OS ANÉIS PELO DEDO

A presidente Dilma está entregando os anéis para salvar o dedo através de uma acordão (sempre tenho falado dessa manobra) com o PMDB que já tem gente aí traduzindo a sigla como “Partido da Manutenção de Dilma em Brasília” já que o PSDB é o “Partido do Saca Dilma de Brasília” porque o PT está na Perda Total.

A crise não é só política e econômica, mas moral e ética na base do toma lá dá cá (o Ministério da Saúde agora vai para o PMDB) e tome ajuste fiscal e aumento de impostos para o brasileiro pagar. O Congresso Nacional é hoje comandado por dois suspeitos de corrupção na Operação Lava Jato e a turma do PMDB é extremamente fisiológica e conservadora.

Em quem confiar e quem está apto para nos representar no caso de um impeachment? Não temos liderança política. Não temos nomes. Estamos num mato sem cachorro. A quem apelar? Para o Papa? Já estão cogitando enfraquecer o juiz Sérgio Moro que comanda as investigações das roubalheiras das estatais.

A massa é inculta e, para piorar ainda mais a situação, a raiva canina contaminou as manifestações de ruas com gente pedindo até uma intervenção militar no país. Qual via e qual alternativa temos no momento, que nos devolva a esperança perdida?

EXEMPLO A SER SEGUIDO

Você já ouviu algum parlamentar falar em cortar custos do Congresso, de assembleias ou câmaras de vereadores? O negócio deles é arrochar o cinto do povo. São hipócritas quando vão para a televisão cobrar redução das despesas do executivo.

Alguém aí está disposto a seguir o exemplo do deputado federal por Brasília José Antônio Reguffe (PDT) que abriu mão dos salários extras; reduziu sua verba de gabinete, de 23 mil reais para 4,6 mil, e o número de assessores, de 25 para apenas nove?

Ele ainda abriu mão da verba indenizatória, de toda cota de passagens e do auxílio moradia. Sozinho vai economizar aos cofres públicos mais de 2,3 milhões. Se os outros 512 seguissem o exemplo, a economia seria superior a 1,2 bilhão. Sabe quando você vai ver isso? Nunca.

EM HOTEL DE LUXO

O clamor dos prefeitos que alegam falência de suas prefeituras não condiz com o que fazem. Vivemos num país da incompetência e da contradição em contraste com as riquezas e as belezas naturais. O Brasil é uma nação rica que não precisaria elevar os impostos se os poderes constituídos cortassem suas mordomias. Ao contrário, poderia haver redução de impostos e com grandes investimentos na educação, na saúde e na segurança.

Ainda, recentemente, os prefeitos realizaram um congresso onde se hospedaram num hotel de luxo na orla de Salvador, com gastronomia bem suculenta e cara. Já tem muito candidato se digladiando para se eleger prefeito nas próximas eleições. O eleitor é bicho burro mesmo!

A USURA DOS EXTINTORES

Não é somente a classe política que não é mais confiável. Chegamos ao ponto mais crítico e caótico da moral em nossa sociedade. Hoje, não acreditamos em mais ninguém, nem de quem sempre esteve e está ao seu lado. É a lei do faroeste. Um exemplo mais recente aconteceu com a usura dos extintores de veículos.

Depois que o Conselho Nacional de Trânsito tornou opcional o uso de extintores em carros de passeio, apareceram aí uns distribuidores e vendedores lotados do produto e lamentando a decisão. Coitadinhos deles! Quando a exigência foi estabelecida e os prazos prorrogados, as fábricas e as lojas esconderam os extintores para especular preços. Aí, quando se chegava perto da data, você não encontrava um extintor na praça. De 50 a 70 reais, uma unidade chegou a custar mais de 200 reais. Fui à forra!

Outro setor que está nos assaltando são os supermercados. Nas prateleiras, o preço é um, mas nas registradoras a conta é bem maior. É o país do cambalacho e do desrespeito para com o cidadão e o consumidor. O sistema capitalista é cruel e é bem pior onde não existe ética e moral como no Brasil. É um país doente, sem memória, sem história e sem cultura.

Alguém aí está lembrando das caixas d´água quando a Embasa decretou racionamento de água em Vitória da Conquista? Pois é, naquela época o produto sumiu do mercado e os preços foram às alturas.

 

CHEIRO DE DESVIO

As obras externas do novo prédio do Fórum de Vitória da Conquista estão caindo. Em imagens, o engenheiro Leandro Fonseca, do Conselho Regional de Engenharia mostrou parafusos e pedações de ferro que estão se soltando de uma cerâmica final, sem nenhuma consistência para segurar as peças coladas pela construtora CS Engenharia. Num país onde se vê tantas maracutaias pra todo lado, aí tem coisa para ser devidamente apurada, a não ser que seja mesmo incompetência da empresa responsável; Mas, que tem cheiro ruim de alguma coisa, isso tem.

Infelizmente, a nossa mídia de cada dia não se aprofunda mais nas informações e vai deixando buracos por onde passa. Quando cair a outra parte, aí solta outra notícia incompleta, sem os dados que a opinião pública tem o direito de receber. Melhor ser omisso do que dar uma informação pela metade. Até a nossa mídia vive a crise da decadência jornalística.