JUAZEIRO ANIVERSÁRIO 055

Nas margens do “Velho Chico”, do lado de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), moradores e visitantes se deparam com mensagens de desabafo em favor da preservação do rio São Francisco que corta cinco estados, mas o que se vê em torno dele é sujeira e degradação.

JUAZEIRO ANIVERSÁRIO 057

De tão castigado pelas estiagens e pelas mãos dos homens, as ruínas da antiga cidade de Remanso não estão mais cobertas pelas águas da barragem do Sobradinho. Os ribeirinhos da região sofrem com a falta de água e os bancos de areia invadem o rio.

JUAZEIRO ANIVERSÁRIO 066

Ainda nas épocas de fartura e de pouca exploração, os governantes trataram de espalhar hidrelétricas e projetos de irrigação por toda parte, sem repor suas margens e conservar seu leito. Como numa poupança da qual só se faz retirada, o rio agora está raso e sem fundo.

JUAZEIRO ANIVERSÁRIO 067

As obras faraônicas da transposição do “Velho Chico” para outros estados nordestinos estão paradas. Só o pôr-do-sol ainda salva a paisagem de desolação. Em alguns pontos das cidades ainda se atravessa de barcos, mas cada um segue sua rotina de vida como se nada estivesse acontecendo.

Até o famoso e decantado vaporzinho “Saldanha Marinho” que por muito tempo navegou pelo rio e serviu de atração como restaurante em Juazeiro foi encostado num canto. O que se percebe é que o rio se encolheu e perdeu seu encanto e sua magia. É o retorno da agressão.

JUAZEIRO ANIVERSÁRIO 068