Brasil estivesse em plena ditadura militar. Lembrando o seu tempo, ela diz “estive presa na ditadura e sei o que é. A ditadura fazia isso com as pessoas presas…”

Primeiro, o instrumento da delação premiada para facilitar a denúncia dos corruptos foi sancionada por ela. Segundo, a impressão que se tem é que os presos da Operação Lava Jato estão sendo barbaramente torturados e alguns resolveram delatar porque não suportaram os choques elétricos e os paus-de-arara.

Ora, ela declarou que sabe como é isso, pois foi forçada a ser delatora, mas não fez para proteger seus presos de outras torturas. Se tortura física está ocorrendo dentro da Polícia Federal é caso gravíssimo de denúncia junto aos órgãos nacionais e internacionais dos direitos humanos.

Dona Dilma confundiu, talvez intencional, presos políticos do regime ditatorial que defendiam a liberdade com presos acusados de formação de cartéis para subtrair dinheiro do Estado. Mistura alhos com bugalhos. Ideologia política de libertação com ladroagem.

Além do mais, pelo que sabemos do esquema vigente de delação, o delator que mentir perde direito na redução da pena. Então, por qual motivo ele mentiria? Sei que estamos longe de uma democracia ideal, mas não sabia que estava vivendo em plena ditadura dos generais. Para desviar o foco, ela comparou o delator a Joaquim Silvério dos Reis que traiu os inconfidentes mineiros que lutaram pela emancipação do Brasil. É até uma heresia.

A presidente acha também que tudo não passa de uma trama política para estraçalhar com o PT e o seu governo. Existem até os que agem assim, mas não se pode dizer que a Operação Lava Jato é uma mentira, como afirmou Lula com relação ao mensalão.

Acredito que as “doações” coercitivas para as campanhas políticas foram depois legalizadas e oficializadas no Tribunal Eleitoral. A questão está nos métodos de pressão como elas foram obtidas. Aí fica difícil provar a estratégia. Ademais, a sujeira é generalizada entre todos os partidos.

CORREDOR POLONÊS

Mudando de pau pra cassete, o assalariado brasileiro, endividado e obrigado a reduzir o gasto com sua feira no supermercado, está levando pauladas no corredor polonês dos índices negativos da economia. Está se virando num malabarista e contorcionista de circo.

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