UM DISCURSO NAZISTA
Vamos ser claros e diretos, sem rodeios: O discurso ufanista e nacionalista da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos tem o odor do nazismo de Hitler quando assumiu a chancelaria da Alemanha em 1933.
Naquela época da Alemanha arrasada e destroçada pela I Guerra Mundial, o povo sem autoestima apoiou as ideias nacionalistas do primeiro ministro e deu sequência a uma série de ações que levaram milhões de judeus, ciganos e minorias à morte, inclusive em campos de concentrações.
A diferença agora é que os Estados Unidos não atravessam período de decadência. Pelo contrário, a economia cresceu, o desemprego caiu e a inflação é quase zero.
No entanto, existem muitas semelhanças entre Trump e o nazismo, como seu estilo discriminatório, o conservadorismo de boa parte da população e as investidas de censura do novo presidente contra a mídia que não lhe agrada.
Agora, no lugar dos judeus de Hitler, os mulçumanos, negros e os imigrantes em geral são seu alvos prediletos de ódio. A história e os bárbaros massacres se repetem, o que denota estarmos anos luz de alcançarmos a civilização humanista prevista pelos sociólogos, filósofos e otimistas de plantão.
Vejo o prenúncio de uma era mais turva e turbulenta, carregada de rancores e separações entre fronteiras através de muros. Como na Alemanha dos 30, os grandes conglomerados empresariais e os chefes das principais nações do planeta também apoiaram os primeiros atos nacionalistas de Hitler, inclusive a anexação da Áustria e a invasão da Polônia, e deu no que deu depois.
Para um povo pedante, arrogante e que se acha superior a todos como os norte-americanos, o discurso de Trump é mais gasolina na fogueira das vaidades. Como os republicanos conservadores dos Estados Unidos, os congressistas da Alemanha também deram seus votos de confiança nas loucuras de Hitler.











